sábado, 4 de maio de 2013
Prefeitura do Rio anuncia vencedor de licitação do VLT
30/04/2013 - Agência Rio
A licitação para construção e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e do Centro foi vencida pelo consórcio VLT Carioca, na última sexta-feira (26), informou a prefeitura do Rio. O critério para a seleção da empresa que vai implantar e operar o novo serviço de transporte público da cidade foi o de menor valor de contrapartida a ser pago pelo município.
Formado pelas empresas Actua - CCR, Invepar, OTP - Odebrecht Transportes, Riopar, RATP e Benito Roggio Transporte, o grupo vencedor apresentou proposta com oferta de R$ 5.959.364,27 mensais pagos pela prefeitura durante 25 anos de contrato – valor 1,35% abaixo do teto de R$ 6.040.916,67 estimado pelo edital. O pagamento da contraprestação mensal pela prefeitura só se dará após o término da obra e início da operação, o que deve ocorrer no prazo de dois anos e meio aproximadamente.
O VLT que circulará pela cidade do Rio de Janeiro até 2016 ligará os bairros da Região Portuária ao centro financeiro e ao Aeroporto Santos Dumont, passando pelas imediações da Rodoviária Novo Rio, Praça Mauá, Avenida Rio Branco, Cinelândia, Central do Brasil, Praça 15 e Santo Cristo. A integração com outros meios de transportes (metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais, teleférico e aeroporto) vai melhorar o trânsito da região central, reduzindo o fluxo de veículos.
“O Centro ficou muito tempo abandonado, sem receber investimentos. Estamos buscando revitalizar espaços públicos com prioridade para transportes de alta capacidade, com a implantação de VLTs integrando os modais da cidade. Queremos que o Centro tenha transportes de alta capacidade e de muita qualidade, como acontece em outros centros metropolitanos do mundo”, explicou o prefeito Eduardo Paes.
O Veículo Leve sobre Trilhos é um dos mais modernos meios de transporte do mundo, utilizado com sucesso em cidades como Barcelona, Berlim e Paris. Os trens não têm fios superiores em rede aérea e são movidos por energia embarcada. Há diversas tecnologias para o abastecimento energético, mas essa será a primeira vez em que serão combinadas em um sistema.
O projeto prevê seis linhas de “bondes modernos” que circularão no Centro e na Região Portuária, com 28 quilômetros de trilhos, 38 paradas e 4 estações. As composições serão refrigeradas e poderão transportar até 450 passageiros. Com velocidade média de 20 a 40 km por hora, o novo veículo levará de 10 a 30 mil passageiros por sentido e por hora, num tempo máximo de espera entre um trem e outro variando de 2,5 a 10 minutos, de acordo com a linha.
O VLT traz um conceito diferenciado, com um sistema limpo, eficiente e silencioso, evitando impactos negativos para a população e otimizando a circulação excessiva de linhas de ônibus pela área. Não haverá roletas ou catracas, nem trocador, e o bilhete será comprado no ponto de venda ou os usuários poderão utilizar o Bilhete Único Carioca pelo sistema de validação da passagem. O projeto contempla acessibilidade aos portadores de deficiência em todos os vagões.
As ruas da Região Portuária já começaram a ser preparadas para receber o novo tipo de transporte. Dentro do novo sistema de tráfego da Região Portuária está a construção da Via Expressa que, somada à criação de novas ruas e avenidas, permitirá a demolição total do elevado da Perimetral.
De acordo com a prefeitura, o trânsito que circula hoje pela Perimetral e pela Avenida Rodrigues Alves passará à nova Via Binário do Porto - que terá 3,5 km de extensão e cruzará toda a Região Portuária com três pistas em cada sentido e dois túneis - e à Rodrigues Alves, que será transformada em uma via expressa com pouco mais de 5 km. Além dessas vias, a mobilidade será complementada com a rede de VLT, o sistema de BRTs e as ciclovias, que vão integrar de forma capilar a malha viária.
A prefeitura planeja ainda a construção de dois bulevares: um onde hoje é a Avenida Rodrigues Alves - da Praça Mauá ao Armazém 7 - e outro na Avenida Rio Branco. Esses locais serão transformados em um enorme passeio público, com prioridade para o pedestre e para o sistema de VLT com o objetivo de melhorar as condições ambientais na cidade e foco na sustentabilidade.
“Nossa ideia é criar um sistema sem o trânsito caótico de hoje e ambientalmente melhor. O projeto que estamos licitando representa mais rapidez, menos custo e redução da poluição do ambiente, tanto sonora como do ar. Ao projetá-lo para a região, pensamos na demanda futura. Prevemos o adensamento da Região Portuária, com a instalação de novos empreendimentos comerciais e residenciais. Em 2030, a previsão é de que vivam ali mais de 120 mil pessoas, enquanto hoje temos 32 mil”, explicou Alberto Gomes Silva, presidente da Cdurp.
Com informações da Prefeitura do Rio.
FA
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