segunda-feira, 28 de maio de 2012

Moradores de Santa Teresa defendem mecânicos

28/05/2012 - Agência Brasil

Na defesa dos mecânicos e na mobilização para que os bondinhos voltem às ladeiras do bairro antes de 2014, conforme preveem os administradores, o símbolo da campanha vem sendo o motorneiro do bonde que bateu

Redação do Diário de Pernambuco

Os protestos estão nos carros, nas portas, nos muros, em postes e em peças de artesanato espalhadas por todo o bairro. Os moradores de Santa Teresa, no centro da cidade do Rio, permanecem mobilizados para ter de volta os tradicionais bondinhos. O sistema parou de funcionar em agosto de 2011, depois que um acidente deixou seis mortos e 40 feridos.

Depois de aprovar um referendo pela volta dos bondes, o próximo passo é a defesa na Justiça  de cinco funcionários da manutenção do equipamento, responsabilizados pelo acidente do ano passado. O Ministério Público Estadual os acusa de negligência por não terem tirado de circulação o carro que bateu e por não terem notificado "por escrito" os problemas no sistema.

Ficaram de fora da acusação os gestores do governo que administravam os bondes, o que é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). Para a organização, a acusação contra os funcionários é injusta e não leva em conta processos movidos no próprio Ministério Público contra a Secretaria Estadual de Transporte.

"O MP escolheu o caminho de penalizar quem não tinha o poder de gestão no sentido de comprar peças e contratar serviços para recuperar o sistema, tampouco o poder de paralisar os bondes, como deveriam ter feito", disse um dos diretores da Amast, o  advogado Abaeté Mesquita. "Os funcionários cumpriam ordens, muitas vezes, apenas verbais"

Para provar que os mecânicos eram impotentes ante a precariedade do sistema, a  Amast contará com o criminalista e ex-governador do Rio Nilo Batista. Professor titular de Direito Penal das universidades Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nilo já assumiu a defesa de quatro mecânicos que o procuraram até agora.

"Estamos buscando, de um lado, a defesa competente desses funcionários, que estão injustamente prejudicados e, de outro, apresentar mais provas para que os verdadeiros responsáveis pelo acidente sejam punidos por omissão", acrescentou Abaeté. Ele lembra que o governo sabia da precariedade do sistema, alvo de pelo menos dois termos de ajustamento de conduta no próprio MPE.

Na defesa dos mecânicos e na mobilização para que os bondinhos voltem às ladeiras do bairro antes  de 2014, conforme preveem os administradores, o símbolo da campanha vem sendo o motorneiro do bonde que bateu. Morto no acidente, Seu Nelson, como é chamado, estampa camisetas, páginas de redes sociais e foi tema de blocos de carnaval em 2012.

No próximo dia 31 de maio, uma reunião de moradores vai discutir a proteção de bens culturais de Santa Teresa. Além de propor ações em defesa dos bondes, a comunidade vai debater como proteger e recuperar gradis, mobiliário urbano e a paisagem do bairro, que é um dos principais cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro.

domingo, 20 de maio de 2012

Edital do VLT do Rio deve ser lançado em agosto

14/05/2012 - iG Rio de Janeiro

Arte: Divulgação
Uma das estrelas do Porto Maravilha – programa de revitalização da zona portuária da capital fluminense - o projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), orçado em R$ 1,1 bilhão, está mais próximo de sair do papel e chegar às ruas do centro da cidade. Na última semana, foi aprovada pelo governo federal a liberação de R$ 500 milhões em recursos do Orçamento Geral da União (OGT). 

Para garantir os R$ 600 milhões restantes, serão abertas no início do próximo mês audiência e consulta públicas a fim de preparar a licitação para escolha da concessionária responsável pelo projeto. O edital deverá ser lançado até agosto.

“Já temos os estudos de viabilidade, o cronograma e todas as autorizações exigidas para começar as intervenções necessárias na região. O início da contratação das obras está previsto para janeiro de 2013”, afirma o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Jorge Arraes.

O veículo leve contempla não só a região do Porto, como também parte considerável do centro da cidade. Pontos de grande ciculação, como a Avenida Rio Branco, a Cinelândia e o aeroporto Santos Dumont, também receberão estações do novo bonde, como mostram imagens inéditas que o iG conseguiu.

O sistema do VLT, ou bonde moderno, como foi apelidado na Cdurp, terá seis linhas distribuídas em 42 estações ao longo de 30 quilômetros de vias, sendo 26 quilômetros de vias de ida e volta e quatro quilômetros de via singelas. A distância média entre as estações será de 400 metros e a expectativa é de que o tempo de espera entre um trem e outro varie entre 5 e 15 minutos, dependendo da linha. Cada vagão comporta até 450 passageiros.

A linha 1 (laranja) começa na rodoviária e termina na estação Equador. Já a linha 2 (verde), vai da Central do Brasil à Cidade do Samba. A linha 3 (azul) também parte da Central, mas em direção ao aeroporto Santos Dumont. A Central também é o ponto de partida da linha 4 (vermelha), que passa por avenidas como Sete de Setembro, Rio Branco e Almirante Barroso e chega à Avenida Antônio Carlos. Já a linha 5 (amarela) e a 6 (rosa escuro) partem da rodoviária sentido Central e Cidade do Samba, respectivamente.

O sistema de pagamento será similar ao de países da Europa que já adotaram o VLT. Ao entrar no trem, o próprio passageiro deverá validar seu bilhete. A estimativa da CDURP é que a passagem custe em torno de R$ 3 e o novo modal deverá integrar o sistema do Bilhete Único.

As duas primeiras linhas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) serão entregues para a Copa do Mundo. As outras quatro deverão entrar em operação até os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo Arraes, o principal objetivo do novo meio de transporte é integrar estações de metrô, trens, barcas, BRTs, redes de ônibus convencionais e aeroporto. “O VLT vai atender áreas que hoje não contam sequer com pontos de ônibus, interligando todos os meios de transporte da região”, diz.

Modelo inédito

Embora seja inspirado em modelos como os que são utilizados na Europa, o VLT do Rio traz uma inovação. Os trens não terão fios em rede aérea e serão alimentados por duas fontes de energia: um terceiro trilho energizado em alguns trechos e paradas e também um supercapacitor (espécie de bateria). Arraes explica que essas tecnologias já são usadas, mas de maneira isolada. “É a primeira vez no mundo que um VLT vai unir esses sistemas, o que permitirá que nossos trens não precisem de fios de rede aérea. Além de mais econômico, é mais seguro”.

O projeto do VLT, diz Arraes, será ainda um dos grandes trunfos do Porto Maravilha no que diz respeito à questão da sustentabilidade. “Ainda não temos o cálculo pronto, mas, certamente, a utilização deste meio de transporte terá um grande impacto positivo na diminuição da emissão de carbono na região. Arraes não descarta a possibilidade de converter essa redução em créditos de carbono a serem negociados na Bolsa Verde do Rio.

 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bondes no Rio de Janeiro devem circular durante a madrugada

17/05/2012 - Band

O motivo da revitalização do sistema é de criar um circuito cultural Lapa-Santa Teresa, no Rio de Janeiro

A revitalização do sistema de bondinhos deve incluir a circulação dos veículos sobre trilhos durante toda a madrugada com o objetivo de criar um circuito cultural Lapa-Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

A publicação do edital de licitação para a compra dos 14 novos bondes, que já foi adiada uma vez, está prevista para o próximo dia quatro.

Outros dois editais, para aquisição de trilhos adequados e para reformulação das estações Carioca e Silvestre, só vão ficar prontos no fim de junho. A concorrência pública já deveria ter ocorrido, mas ações judiciais atrasam o processo.

Desde que o bonde parou de circular, em agosto de 2011, os estabelecimentos comerciais do bairro faturam 15% a menos.

Para acelerar o retorno do sistema em Santa Teresa, previsto para 2014, a Central admite a possibilidade de liberar trechos dos dezessete de percurso do bondinho à medida que ficarem prontos. As obras no bairro para trocar os trilhos devem começar este ano.

Nesta semana, a Justiça aceitou denúncia contra cinco funcionários da Central responsabilizados pela morte de seis pessoas no acidente de agosto. O secretário de Transportes, Júlio Lopes, continua fora da mira da Justiça.

Acidente

Os bondes de Santa Teresa atraíram as atenções do restante do país após o acidente que matou cinco pessoas e feriu outras 55, em 2011.

Na ocasião, um dos bondes realizava o trajeto Largo da Carioca - Dois Irmãos. O veículo perdeu o freio, desceu a ladeira e colidiu com um poste.
 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MP denuncia 5 pessoas por acidente em bonde carioca

08/05/2012 - O Globo

Pouco mais de oito meses após o acidente com um bonde que resultou na morte de seis pessoas e deixou 48 feridas, o Ministério Público denunciou à Justiça cinco pessoas apontadas como responsáveis pela tragédia. Todos são funcionários da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), entre eles o motorneiro Gilmar Silverio de Castro; o Coordenador de Manutenção e Operação dos bondes, engenheiro mecânico José Valladão Duarte; o Chefe de Manutenção da Garagem dos bondes, engenheiro Cláudio Luiz Lopes do Nascimento; e os assistentes de manutenção, os mecânicos Zenivaldo Rosa Correa e João Carlos Lopes da Silva. A secretaria estadual de Transporte, cuja Central é vinculada, não é citada.
De acordo com a denúncia feita pela titular da 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, Janaína Marques Corrêa, o laudo de Exame em Local de Acidente de Trânsito elaborado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontou diversos problemas de manutenção no bonde, sem condições de segurança para os usuários. Os peritos constataram que vários foram os fatores que concorreram para o acidente, sendo a causa determinante a falha no sistema de freios do bonde. Dentre os problemas constatados e relacionados à falta de manutenção, estavam a falta de procedimento de drenagem dos cilindros, o desgaste do compressor e peças remendadas de forma grosseira.

“Os funcionários que trabalham diretamente como mecânicos e, principalmente, os seus supervisores, tinham o dever de retirar de circulação os veículos que não possuíam condições de uso, assim como de informar aos seus superiores da necessidade de equipamentos e investimentos para o regular funcionamento do serviço, fato não verificado, de acordo com as declarações do então Presidente e do Diretor de Engenharia da empresa (...) não havendo qualquer registro escrito de demandas, muito embora as condições dos bondes fossem de conhecimento dos funcionários que trabalhavam na oficina”, diz trecho da denúncia.

Ainda segundo o MP, anotações registradas no livro de manutenção da oficina de bondes mostravam que o bonde nº 10 apresentava problemas crônicos no sistema de frenagem, sendo a frequência dos reparos realizados desproporcional se comparado com a das demais composições e insuficiente para solucionar os problemas verificados. Ainda segundo o MP, um declaração recolhida durante a investigação do caso afirmaria que as sapatas do bonde eram trocadas frequentemente, pois eram de má qualidade.

Embora seja o mais grave, esse não foi o primeiro acidente com o transporte em Santa Teresa. Em junho de 2011, o turista francês Charles Damien Pierson morreu após despencar de um bonde que passava sobre os Arcos da Lapa. Ele viajava no estribo quando escorregou e caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros.

Em 2009, a professora Andreia de Jesus Resende, de 29 anos, morreu e outras dez pessoas ficaram feridas após um bonde perder o freio numa ladeira de Santa Teresa e ser atingido por um táxi. Ao deixar o veículo em pânico, a professora foi atropelada por um ônibus.

Sindicato contesta denúncia do MP de envolvidos em acidente com bonde

09/05/2012 - G1

MP culpou funcionários de empresa por acidente no bonde de Santa Teresa. Tragédia ocorrida no Rio de Janeiro matou 6 pessoas e deixou 48 feridos.

O Sindicato dos Ferroviários decidiu entrar na Justiça contra a decisão do Ministério Público de culpar funcionários da empresa dos bondes de Santa Teresa pelo acidente que matou seis pessoas e deixou 48 feridos. A decisão isentou de culpa o presidente e um diretor da companhia. O acidente aconteceu em agosto de 2011.

Para o Ministério Público, os cinco funcionários denunciados foram negligentes. Eles sabiam que o bonde não tinha condições de uso e mesmo assim não o tiraram de circulação. A responsabilidade do Secretário estadual de Transportes Júlio Lopes é analisada em outra investigação do MP.

De acordo com a denúncia, um motorneiro, o coordenador de manutenção, o chefe da garagem e dois mecânicos devem responder por homicídio e lesão corporal culposa, quando não há intenção de matar.

Nem o presidente e nem o diretor de engenharia da Central, empresa responsável pelos bondes e subordinada à Secretaria estadual de Transportes foram denunciados. Eles sequer fazem parte da relação de pessoas que, segundo o MP, devem ser ouvidas pela Justiça durante o processo.

Para o Ministério Público, eles não foram informados por escrito que o bonde não possuía condições de funcionar.

Associação de moradores contesta denúncia

O diretor da Associação de Moradores de Santa Tereza, Abaeté Mesquita, que acompanhava a rotina dos funcionários dos bondes, contesta a decisão.

“Colocar a culpa no motorneiro Nelson, que já morreu e no que conduzia o bonde é fechar os olhos para os verdadeiros culpados. Temos a percepção de que essa rotina de operação dos bondes era feita de maneira precária, os funcionários chegavam a tirar dinheiro do próprio bolso para comprar peças”, falou Abaeté Mesquita.

Secretário levanta suspeitas de motorneiro

Na época, Júlio Lopes chegou a levantar suspeitas sobre a conduta do motorneiro, que morreu no acidente. Segundo o secretário, ele teria descumprido a ordem de retornar à garagem com o bonde que já tinha se envolvido num acidente no mesmo dia.

Quatro dias depois da tragédia, o presidente do Departamento de Transportes, Rogério Onofre, foi nomeado interventor da empresa e fez um relatório sobre a situação que encontrou.

Ele concluiu que os problemas existiam há décadas e que os bondes só voltariam a funcionar sem oferecer risco com uma mudança radical de gestão tanto na Central, como na Coordenadoria de Bondes.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) afirma que as autoridades já tinham sido alertadas antes sobre os riscos de acidentes com os bondes.

Mas o Secretário Júlio Lopes afirma que o único relatório que recebeu da comissão de prevenção de acidentes do Crea-RJ se referia apenas a problemas no sistema de freios dos bondes reformados, que não era o caso do bonde envolvido no acidente de agosto do ano passado.

Bonde de Santa Teresa: deputados criticam MP por responsabilizar trabalhadores

09/05/2012 - Jornal do Brasil

Para Paulo Ramos, secretário de Transportes Júlio Lopes deveria ser culpado por acidente

Por Jorge Lourenço

Os deputados estaduais Gilberto Palmares (PT-RJ) e Paulo Ramos (PDT-RJ) criticaram duramente o Ministério Público do Rio por ter apresentado denúncia contra cinco trabalhadores do bonde de Santa Teresa, os responsabilizando pelo acidente no ano passado. Na ocasião, seis pessoas morreram.

Não faz sentido

Para o parlamentar, as investigações iniciais deixaram claro que os problemas do bonde eram crônicos. Segundo o entendimento do Ministério Público, os funcionários tinham obrigação de informar à Central, que administrava o bonde, sobre as más condições de funcionamento do meio de transpote.

A culpa do peão

"O Ministério Público está alheio à realidade. Ele superestima a influência de um simples mecânico num sistema que enfrentava problemas crônicos de administração. É uma vergonha culpar os trabalhadores pela tragédia. Ficou claro que a corda arrebentou no lado mais fraco", atacou Gilberto Palmares, que pediu a abertura de uma CPI para investigar as condições do bonde no ano passado. Apesar de ter conseguido o número suficiente de assinaturas, a comissão nunca foi aberta. "Se tivessem aceitado a CPI antes, isso não teria acontecido. Essa foi uma decisão infeliz do Ministério Público".

Paulo Ramos ataca Júlio Lopes

Para Paulo Ramos, a decisão do Ministério Público "cinicamente transfere a culpa de Júlio Lopes, secretário de Transportes, para os funcionários do bonde". Ainda de acordo com o parlamentar, a imagem do órgão foi arranhada pela denúncia.

Só os chefes não sabiam da precariedade dos bondes

10/05/2012 - O Dia Online

Presidente e diretor da Central alegaram que não havia registro escrito sobre o caos e escaparam de responder pela morte de seis pessoas. Secretário é alvo de outra ação

Por Pamela Oliveira

Rio -  As autoridades responsáveis pelos bondinhos de Santa Teresa escaparam de responder na Justiça pela morte de seis pessoas em acidente, ano passado, porque, para o Ministério Público, elas não foram informadas sobre a notória precariedade dos veículos. A tragédia de 27 de agosto também deixou 48 passageiros feridos.

Se livraram do processo na Justiça o presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, Sebastião Rodrigues, responsável pelos bondes, e seu diretor de engenharia, Fábio Tepedino. Os denunciados foram um motorneiro, dois mecânicos e dois engenheiros. O secretário estadual de Transporte, Júlio Lopes, responde a outra ação que apura sua responsabilidade no acidente porque tem foro privilegiado.

Na denúncia do Ministério Público, consta, no entanto, que anotações feitas pelos mecânicos no livro de manutenção da oficina deixam claro que o bonde “não possuía condição para circular” devido a “problemas crônicos em todo sistema de frenagem”. Mas, segundo a promotora Janaína Marques Corrêa, Rodrigues, que hoje é subsecretário estadual de Transporte, e Tepedino declararam não foram informados e que não havia “qualquer registro escrito” sobre os problemas.

“Essa decisão é estarrecedora. O presidente e o diretor da Central é que tinham o poder de retirar os bondes de circulação e comprar peças. Todos sabiam do sucateamento. Desde 2003 os moradores denuncia isso. O MP tem uma liminar de 2008 e uma decisão de 2009 determinando que a Central cumpra uma série de medidas. O estado recorreu 11 vezes”, afirmou o advogado Abaeté Mesquita, da Associação de Moradores de Santa Teres (Amast).

Dias após o acidente, o governador Sérgio Cabral, que à época já estava há cinco anos no governo, admitiu: “A verdade é que a frota de bondinho hoje é sucateada. Assumo o erro do nosso governo”.

Moradores vão protestar

O motorneiro Nelson Corre da Silva, morto no acidente, também foi considerado culpado pelo MP. Ele só não foi denunciado porque está morto. Segundo a promotora, ele e o outro condutor denunciado agiram de forma “negligente” porque continuaram conduzindo o conduziram o bonde após colisão com ônibus.

Os mecânicos e os engenheiros foram acusados pois deveriam ter retirado o bonde de circulação e informado os superiores dos problemas. A associação de moradores planeja manifestação contra a denúncia do MP.

Comissão de moradores de Santa Teresa é recebida no MPRJ

13/05/2012 - Jornal do Brasil

O Subprocurador ouviu o grupo, que apresentou pedidos de esclarecimentos referentes à denúncia ajuizada

Uma comissão de moradores de Santa Teresa foi recebida na última sexta-feira (11/05) pelo Subprocurador-Geral de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Leonardo de Souza Chaves. O Subprocurador ouviu o grupo, que apresentou pedidos de esclarecimentos referentes à denúncia ajuizada pela titular da 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, Promotora de Justiça Janaína Marques Corrêa, sobre o acidente de bonde em Santa Teresa, ocorrido em agosto de 2011. O Subprocurador ressaltou que a Promotora goza de independência funcional, conforme prevê a Constituição Federal.

Durante o encontro, foi  agendada uma reunião com o Procurador-Geral de Justiça, Cláudio Lopes, que receberá os moradores na próxima segunda-feira (14/05), às 18h30min, para informá-los sobre o andamento do outro  procedimento que tramita no MPRJ em relação à responsabilidade do Secretário de Estado de Transportes, Júlio Lopes, no acidente.l

domingo, 6 de maio de 2012

Primeira edição do Circuito Metrô Macaé acontece neste sábado

 15/03/2012  - Prefeitura de Macaé

A antiga estação ferroviária,onde está a primeira composição do VLT, recebe a comunidade a partir das 14h.
Acontece neste sábado (17), a partir das 14h, na antiga Estação Ferroviária, a primeira edição do Circuito Metrô Macaé, um programa de relacionamento com a comunidade que trará esclarecimentos sobre o novo sistema de transporte sobre trilhos, o VLT. O Circuito trará apresentação de maquete, animação 3D e recreação com as crianças, com informações para todas as idades.

O Circuito Metrô Macaé atende uma necessidade de envolver a população em uma nova dinâmica de convivência com um veículo nos trilhos, revela o secretário de Mobilidade Urbana, Jorjão Siqueira. 

- Dentro do nosso cronograma de implantação, estão previstas ações como essa que ampliem a informação e segurança, principalmente de quem mora no entorno da linha férrea. É importante também que o futuro usuário conheça mais detalhes desse projeto pioneiro no estado, ressalta Jorjão.

A revitalização histórico-cultural do projeto também terá presença garantida com a Associação de Ex-Ferroviários que fará sua participação com exposição de peças e fotografias históricas. Durante a programação haverá ainda distribuição de material informativo para os visitantes, que poderão visualizar a primeira composição do VLT que está na estação.

A segunda edição do Circuito Metrô Macaé já está marcada para o dia 31 de março, no mesmo local. Além deste trabalho, a Secretaria de Mobilidade Urbana iniciará em breve uma visita às casas de moradores do trecho da primeira fase do projeto Central x Imboassica, conscientizando sobre segurança na travessia de trilhos.