quinta-feira, 30 de maio de 2013

Obras ficarão como legado de 2016

11/09/2011 - O Globo

O plano de reurbanização da Zona Portuária é considerado um dos legados dos Jogos. Após o Rio vencer a disputa pela organização das Olimpíadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou mudanças no projeto original, permitindo que algumas instalações fossem transferidas da Barra para o Porto. Em contrapartida, a prefeitura deverá revitalizar a área.

A primeira fase, que começa esta semana, consiste em escavar um túnel de 90 metros de extensão que atravessará o Morro da Saúde, na Gamboa, nas imediações da futura sede do Banco Central. Nessa primeira etapa, ainda haverá poucos operários, porque os serviços são mecanizados.

- Em 2012, já teremos mil homens trabalhando nas frentes de obras. No pico, serão 4 mil pessoas envolvidas nas atividades - disse Eduardo.

Prometida desde a década de 90, demolição da Perimetral porém, ainda vai demorar um pouco e será por etapas. A demolição deverá começar no primeiro semestre de 2013 e terminar até junho de 2015.

- Com a demolição de parte da Perimetral, a Avenida Rodrigues Alves será reurbanizada e transformada em via expressa, assumindo uma função que hoje cabe ao elevado. Mas, para que isso seja feito, temos que reorganizar o trânsito de veículos no entorno da Zona Portuária. São essas obras que começarão esta semana - explicou o presidente da Companhia Urbana de Desenvolvimento do Porto, Jorge Luiz de Souza Arraes.

Com a demolição de parte da Perimetral, a Avenida Rodrigues Alves será reurbanizada e transformada em via expressa, assumindo uma função que hoje cabe ao elevado. Mas, para que isso seja feito, temos que reorganizar o trânsito de veículos no entorno da Zona Portuária. São essas obras que começarão esta semana 

Além das Olimpíadas, a intervenção também é considerada estratégica para revitalizar economicamente a região. As novas vias farão a ligação entre os prédios comerciais e os residenciais que deverão ser construídos ali nos próximos anos.

O túnel faz parte do Binário do Porto', nome provisório da nova via de circulação interna da Zona Portuária. Com 3,5km, o binário vai interligar importantes vias da área, como as ruas Equador e General Luís Mendes de Morais. Uma perfuratriz especial apelidada de "Jumbo" - pesa 38 toneladas - será usada na obra.

- A abertura desse túnel é um processo relativamente rápido. Deve ser concluída em 40 dias. A partir daí, começarão os serviços de concretagem e implantação da infraestrutura para passagem de veículos - acrescentou Arraes.

No dia 13 de outubro começam as escavações de um segundo túnel, que atravessará o Morro de São Bento para ligar a Praça Mauá à Avenida Primeiro de Março, nas imediações do 1 Distrito Naval.

- As escavações começarão pela Praça Mauá sem interrupções no trânsito, e não haverá necessidade de recorrer a explosivos - disse Arraes.

A última frente de obras começa no dia 11 de novembro e integra o projeto de transformar a Avenida Rodrigues Alves numa via expressa com três faixas de trânsito em cada sentido. A prefeitura ainda está fechando detalhes do projeto para estabelecer por onde as obras do trecho vão começar. Entre o Armazém 5 e a Praça Mauá (onde as novas pistas se interligarão com o trecho remanescente da Perimetral), os carros seguirão por um mergulhão. Do Armazém 5 até a Rodoviária Novo Rio, o tráfego será ao nível da rua.

A previsão da prefeitura é concluir o Binário do Porto no início de 2013. Na medida em que as obras na Rodrigues Alves forem ficando prontas, os trechos da Perimetral serão interditados e demolidos em várias fases. A primeira delas, entre a rodoviária e a Rua Professor Pereira Reis (primeiro semestre de 2013 ) e a segunda, entre a Rua Professor Pereira Reis e o Armazém 7 (segundo semestre). O trecho entre os Armazéns 5 e 7 será demolido até o fim do primeiro semestre de 2015. Durante as obras, rampas de acesso provisórias serão construídas entre a nova Rodrigues Alves e os trechos remanescentes da Perimetral.

Os recursos para as obras já estão garantidos por uma operação financeira com a Caixa Econômica. Em julho, ela arrematou por cerca de R$ 3,5 bilhões os chamados Certificados de Potencial Adicional Construtivo (Cpacs). Os Cpacs serão revendidos pela Caixa para investidores interessados em construir acima de gabaritos mínimos fixados pela prefeitura.

- Nos primeiros 12 meses devemos investir cerca de R$ 840 milhões - disse Eduardo.

Projeto prevê espaço para futura linha de VLT

O binário a ser construído para reorganizar o trânsito na Zona Portuária já deixará faixas exclusivas para a circulação de uma linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), projetada para interligar a região com outros pontos do Centro. Em 20 dias, ficam prontos os estudos de viabilidade econômica que vão orientar a Companhia de Desenvolvimento Urbano a elaborar o edital de concessão.

O VLT abriria caminho para reorganizar o trânsito de carros e ônibus no Centro. Mas o presidente da companhia, Jorge Luiz de Souza Arraes, explicou que não há prazo para que o sistema seja implantado. O estudo de viabilidade indicará quatro alternativas de traçado, com as demandas de passageiros para cada um deles, bem como estimativas de tarifas conforme o volume de investimentos feitos pelo setor público e por empresas numa parceria público-privada.

Segundo Arraes, a expectativa é que o edital seja lançado no ano que vem. Só então será possível estimar prazos para o serviço entrar em operação. A ideia é que o VLT opere por módulos. Na medida em que as obras fossem terminando, o serviço seria estendido a outros pontos do Centro.

- O que já definimos é que o VLT fará a integração com as estações da Central do Brasil e da Praça Mauá (futuro terminal do trem-bala), rodoviária e terminais de ônibus - disse Arraes.

A ligação com a Central, por exemplo, será por um túnel ferroviário já existente, mas atualmente ocioso, próximo à Cidade do Samba. 

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011...-925402195.asp

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