domingo, 18 de dezembro de 2016

Novo trecho do VLT entre Saara e Praça XV é inaugurado no Rio

18/12/2016 - G1 RJ

Transporte passa a ligar tradicional comércio popular da cidade ao terminal de barcas da Zona Portuária. Serviço começa a funcionar nesta segunda-feira (19).

Por Bruno Albernaz

Novo trecho do VLT liga a Saara à Praça XV, no acesso ao terminal de barcas da Zona Portuária

Novo trecho do VLT liga a Saara à Praça XV, no acesso ao terminal de barcas da Zona Portuária (Foto: Bruno Albernaz/G1)
Novo trecho do VLT liga a Saara à Praça XV, no acesso ao terminal de barcas da Zona Portuária (Foto: Bruno Albernaz/G1)

Foi inaugurado na manhã deste domingo (18) o novo trecho da Etapa 2 do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), entre as paradas Saara e Praça XV, no Centro do Rio. O novo percurso promete facilitar a circulação de pessoas entre a principal área de comércio popular da cidade e, principalmente, o acesso às barcas.

A viagem inaugural do novo trecho contou com a presença de jornalistas e autoridades. O trem saiu da parada da Saara e seguiu até o destino final, na Praça XV. O transporte de passageiros neste novo trecho começará a ser realizado somente nesta segunda-feira (19).

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Concessionária do VLT Carioca, assim como aconteceu com o trecho do VLT que vai do Aeroporto Santos Dumont até a Rodoviária Novo Rio, a operação do transporte no novo trajeto será implantada gradativamente para que os passageiros e pedestres possam se adaptar.

"A ideia é que, na semana do Natal, o VLT vai rodar à noite, para evitar qualquer problema, porque as pessoas ainda estão se adaptando, e na semana seguinte a gente começa a operação assistida [com batedores acompanhando, de moto, o deslocamento do trem]", explicou o secretário Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Jorge Arraes.

Parada da Saara fica na Praça da República, no Centro (Foto: Bruno Albernaz/G1)
Parada da Saara fica na Praça da República, no Centro (Foto: Bruno Albernaz/G1)

A proposta do VLT é integrar todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária do Rio - barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, o BRT Transbrasil. "Este novo trecho vai permitir a integração de mais um modal, que são as barcas na Praça XV", enfatizou Arraes.

Ainda segundo o secretário, para 2017 está prevista a conclusão da etapa 2 do VLT, com viagens entre a Saara e a Central do Brasil.

Seis meses de funcionamento

A inauguração do primeiro trecho, entre o aeroporto e a rodoviária, ocorreu no começo de junho. Nestes seis primeiros meses de operação, foram realizadas mais de 25 mil viagens e transportados pouco mais de 4 milhões de passageiros. 

Segundo a SMTR, desde que foi inaugurado, no dia 5 de junho, o pico de passageiros foi durante os Jogos Olímpico do Rio, com 36 mil pessoas por dia. A Guarda Municipal já autuou 483 passageiros, em 31 dias, por não pagar a passagem. 

O pagamento da tarifa deve ser feito pelo próprio passageiro leitoras magnéticas. Fiscais circulam pelos trens conferindo se o pagamento foi validado. A multa para quem deixa de pagar a passagem está prevista na Lei Municipal nº 6.065/2016. Os valores são de R$ 170 e R$ 255 em caso de reincidência (multa mais 50%).

O VLT teve operação diferenciada neste final de semana para passagem de cabeamento de energia na região da Gamboa. As paradas Equador, Pereira Reis e Gamboa ficaram fora de operação entre 6h e 9h no sentido Rodoviária para Santos Dumont. Usuários que embarcaram ou desembarcaram nesses locais precisaram se dirigir às paradas Rodoviária, Santo Cristo ou Cidade do Samba.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Novo trecho do VLT será inaugurado em dezembro

25/11/2016 - O Globo

Testes no trajeto entre a Praça Quinze e o Campo de Santana estão sendo realizados à noite

Simulado noturno. A composição do VLT no Centro do Rio, durante viagem experimental Foto: Domingos Peixoto/22-10-2016 / O Globo
Simulado noturno. A composição do VLT no Centro do Rio, durante viagem experimental - Domingos Peixoto/22-10-2016 / O Globo
   
POR RENAN FRANÇA

RIO - Parte da paisagem carioca, o VLT desbrava novos caminhos no Centro do Rio. Diariamente, por volta das 21h, são realizadas viagens experimentais entre a Praça Quinze e a Praça da República (Campo de Santana). Nesse trecho de 2,4 quilômetros haverá mais quatro estações que farão parte da linha 2 do VLT: Saara, Praça Tiradentes, Colombo e Praça Quinze. A operação atualmente é restrita a técnicos e engenheiros da prefeitura. A secretaria municipal de Transportes não informa quando o público poderá usar o sistema. Mas, de acordo com Jorge Arraes, secretário especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas (Secpar), o embarque de passageiros começará na segunda semana de dezembro.

— Vamos repetir a mesma programação de quando inauguramos o VLT em julho. Na segunda semana de dezembro começaremos com a operação assistida, que permite o embarque de passageiros sem a necessidade de pagamento. Em seguida, provavelmente no dia 15, iniciaremos a operação comercial — afirma Arraes.

A partir da inauguração, o sistema contará com 18 pontos de parada para passageiros. O projeto, no entanto, prevê a construção de 28. Os dez restantes ficarão como pendência para o próximo prefeito.

MARECHAL FLORIANO: DESAFIO

A linha 2, prevista para começar a operar com todas as estações em setembro, será entregue incompleta no mês que vem. A ligação da Estação Saara com a Vila Olímpica, na Gamboa, passando pela Central do Brasil, ficará pronta apenas no ano que vem. De acordo com Arraes, houve um contratempo na instalação dos trilhos do VLT na altura da Avenida Presidente Vargas. Segundo ele, no subsolo da via, havia equipamentos da Light que impediam o avanço do serviço.

O maior desafio da obra do VLT será na Avenida Marechal Floriano. De acordo com o projeto, a via será cortada pela futura linha 3 do sistema e precisará ser totalmente fechada para a implementação dos trilhos. A previsão para o início da obra é no primeiro trimestre do ano que vem. A futura linha sairá da Central do Brasil, seguindo até a Cinelândia.

Toda a primeira etapa, que começa no Aeroporto Santos Dumont e segue até a Rodoviária Novo Rio, está concluída e em operação desde julho deste ano. A exceção são as estações São Diogo e Praia Formosa, que ainda não foram construídas. Hoje, o local onde ficarão os pontos de parada para passageiros são utilizados como área de manobra para os trens do VLT.

De acordo com a concessionária que opera o sistema, entre 25 mil e 35 mil pessoas utilizam o transporte diariamente. Quando estiver com todas as linhas em operação, a estimativa é que até 300 mil passageiros usem o serviço por dia.

Para o engenheiro Ronaldo Balassiano, professor da Coppe/UFRJ, a expansão para linha 2 trará mais passageiros, porque o trem do VLT passará por locais onde há muita demanda, como a região das barcas, na Praça Quinze.

— O corredor atual do VLT não integra tantos módulos de transporte de massa. A única integração onde há mais demanda é na rodoviária Novo Rio. Acredito que, nessa segunda fase, mais passageiros entrarão no sistema, principalmente por fazer conexão com as barcas e, no futuro, com a Central. O VLT ainda está com um perfil turístico. Precisa tornar-se uma opção para integrar com ônibus, trem e metrô.

Apesar de projetar um aumento na demanda, o engenheiro critica a ausência de um cartão único que sirva para andar em todos os modais, como ocorreu na Olimpíada:

— O cartão, por exemplo, do metrô não serve para usar no VLT. Isso provoca contratempos, até porque a venda de cartão nas estações não é eficiente.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/novo-trecho-do-vlt-sera-inaugurado-em-dezembro-20538051#ixzz4R1m2N3hD 
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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

VLT a caminho da Praça Quinze; operação deve começar ainda este mês

16/11/2016 - Extra

Os bondinhos do VLT já foram incorporados à paisagem da Praça Quinze, no Centro. As duas composições paradas ao lado da estação das barcas chamam a atenção de quem passa pelo local, mas ainda não transportam passageiros. Elas vão integrar o segundo trecho do novo modal, que está recebendo os retoques finais para entrar em operação ainda este mês, segundo Secretaria municipal de Transportes. 

Esse novo trecho será inaugurado parcialmente. Inicialmente os bondes vão circular somente da Praça da República, na altura da Saara, à Praça Quinze. A extensão total, que soma sete quilômetros e parte da Central do Brasil, tem previsão de entrega até o início de 2017. 

O percurso que será aberto na frente já foi sinalizado, tendo recebido inclusive os painéis alertando para o risco de atravessar os trilhos falando ao celular. Nas paradas, falta apenas a instalação dos acabamentos em vidro, como o teto e painéis laterais. Faixas avisam que o VLT está em circulação, mas quem transita pelo local diz que ele só é visto em movimento à noite, nos testes sem passageiros, iniciados em agosto. 
Quem penou com a queda nas vendas durante as obras torce agora para que o fluxo de passageiros ajude a incrementar o movimento no comércio local. Essa é a expectativa de Eliete Lopes, de 56 anos, vendedora numa loja de roupas íntimas na Rua da Constituição. 

— Já tem gente que entra na loja perguntando onde pegar o VLT. Eu digo que, por enquanto, em lugar nenhum, mas que em breve será nas praças da República e Tiradentes. Acho que o movimento vai melhorar. Pelo menos no início vai ser estimulado pela curiosidade das pessoas com o novo transporte — aposta a vendedora. 
Moradora em Maricá, a aposentada Elenice Rodrigues, de 53 anos, vai ao Centro do Rio várias vezes na semana para comprar material de costura. Ela desce na Central e completa o trajeto a pé. 

— Se já tivesse o VLT, não teria enfrentado essa chuva. Vai ser muito útil — diz.

Fonte: Extra
Publicada em:: 16/11/2016

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Novo trecho do VLT será aberto em novembro

06/10/2016 - O Globo

Bondes deverão circular, em fase de testes, entre a Saara e a Praça Quinze, diz secretário de Transportes
   
POR MÁRCIO MENASCE 

Nova linha. Estação do VLT na Praça da República está em fase de acabamento: trecho será testado com passageiros - Gabriel de Paiva

RIO - Parte do segundo trecho do VLT começará a operar em novembro. A promessa foi feita ontem pelo secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, no dia em que a inauguração da primeira linha do transporte completou quatro meses. Segundo ele, o início dos trabalhos será entre a Praça Quinze e a Saara, na Praça da República. O serviço integral, que vai até a Central do Brasil, só deve ser aberto à população no fim do ano ou no início de 2017. Também serão inauguradas no próximo ano as estações São Diogo, Itamaraty, Camerino e Santa Rita, que fazem parte da terceira fase do sistema.

— Os testes sem passageiros (no segundo trecho) começam este mês. Em novembro, passageiros poderão embarcar, e a operação será ampliada de forma gradativa, assim como aconteceu com a primeira linha inaugurada. O serviço começa com horários reduzidos, intervalos mais longos entre os trens e vai aumentando aos poucos. Talvez seja mais rápido do que foi na primeira etapa, porque agora o carioca já está mais acostumado com o VLT — afirma Sansão.

EM FASE DE ACABAMENTO

Quando o segundo trecho estiver inaugurado, a integração com o primeiro, pelo Bilhete Único Carioca, poderá ser feita em até uma hora pelos passageiros, sem que seja cobrada uma nova passagem (R$ 3,80).

Pelas ruas por onde o bonde moderno vai passar nesta nova fase, já se vê quase tudo pronto, mas ainda faltam detalhes, como a cobertura dos pontos de parada e a instalação de vidros e alguns acabamentos. De acordo com o cronograma disponível no site do Porto Maravilha, vinculado à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), responsável pela construção da linha, as obras já deveriam ter sido encerradas no dia 30 de agosto.

Outro trecho que também está com o cronograma atrasado é a extensão da Linha 1, entre a Gamboa e a Parada dos Navios, na Avenida Rodrigues Alves. As obras deveriam ter sido entregues no dia 30 de setembro, mas quem passa por lá fica com a sensação de que ainda falta muito. Segundo comerciantes da região, a concessionária parece enfrentar problemas com a tubulação de esgoto. Nesta parte da cidade, a Cdurp está refazendo todo o sistema de drenagem das ruas, de passagem de água e esgoto e de cabeamento de telecomunicações. De acordo com a companhia, 93% das obras estão concluídas.

COMERCIANTES RECLAMAM

Na Rua Pedro Ernesto, que fica no trecho entre a Gamboa e a Parada dos Navios, a tubulação de esgoto ainda está toda aparente, sofrendo reparos. Comerciantes dizem que as obras são feitas e refeitas o tempo todo:

— Já abriram e fecharam a rua para mexer na tubulação mais de dez vezes. Não consigo mais entender essa obra. Já são dois anos passando por isso — diz José Roberto Bastos, funcionário de um dos bares da rua. — O movimento aqui caiu mais de 70% .

Porteiro do prédio de número 37 da Pedro Ernesto, Valdo Vieira também afirma que as obras estão sendo refeitas:

— Enquanto isso, a rua fica assim, não passa carro. É um lamaçal que mal dá pra andar.

Em nota, a Cdurp afirma que a Rua Pedro Ernesto não foi refeita várias vezes. Segundo o órgão, o processo descrito pelos comerciantes refere-se à preparação da base e da sub-base do pavimento, além da execução das migrações das redes de água e esgoto. Ainda segundo a companhia, realmente houve um vazamento de esgoto na esquina da Praça da Harmonia, já consertado, e um trecho de calçada passa por reparo para adequação de questões relacionadas à acessibilidade.

BATEDORES SERÃO RETIRADOS

No trecho já em operação do VLT, mais mudanças devem começar a ser implementadas gradativamente. Os batedores, que percorrem a linha de moto, à frente dos trens, devem começar a ser retirados até o fim do ano, segundo o secretário Sansão:

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— Os batedores ainda vão trabalhar por algum tempo. Em novembro, vamos começar a testar a operação de composições sem eles, sempre em horários alternativos aos de pico. Se tudo correr bem, vamos retirando as motos aos poucos.

O secretário faz um balanço positivo dos primeiros meses do serviço. Segundo ele, até agora o VLT já transportou 2,7 milhões de pessoas, tendo o seu pico na Olimpíada, quando chegou a receber 36 mil usuários por dia. A demanda normal, diz ele, é de 20 mil a 25 mil passageiros diariamente. Em relação à fiscalização iniciada em 5 de setembro, a Guarda Municipal autuou 483 passageiros que não pagaram a tarifa. A multa custa R$ 170 (R$ 255 em caso de reincidência).

— Para nós é gratificante ver o resultado do trabalho técnico, pois até agora não tivemos nenhum acidente com vítimas. Isso mostra que nossa opção por operar aos poucos foi bem sucedida — afirma Sansão.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/novo-trecho-do-vlt-sera-aberto-em-novembro-20244027#ixzz4MIaMfVfe 
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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Primeiro dia de cobrança no VLT é marcado por transtornos no Rio

26/07/2016 - G1

Energia da Estação Santos Dumont voltou a cair por volta das 12h.
Máquinas de Riocard tiveram problema e servidores do Inca fizeram protesto

Aline Pollilo e Gabriel Barreira

 VLT é exemplo de transporte acessível, piso nivelado co plataforma, rampa, piso tátil, corrimão nas paradas  (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

VLT é exemplo de transporte acessível, piso nivelado co plataforma, rampa, piso tátil, corrimão nas paradas  (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Inaugurado em 5 de junho, VLT liga rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

O primeiro dia de operação do VLT com cobrança de tarifa foi marcado por problemas no funcionamento dos veículos. Uma falha no abastecimento de energia atrasou em uma hora o início da operação - que deveria ter começado às 7h, mas só começou às 8h desta terça-feira (26).

Por volta das 12h, a energia da estação do VLT Santos Dumont voltou a cair. Até as 13h20 a energia não tinha sido restabelecida.

A cobrança da tarifa de R$ 3,80 começou após quase dois meses de viagens gratuitas nos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) do Rio. Durante a manhã, algumas máquinas de RioCard ficaram fora do ar e causaram transtorno para quem precisava validar a passagem.

Além dos problemas técnicos, uma manifestação de funcionários do Inca também parou a circulação entre as estações Santos Dumont e Parada dos Navios, por cerca de 15 minutos.

Estações ficaram cheias durante a manhã desta terça-feira (26) (Foto: Aline Pollilo / G1 Rio)
Estações ficaram cheias durante a manhã desta terça-feira (26) (Foto: Aline Pollilo / G1 Rio)

Na estação Santos Dumont, uma fila se formou na máquina que vendia o Bilhete Único Carioca. Até às 9h30, o cartão podia ser comprado apenas nas máquinas, mas depois os funcionários da concessionária criaram um esquema especial para diminuir a fila, que tinha diminuído por volta das 11h.
"Nessa estação não estamos cobrando o cartão, apenas a passagem de R$3,80", explicou o funcionário aos que estavam na fila. Uma das reclamações mais constantes era a de que a máquina não dava troco.

Para os passageiros que têm Bilhete Único Carioca ou o Bilhete Único Intermunicipal é necessário apenas ter o saldo suficiente para a passagem para utilizar o transporte.

Veículos circularam cheios pelo Centro do Rio na manhã desta terça (26) (Foto: Renato Franzini / G1)
Veículos circularam cheios pelo Centro do Rio na manhã desta terça (26) (Foto: Renato Franzini / G1)

A passageira Mônica Soares, que estava acompanhada de sua filha, foi orientada no aeroporto a usar o VLT, ao invés do táxi, para chegar a rodoviária.

"Só para complicar, olha o tamanho dessa fila", afirmou. Pela comodidade, ela estava arrependida da escolha. "Imagina se não tivesse troco? Deixaria uma nota de 100 reais na máquina", criticou Mônica, que também reclamou sobre a falta de informações.

Na estação da Candelária, as reclamações também eram parecidas. Fernanda Machado, do Mato Grosso, estava passeando com o filho pelo Centro do Rio de Janeiro. Sobre a cobrança de tarifa, ela falou: "Acho horrível. Não está certo. Deveriam proporcionar isso para o turista. Além de não aceitarem cartão (de débito), não tem troco. Vai ser um desperdício de dinheiro e material. Poderiam criar um sistema com um pagamento mais fácil".

Alguns cariocas aproveitaram a passagem pelo Centro para andar de VLT, como no caso de Marcelo Santana. Vindo do treinamento para participar da Olimpíada, ele decidiu usar o transporte para chegar a praça Mauá. "Tive que gastar 10 reais, mas não tem problema não porque vale a pena a título de curiosidade", falou.

A moradora de Bangu Marly Rodrigues também reclamou do valor gasto com o transporte. "Isso tudo é por causa da Olimpiada. Esse dinheiro deveria ser gasto para saúde e educação", declarou.

Funcionários da Riocard vendem cartões para agilizar a fila (Foto: Aline Pollilo / G1 Rio)
Funcionários da Riocard vendem cartões para agilizar a fila (Foto: Aline Pollilo / G1 Rio)

Secretário nega falha no VLT

O secretário-executivo de governo, Rafael Picciani, negou nesta terça que a paralisação do VLT em seu primeiro dia com cobrança de passagens tenha sido uma falha. Ele afirmou que o problema se deu justamente porque um dispositivo de segurança funcionou. 

"Tivemos um atraso no início da operação (...). Ao identificar qualquer tipo de imprecisão no fornecimento (de energia), desliga o sistema para a segurança dos usuários, para não ter risco de eletrificação do trilho que possa atingir no pedestres, então é bom. Tivemos um atraso, é verdade, mas por um dispositivo de segurança que funcionou", disse o secretário, que já foi titular da pasta de transporte.

Picciani também afirmou que a multa para o "calote" deve começar em 15 dias, mas pode atrasar caso as máquinas não estejam em pleno funcionamento.

O secretário também comentou a segunda paralisação, causada por uma manifestação. Picciani sugeriu ainda que a sociedade discuta a questão, já que o direito de se manifestar pode acabar indo de encontro ao direito de ir e vir.

"Infelizmente nos últimos 45 dias, impactaram esse transporte de alta qualidade. A sociedade tem que discutir, o direito de se manifestar é garantido pela constituição, mas o direito de ir e vir também. Tem que encontrar um meio termo entre essas questões", afirmou.

Como é feita a cobrança

Os trens do VLT não têm catracas nem cobradores. O pagamento da passagem tem de ser feito, exclusivamente, por meio do cartão Bilhete Único ou do bilhete expresso, que pode ser adquirido em qualquer parada do VLT – todas equipadas com terminais de autoatendimento.

De acordo com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), na primeira semana de cobrança haverá equipes de fiscalização em todos os trens para checar o pagamento da passagem em caráter educativo. Já a partir do dia 2 de agosto, quem for flagrado no VLT sem validar o pagamento da tarifa será multado em R$ 170. Em caso de reincidência, o valor aumenta para R$ 255.

Segundo a SMTR, com o Bilhete Único Carioca, o usuário terá direito a fazer até duas viagens de ônibus municipais e uma de VLT no intervalo de duas horas e meia. Quem não for titular de Bilhete Único tem a opção de adquirir o Bilhete Único Carioca Pré-Pago, nos terminais de autoatendimento. Será cobrado o valor de R$ 3 referente ao custo unitário do cartão recarregável. A carga inicial mínima é de R$ 3,80.

Os terminais de autoatendimento aceitarão cédulas e moedas. A previsão é que até o dia 5 de agosto as máquinas também passem a aceitar cartão de débito. Não haverá troco nos terminais, e todo o valor carregado será revertido em créditos. O cartão RioCard Jogos Olímpicos 2016 também poderá ser utilizado no modal.

Quem tem direito à gratuidade no transporte público também devem validar o cartão no VLT. A gratuidade é garantida, por meio de legislação específica, para alunos da rede pública de ensinos Fundamental e Médio do Rio de Janeiro uniformizados e portadores do cartão de gratuidade para estudante, estudantes de universidades portadores do Passe Livre Universitário, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhantes legalmente autorizados, doentes crônicos e acompanhantes legalmente autorizados e menores de 5 anos acompanhados de adulto portador de cartão com passagem validada.

O VLT foi inaugurado no dia 5 de junho e manteve as viagens gratuitas no começo de sua operação, que foi ampliada de forma gradativa. Atualmente, ele liga o Aeroporto Santos Dumont à Rodoviária Novo Rio e conta com 16 paradas para embarque e desembarque de passageiros.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Primeiro dia de cobrança da tarifa do VLT começa com atraso

26/07/2016 - O Globo

Máquina para pagamento da passagem não estava funcionando na estação da rodoviária
   
POR MARCIO MENASCE 

Passageiros aguardam a chegada do VLT - Custódio Coimbra / Agência O Globo

RIO - No primeiro dia de cobrança do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), houve problemas de pagamento e atraso nos trens. Marcado para começar a circular às 7h, o sistema não operava na estação da rodoviária até as 7h50m desta terça-feira, e as máquinas ATM para pagamento também não estavam funcionando. Segundo a comunicação da concessionária VLT Carioca, os trens demoraram para partir da rodoviária porque estavam aguardando autorização para saída.

Na estação, alguns passageiros irritados desistiram de esperar e procuraram outros meios de transporte, como ônibus e táxi.

O economista Gerson Lemes, de 56 anos, de Belo Horizonte, estava indo para o Aeroporto Santos Dumont com destino a Porto Alegre e decidiu seguir de táxi.

— Estou no ponto desde antes das 7h. Preciso chegar no aeroporto até as 8h. Já são 7h30m, e nada do VLT. Não dá mais para esperar. Agora, não sei se consigo chegar de táxi até o aeroporto em meia hora.

A auxiliar técnica Marcia Perroni, de 39 anos, estava preocupada em chegar atrasada ao trabalho. Ela mora no Santo Cristo e decidiu usar o VLT pela primeira vez porque o horário foi antecipado para as 7h, então já seria impossível para ela entrar no trabalho às 8h, na Praça Quinze.

— Já são 7h30m. Se eu for pegar ônibus agora, vou chegar atrasada do mesmo jeito. Não sei o que faço, se espero mais pelo VLT ou se tento pegar um ônibus.

Em frente às máquinas de pagamento do VLT, os passageiros formaram uma longa fila para comprar o bilhete. Quando o VLT chegou às 7h50m, vários passageiros ainda não tinham as passagens em mãos, e muitos deles entraram sem pagar a tarifa.

Longas filas se formaram na estação do VLT na rodoviária - Custódio Coimbra / Agência O Globo

O valor da passagem será de R$ 3,80. Com o Bilhete Único Carioca, o usuário terá direito a fazer até duas viagens de ônibus municipais e uma de VLT no intervalo de duas horas e meia.

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Atualmente, o VLT liga a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, com 16 paradas e conexão com ônibus intermunicipais, metrô e terminal de cruzeiros. A partir desta segunda-feira, o horário de operação foi ampliado e passa a ser das 7h às 21h.

Com uma tecnologia nova no país, o trem não possui catracas ou cobradores. Ao entrar no vagão, o usuário deve validar o cartão em um dos 28 equipamentos instalados no interior do veículo. Mensagem no visor e luz verde acesa confirmam a validação.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/primeiro-dia-de-cobranca-da-tarifa-do-vlt-comeca-com-atraso-19784717#ixzz4FW0VRVL1 
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segunda-feira, 6 de junho de 2016

No 1º dia útil, VLT superlota e para por falta de energia na penúltima viagem

Passageiros tiveram que desembarcar pelos trilhos
   
POR GUILHERME RAMALHO / GISELLE OUCHANA 

06/06/2016 - O Globo

Queda de energia provoca interrupção de uma das viagens do VLT em direção ao Aeroporto Santos Dumont - Foto do leitor Renato Gonzalez Garcez / WhatsApp do GLOBO

RIO - O primeiro dia útil de funcionamento do VLT, um dos principais legados olímpicos do Rio, foi de festa nesta segunda-feira, com muita gente curiosa para embarcar no novo meio de transporte no Centro. Foi tamanha a procura, que a prefeitura precisou pôr mais um veículo nos trilhos. O dia, no entanto, teve também um contratempo. Pouco antes das 15h, perto do Aeroporto Santos Dumont, uma falha no sistema de energia provocou a interrupção da penúltima viagem. Os passageiros tiveram que desembarcar dos sete vagões no meio do caminho, logo depois de passar pela Parada Antônio Carlos. As causas do problema ainda estão sendo investigadas pela prefeitura, que afirmou, em nota, que o serviço foi retomado após 20 minutos e que “novos eventos podem ocorrer, pois a fase é de adaptação”.

A novidade atraiu gente não só da capital como de outras cidades. Moradora de Maricá, a aposentada Marina Maria da Conceição, de 77 anos, foi ao dentista no Centro e aproveitou para dar um passeio de VLT. Ela foi toda elogios para o serviço.

— É uma novidade. Todo mundo tem curiosidade de conhecer. Os bondes de antigamente eram uma carroça. Este aqui é bem mais seguro e moderno.

Depois que o VLT — inaugurado oficialmente anteontem — parou por falta de energia, houve críticas nas redes sociais. Chegou a circular a informação de que o bonde saíra dos trilhos, mas o descarrilamento foi desmentido tanto pela prefeitura quanto por passageiros que estavam na composição. O analista de TI Renan Gonzalez Garcez, que registrou duas fotos do momento, contou que a interrupção foi repentina:

— O VLT estava bem cheio, porque é uma novidade. Ele estava em baixa velocidade e, de repente, parou. Pensei que fosse sinal fechado. Depois de um tempo, desligaram o ar e a luz. Então, informaram que não daria para continuar e solicitaram o desembarque das pessoas, que ocorreu de forma organizada.

Para o engenheiro de transportes Giovani Manso, professor da UFRJ, independentemente de ter sido uma falha na operação ou no fornecimento de energia, os operadores do bonde deveriam estar preparados para o problema.

— Esse é o tipo de falha que precisa estar prevista, com um banco de capacitores, uma espécie de bateria que dá autonomia de até 30 minutos para o VLT circular. Se faltar energia, o banco de capacitores vai aguentar até o bonde chegar a um local seguro — explicou o especialista, que não estranhou a falha no primeiro dia útil de operação.

ESPECIALISTA: NÃO É FALHA RELEVANTE

Otimista, o especialista em transporte público Marcio Barbosa, professor da Fundação Getulio Vargas, acredita que esta fase inicial servirá para que a prefeitura tenha conhecimento pleno do que está sendo oferecido:

— É um sistema que está começando a funcionar agora. Não é uma falha relevante, porque é o primeiro dia. Tanto que a prefeitura está tendo o cuidado de operar o VLT numa faixa restrita de horário.

De acordo com o secretário especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas da prefeitura, Jorge Arraes, o problema da queda de energia aconteceu porque a subestação Cinelândia não foi acionada automaticamente após o sistema de proteção elétrica do VLT entrar em ação. Esse sistema protege a comunicação elétrica entre o trilho e o conector do bonde que faz a transferência de energia. Toda vez que há uma sobrecarga ou alguma interferência na rede, a “blindagem” é acionada automaticamente.

— O sistema de proteção fez o papel dele, que é desarmar a subestação mais próxima quando percebe alguma sobrecarga. Mas, a subestação anterior (Cinelândia) deveria ter sido acionada automaticamente, o que não aconteceu. Pedi um relatório à concessionária, e hoje saberemos o motivo da falha — explicou Arraes, lembrando que na fase de testes problemas semelhantes aconteceram. — Isso aconteceu inúmeros vezes e, muitas delas, de maneira forçada. Esse é um problema previsível, mas que não tem que ser corriqueiro. Os VLTs possuem supercapacitores, que dão uma autonomia ao veículo de até 30 minutos. No entanto, o trecho onde a composição parou é único, com uma rampa que exige um esforço maior da bateria.

Passageiros se aglomeram na estação do VLT da Praça Mauá: por causa da grande procura por gente que queria conhecer o meio de transporte, número de bondes no trajeto foi aumentado de dois para três - Gabriel de Paiva

Houve atraso no início e no fim da operação no primeiro dia útil. Marcada para ser das 12h às 15h, aconteceu das 12h12m às 15h18m. Durante esse tempo, os bondes ficaram superlotados. A princípio, só dois VLTs fariam o trajeto de oito paradas, entre a Praça Mauá e o Aeroporto Santos Dumont. Mas um terceiro trem acabou sendo posto nos trilhos, para atender à grande demanda. As viagens duravam cerca de 25 minutos e, tirando a paralisação já no fim, transcorreram sem grandes transtornos.

Em quase todos os cruzamentos, agentes de trânsito orientavam os motoristas, tentando impedir que os veículos passassem na frente do bonde. Diante das composições, um batedor de motocicleta abria caminho. Mesmo assim, pedestres e carros chegaram a cruzar os trilhos bem próximo ao VLT. Nesses momentos, os condutores tinham que frear bruscamente. Ciclistas e ambulantes também usaram livremente a pista com trilhos para se locomover, sem ser abordados por fiscais.

A segunda linha do VLT, entre a Central do Brasil e a Praça Quinze, deve ser inaugurada no segundo semestre, com a entrega de mais dez estações. Já a terceira linha, da Central à Cinelândia, só deve ser aberta em 2017, com a conclusão das obras na Avenida Marechal Floriano. Serão, no total, 28 quilômetros de trilhos, 32 bondes (com capacidade para transportar 300 mil pessoas diariamente) e 31 paradas.

O trem do VLT lotado nesta segunda-feira, primeiro dia útil de funcionamento - Guilherme Ramalho / Agência O Globo

Até o mês passado, estavam previstas 32 estações, mas uma delas, a José Bonifácio, foi extinta do projeto. Segundo o secretário Jorge Arraes, a decisão teve um único motivo: no local onde a parada ficaria, a calçada é muito estreita, e o acesso para pessoas com deficiência não seria possível.

Até o 30 deste mês, os passageiros poderão viajar de graça, mas, a partir de 1º de julho, terão de validar a passagem, voluntariamente, dentro do VLT. A tarifa será a mesma dos ônibus municipais: R$ 3,80. Os horários de funcionamento, assim como o trajeto até a Rodoviária Novo Rio, serão ampliados, em média, a cada semana, em oito etapas. De acordo com o planejamento da prefeitura, durante os Jogos, a primeira linha funcionará das 6h à meia-noite, inclusive nos fins de semana, com oito VLTs, que circularão a intervalos de 15 minutos.

ESTREIA ADIADA DUAS VEZES

A data de inauguração do VLT foi adiada duas vezes este ano. Primeiro, a operação começaria até o fim de abril. Depois, a prefeitura transferiu para 22 de maio, quando sequer as obras haviam sido concluídas. Na época, a Secretaria municipal de Transportes afirmou que era preciso dar mais tempo para pedestres e motoristas se acostumarem às mudanças viárias no Centro da cidade.

O Ministério Público também havia ajuizado uma ação civil pública determinando que o VLT só entrasse em funcionamento quando o sistema de sinalização sobre os passeios e vias públicas fosse plenamente instalado, testado e aprovado. Segundo o MP, o transporte ainda não oferecia segurança adequada aos passageiros e pedestres.

Na quinta-feira, após audiência pública, a Justiça negou o pedido do MP, mantendo a inauguração para domingo. A magistrada destacou ainda que há riscos em qualquer lugar onde haja tráfego de veículos e pedestres, mas que podem ser reduzidos com a instalação de sinalização adequada. Ela também disse na decisão que a implementação do VLT exige uma mudança de comportamento por parte do cidadão.

Em março, um ônibus que fazia manobra bateu em um dos VLTs, estacionado junto ao terminal Padre Henrique Otte, na Central. Não houve feridos. Já em abril, ainda em fase testes, também houve falta de energia nos trilhos na Avenida Rio Branco, na altura da Rua Sete de Setembro. Na viagem, acompanhada pelo GLOBO, o bonde precisou ser desligado e aguardar 15 minutos até voltar a circular.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/no-1-dia-util-vlt-superlota-para-por-falta-de-energia-na-penultima-viagem-19452319#ixzz4ArNAuRjF 
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domingo, 5 de junho de 2016

Enfim, o VLT abre as portas ao público

04/06/2016 - O Dia

Transporte de passageiros começa neste domingo, da Praça Mauá ao Santos Dumont, sem cobrança da tarifa de R$ 3,80

GUSTAVO RIBEIRO

Rio - Neste domingo, às 9h30, o transporte público no Centro da cidade dá um passo para entrar nos trilhos. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) recebe seus primeiros passageiros para uma volta pela nova Avenida Rio Branco, que ganhou espaço de convivência exclusivo para pedestres, ciclistas e, claro, os bondes do século 21, ao longo de um caminho cercado de prédios históricos.

Para a viagem inaugural, a Avenida Rio Branco será fechada integralmente das 8h às 18h e se transformará em uma grande área de lazer para os cariocas. A primeira “linha” do VLT ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, mas o trecho inaugurado hoje será menor: da Parada dos Museus, na Praça Mauá, até o aeroporto. Durante as primeiras semanas de funcionamento, a operação será expandida gradativamente, em oito ciclos, até alcançar o trecho Rodoviária-Santos Dumont no início de agosto, antes dos Jogos Olímpicos. Os passageiros só terão de pagar a tarifa de R$ 3,80 a partir do dia 1º de julho.


Os veículos circulam, em testes, sem passageiros, há semanas
Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia

Na primeira semana, os VLTs circularão de meio-dia às 15h, de segunda a sexta-feira, com intervalos de 30 minutos inicialmente. Neste domingo, o funciona até as 15h. As paradas de embarque e desembarque neste momento serão: Parada dos Museus (na Praça Mauá), São Bento, Candelária, 7 de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont.

A cada um dos oito ciclos, o horário e trecho do serviço serão ampliados. Ao final do processo, a “linha” Rodoviária Novo Rio vai funcionar das 6h à meia-noite, com oito composições e intervalos de 15 minutos. 

Na operação plena, prevista para 2017, o transporte funcionará 24 horas, com 32 trens, capacidade para 300 mil pessoas e máquinas de autoatendimento para a compra de bilhetes em todas as paradas (abertas e sem roletas) e estações (apenas três, com estrutura fechada e roletas).

Segundo a prefeitura, o avanço da operação em ciclos tem como objetivo fazer com que a população se acostume à movimentação dos bondes. “A prioridade é garantir segurança aos futuros passageiros”, explicou, em nota.

Com 14,4 mil metros quadrados, o novo Passeio Público da Avenida Rio Branco alterou uma das avenidas mais movimentadas do Centro, entre a Avenida Nilo Peçanha e a Rua Santa Luzia. O local ganhou 35 árvores, 1.620 m² em canteiros verdes, bicicletários, 70 bancos e nova iluminação pública.

Veículo leve sobre trilhos é inaugurado no Centro do Rio

Circulação será entre a Praça Mauá e o Santos Dumont, e nos primeiros dias não haverá cobrança de passagem
   
POR CARINA BACELAR 

05/06/2016 - O Globo

Interior do VLT, inaugurado neste domingo, no Centro do Rio - Carina Bacelar / O Globo

RIO - O Veículo leve sobre trilhos (VLT), foi inaugurado na manhã deste domingo, no Centro do Rio. Apesar do tempo chuvoso que atinge a cidade, os cariocas compareceram ao evento, que teve a presença do prefeito Eduardo Paes e do deputado Pedro Paulo Carvalho, além do novo secretário de Governo, Rafael Picciani. Antes da inauguração, uma roda de samba animou o ‘esquenta’ da saída do primeiro carro, estacionado no Armazém da Utopia, na Zona Portuária.

Durante a cerimônia, Picciani confirmou que batedores vão atuar na fase inicial de operação do modal para orientar a população e evitar acidentes. Ele admitiu que o cruzamento entre a Avenida Rio Branco e a Presidente Vargas é a que mais inspira preocupação:

- É uma preocupação, já que é um cruzamento muito amplo, mas nós estamos com uma operação reforçada e sinalização pronta. Os primeiros dias são de testes, já que a população vai estar aprendendo o convívio com o VLT.

Eduardo Paes ressaltou a beleza da paisagem do Centro, além da facilidade de transporte para os cariocas:

- Isso aqui, na verdade, não é o centro da cidade do Rio, é quase que o centro do Brasil. A formação do Brasil se dá a partir do Centro do Rio de Janeiro. A paisagem é fantástica, além de ir até o Aeroporto Santos Dumont - falou o prefeito, que ressaltou a questão da segurança dos pedestres:

- O que a gente pede é que a população fique atenta. Vai andar em velocidade baixa, mas a gente pede para as pessoas respeitarem.

Em tom de campanha, Paes inaugurou a placa referente ao início da operação do VLT ao lado de Pedro Paulo, Picciani e Tia Surica. Na primeira parada do bonde, ele foi aguardado por um público com balões amarelos, e por uma apresentação da bateria da Mangueira. O prefeito 'saudou' o ex-secretário de Governo, candidato a prefeito, e fez um agradecimento à presidente afastada Dilma Rousseff, de quem era aliado até o início do ano.

- Queria ser justo e agradecer a presidente Dilma por trazer esse beneficio pra cidade do Rio - afirmou o prefeito, que encerrou a cerimônia após a segunda parada do bonde, na altura da Avenida Almirante Barroso.

E a disputa para o primeiro passeio foi grande. Os vagões ficaram tão cheios que funcionários da concessionária VLT Carioca, que administra o transporte, tiveram que 'empurrar' as pessoas para dentro dos carros. Os ritmistas da bateria da Mangueira também tiveram dificuldades para entrar.

Na primeira semana, a circulação vai acontecer do meio-dia às 15h, com meia hora de intervalo entre as viagens. Na segunda semana, o horário de circulação será estendido em uma hora, e funcionará das 11h às 15h. O trajeto completo da linha, que ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, só será realizado na quinta semana, quando o VLT passará a operar também nos finais de semana, das 9h às 17h, com cinco trens, parando em 19 estações com intervalos de 15 minutos.

Até o dia 1º de julho, segundo a prefeitura, não haverá cobrança de passagem. Sem roleta nem cobradores, os passageiros terão que validar voluntariamente o próprio cartão dentro do trem, e a tarifa terá o mesmo valor dos ônibus municipais: R$ 3,80. O sistema aceitará o Bilhete Único, que permite fazer duas viagens ao custo de uma só. Se o VLT for a terceira viagem, o valor da tarifa cairá para R$ 2,10. Cada composição terá capacidade para até 420 pessoas.

A operação 24 horas por dia ficará para depois das Olimpíadas. Durante os Jogos, a linha funcionará das 6h até meia-noite. Haverá ainda um serviço especial com três VLTs entre a Parada dos Navios (em frente ao terminal de passageiros do Porto) e o Santos Dumont. No segundo semestre, estão programados para serem entregues outras dez estações e o trecho que ligará a Central do Brasil à Praça Quinze. A terceira linha, da Central à Cinelândia, só deve ser inaugurada em 2017, com a conclusão das obras na Avenida Marechal Floriano. Serão, no total, 28 quilômetros de trilhos, 32 estações e 32 trens, com capacidade para transportar 300 mil pessoas diariamente.

REORGANIZAÇÃO DO TRÁFEGO

Inauguração do VLT no Centro do Rio - Carina Bacelar / O Globo

A Avenida Rio Branco foi fechada integralmente a partir das 8h, e se transformou numa grande área de lazer. A via só volta a ter tráfego na segunda-feira. Para a inauguração do VLT o trânsito também foi reorganizado no Centro do Rio. Desde sábado, o Passeio Público voltou a ter sua configuração original. As ruas Mestre Valentim (pista junto ao Passeio Público), do Passeio (entre Avenida Teixeira de Freitas e Rua Senador Dantas) e a Avenida Luís de Vasconcelos tiveram sentido de tráfego invertido. Já a Rua Teixeira de Freitas, entre as avenidas Augusto Severo e Mem de Sá, voltou a ter dois sentidos.

O ponto de ônibus localizado na Rua do Passeio, na altura da Rua das Marrecas, foi transferido para o outro lado da via, sentido Castelo. Na Rua Teixeira de Freitas, na pista sentido Avenida Mem de Sá, será criado um ponto de ônibus para atender as linhas que seguem em direção à Lapa. As linhas Troncal 5, 107, Troncal 8, 309, 350, 472 e 2014 provenientes da Avenida Presidente Wilson, com destino à Avenida Augusto Severo, deixou de passar pela pista esquerda, e passarou a trafegar pela pista direita, no trecho da Rua Mestre Valentim. As linhas 247 e 517 ganhou novos pontos reguladores na Rua do Passeio.

As linhas 2303 e 2308 tiveram mudanças apenas nos pontos terminais, que foram transferidos da Avenida República do Chile para a Avenida Presidente Vargas.

INAUGURAÇÃO CONFIRMADA PELA JUSTIÇA

A inauguração só foi confirmada na quarta-feira, após uma decisão da juíza Cristiana Aparecida de Souza Santos, da 2 ª Vara da Fazenda Pública da Capital, que indeferiu um pedido do Ministério Público para que a prefeitura adiasse o evento. Para o MP, o transporte ainda não oferece segurança adequada aos passageiros e pedestres. A juíza considerou, no entanto, que ficou esclarecido que a CET-Rio monitora a sinalização instalada pela concessionária do VLT. E que ela foi “exaustivamente testada e aprovada”.

O início do funcionamento do transporte já havia sido adiado duas vezes pela própria prefeitura por questão de seguran

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/veiculo-leve-sobre-trilhos-inaugurado-com-roda-de-samba-no-centro-do-rio-19445939#ixzz4AikLSV8z 
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sábado, 4 de junho de 2016

Prefeitura do Rio inaugura VLT Carioca e Passeio Público da Rio Branco

03/06/2016 - Secretaria Municipal de Transportes

A Prefeitura do Rio inaugura neste domingo, 5 de junho, o VLT Carioca e o Passeio Público da Avenida Rio Branco, duas grandes obras que mudam significativamente o perfil de mobilidade e ambiência do centro da cidade. Rápido, sustentável e moderno, com rede de 28 Km, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) vai integrar todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária - barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos e, futuramente, o BRT Transbrasil.  Para a viagem inaugural do VLT, a Avenida Rio Branco será fechada integralmente das 8h às 18h e se transformará numa grande área de lazer para os cariocas que forem até o local neste domingo. 
  
O VLT Carioca inicia a operação de forma progressiva. De acordo com o planejamento da prefeitura, o avanço da operação em ciclos tem como objetivo fazer com que a população se acostume ao movimento de circulação dos bondes. A prioridade é garantir segurança plena aos futuros passageiros e melhor convívio entre pedestres, veículos e VLT. A cada ciclo, gradativamente, horário e trajetos da operação serão ampliados e novos bondes entrarão no sistema.

A primeira etapa, Rodoviária Novo Rio - Aeroporto Santos Dumont, terá 18 Km em trilhos, 17 paradas e uma estação (em azul no mapa acima). A ligação entre a Central do Brasil e a Praça XV (em verde) entra em operação no segundo semestre. Inicialmente, o VLT transportará passageiros de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h com embarque e desembarque em oito paradas nos dois sentidos: Parada dos Museus, São Bento, Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont. No primeiro mês, período de adaptação, não haverá cobrança, mas agentes da concessionária irão acompanhar o dia a dia da operação para tirar dúvidas dos passageiros sobre o pagamento da passagem, trajetos e demais procedimentos do novo modal. A previsão é a de que o primeiro trecho do sistema entre em operação comercial no dia 1º de julho. A partir de 2017, entrará em operação o trecho que funcionará na Avenida Marechal Floriano (em amarelo no mapa). 

Ciclos de operação

Fase
Trecho
Operação
Intervalo
Frota

1
Parada dos Museus-Santos Dumont
12h-15h
30 minutos
3 VLTs

2
Parada dos Navios-Santos Dumont
11h-16h
30 minutos
3 VLTS

3
Parada dos Navios-Santos Dumont
10h-16h
30 minutos
3 VLTs
4
Praia Formosa-Santos Dumont
9h-17h
15 minutos
7 VLTs

5
Praia Formosa-Santos Dumont
8h-19h
15 minutos
8 VLTs

6
Praia Formosa-Santos Dumont
7h-21h
15 minutos
8 VLTs

7
Serviço 1: Praia Formosa-Santos Dumont
6h-24
15 minutos
5 VLTs

Serviço 2: Parada dos Navios-Santos Dumont (atendimento olímpico)
horários de pico
15 minutos
3 VLTs

A Prefeitura do Rio, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Concessionária do VLT Carioca vão intensificar campanhas educativas e ações nas redes sociais para orientar os usuários a respeito do uso do novo sistema sobre segurança, forma de pagamento, compra dos bilhetes e regras de convivência dentro dos trens, dentre outras informações. Desde março, a campanha #OlhonoVLT trabalha o conceito de segurança com foco na atenção de pedestres e motoristas, já que os trens são silenciosos e vão circular em áreas com grande fluxo de pessoas e automóveis. A campanha ocupa ruas, mídias sociais, mídia mobile e rádio, além de ações corpo a corpo bem-humoradas chamando a atenção de pedestres. No período de testes, o programa distribuiu 50 mil adesivos, 250 mil folhetos e instalou 22 painéis e displays ao longo do Centro e Região Portuária. Nesta nova etapa, mais 200 mil folhetos serão distribuídos nas ruas do eixo de passagem.

Características do sistema

O VLT servirá aos usuários dos diversos sistemas de transporte públicos e distribuirá passageiros nas regiões que compõem a área central da cidade. Na operação plena, funcionará 24 horas com 32 trens, capacidade para transportar 300 mil pessoas e máquinas de autoatendimento para a compra de bilhetes em todas as paradas e estações. Condutores e controladores responsáveis por guiar as composições acumulam desde o ano passado mais de 2 mil horas de treinamentos teóricos, no simulador e habilitação em via. Ao todo, serão 130 profissionais habilitados até o fim de 2016.

As estações e paradas do VLT ficam a cerca de 20 cm de altura, niveladas às composições, dotadas de rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Cada plataforma disporá de entrada nas extremidades, linha de piso podotátil e faixas em alto relevo que facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual. Internamente, todas as composições reservam local específico para cadeirantes sem prejuízo a outros assentos. Sinalização, validadores e acionamento de portas estarão sempre em alcance adequado.   

Integrado à operação urbana Porto Maravilha, o VLT Carioca será um modelo sustentável de transporte. Movido à eletricidade, preserva a identidade do Rio ao oferecer a opção de Alimentação Pelo Solo (APS), com energia captada por meio de um terceiro trilho instalado entre os trilhos de rolamento do trem, dispensando o uso de fiação aérea (catenárias). A implantação do VLT tem custo de R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões com recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e R$ 625 milhões viabilizados por meio de uma parceria público-privada (PPP) da Prefeitura do Rio.

Com inauguração, Avenida Rio Branco será fechada integralmente no domingo

O novo Passeio Público da Avenida Rio Branco alterou uma das avenidas mais movimentadas do Centro, entre a Avenida Nilo Peçanha e a Rua Santa Luzia e abrange  14,4 mil metros quadrados, dos quais 9 mil m² de área de convivência ao longo de seus 600 metros. O local ganhou 35 árvores, 1.620 m² em canteiros verdes, bicicletários, 70 bancos e nova iluminação pública. A área de grande movimento passa a oferecer aos frequentadores do Centro um espaço de circulação exclusiva para pedestres, ciclistas e para o VLT ao longo do caminho cercado de prédios históricos como o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca Nacional.

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e da CET-Rio, montou  esquema especial de trânsito e transportes para o fechamento neste domingo de toda a Avenida Rio Branco, das 8h às 18h, que funcionará como área de lazer entre o Aterro do Flamengo e a Orla Prefeito Luiz Paulo Conde. As linhas de ônibus que circulam pela Avenida Rio Branco serão desviadas para a Avenida Passos. Painéis de mensagens e 55 operadores de trânsito da CET-Rio e agentes da Guarda Municipal orientarão os motoristas.

Inauguração do VLT traz lembranças do bonde e vira atração no Rio

04/06/2016 - G1 Rio

Circulação começa domingo (5); trecho vai da rodoviária ao Santos Dumont. 

Trem vai conviver com carros, pedestres e ônibus na Av. Rio Branco.

Káthia Mello
Do G1 Rio

Ele é uma atração enquanto cruza, quase sem ruído, a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, numa manhã chuvosa de outono. Não há pescoço que fique parado, nem celular que fique guardado. E para quem tem mais de 60 anos, é uma viagem de volta no tempo.

Foi assim que se sentiu o advogado aposentado, Marcos Muniz, 73 anos, ao entrar pela primeira vez no Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), na última quinta-feira (2), convidado pela reportagem do G1.

O passeio reuniu jornalistas que acompanharam os últimos acertos do VLT antes da entrada em circulação do primeiro trecho – rodoviária ao Aerporto Santos Dumont – neste domingo (5).


O advogado carioca disse que achou o VLT moderno e bem mais confortável do que os bondes antigos. Enquanto conhecia o trem, ele relembrou os tempos em que usava o antigo meio de transporte, que parou de circular no final dos anos 1960. Tudo bem vivo na memória.

"Tô muito feliz, viu. Como carioca, vivi minha infância nos Pilares, no Méier, e viajando de bonde o Rio de Janeiro. A volta, sinceramente, está me deixando encantado", afirmou Muniz.

Atenção no trajeto

O VLT, com sua modernidade e tecnologia, é o mais novo integrante de uma já tumultuada paisagem onde estão ônibus, carros, motos, bicicletas e pedestres.

E esse será um dos grandes desafios para Elivelton da Silva Alves, 38 anos, ex-motorista de caminhão-reboque da Ponte Rio-Niterói, um dos 28 condutores dos trens.

Ele vai ter que usar todos os conhecimentos do curso que fez durante um mês na França para evitar situações como as que nossa equipe flagrou durante o teste nesta quinta: pedestres que atravessam fora da faixa; ônibus que ficam parados sobre os trilhos; e entregadores de mercadorias que invadem o espaço do VLT com suas bicicletas. Por isso, Elivelton passa boa parte do percurso com o dedo na buzina do trem.

"Existem diversas pessoas que ainda não se acostumaram com esse modal de transporte. Ainda vai levar algum tempo para as pessoas se acostumarem. Temos que tomar cuidado com relação a tudo que está na nossa volta. O mais importante na nossa condução é sempre visualizar o exterior para qualquer eventualidade", explicou. 

Elivelton Alves é um dos 28 condutores do VLT (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Elivelton Alves é um dos 28 condutores do VLT (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Segundo ele, a buzina é acionada uma ou duas vezes em cada cruzamento dependendo da quantidade de pessoas em cada cruzamento. Ele confessa que durante os testes já usou muito o freio, principalmente por causa das selfies dos curiosos. "Nossa intenção é que a pessoa olhe para nós e veja que o VLT vai passar".

No dia do teste, Elivelton usou velocidades entre 5 e 27 km. Além da buzinha, guardas do Centro de Operações da prefeitura orientam pedestres e motoristas sobre a aproximação do  trem. O período em que ele fica mais tempo parado é no cruzamento da Avenida Rio Branco com Avenida Presidente Vargas (confira no vídeo acima).    

Entregador em bicicleta não respeita passagem do trem do VLT durante testes  (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Entregador em bicicleta não respeita passagem do trem do VLT durante testes (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Um novo personagem no Centro

Essa convivência com o VLT também divide opiniões dos taxistas que circulam no Centro da cidade. Arlécio dos Santos Rosa, 63 anos, andou de bonde quando era criança e diz que agora está preocupado com a segurança.

"Usei bastante quando era pequeno, com 12 anos de idade, mas não era tão perigoso como agora. Não tinha tanto veículo nas ruas, não tinha tanto ônibus e as pessoas eram mais cuidadosas. Acho que o carioca não está preparado", disse

Tô muito feliz, viu. Como carioca, vivi minha infância nos Pilares, no Méier, e viajando de bonde o Rio de Janeiro. A volta, sinceramente, está me deixando encantado"
Marcos Muniz, advogado

Já o taxista Luciano de Souza, 53 anos, está curioso e quer experimentar uma viagem assim que os trens começarem a circular. "Acho que esse VLT vai dar certo no Centro da cidade devido ao número de linhas de ônibus que sobrecarrega o centro. Acho que vai dar uma melhorada nisso aí, vai ficar bom", avaliou.

Polêmica

A inauguração do VLT estava marcada para o dia 22 de maio. No entanto, a prefeitura adiou para que as pessoas que circulam pelo Centro tivessem mais tempo para se acostumar com o novo meio de transporte.

No início da semana, o Ministério Público pediu que a circulação fosse mais uma vez adiada sob a alegação de que a sinalização no trecho em que o trem vai circular nesta primeira fase precisa ser testada e aprovada para integridade e segurança dos passageiros, pedestres e pessoas que vão circular pelas imediações do VLT.

Trens na Parada dos Museus, na Praça Mauá (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Trens na Parada dos Museus, na Praça Mauá (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Na quinta-feira (2), a Justiça negou o pedido feito pelo Ministério Público. Uma audiência especial foi realizada na quarta-feira (1º), quando a prefeitura esclareceu que a CET-RIO já monitora a sinalização semafórica instalada pela Concessionária do VLT Carioca.

Na decisão, a juíza destacou que há riscos em qualquer lugar em que haja tráfego de veículos e pedestres, mas que podem ser reduzidos com a instalação de sinalização adequada – o que a prefeitura afirma ter cumprido.

VLT circula na Avenida Rio Branco durante testes (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
VLT circula na Avenida Rio Branco durante testes (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Funcionamento em etapas

De acordo com a prefeitura, serão oito fases de implantação até o início da Olimpíada, no dia 5 de agosto. Nesta etapa que inaugura domingo, serão oito paradas — Parada dos Museus (ao lado do Museu de Arte do Rio), São Bento, Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont. Quando estiver totalmente pronto, o percurso terá 28 paradas e três estações.

O passageiro vai viajar de graça até 1º de julho, durante esse período de funcionamento. Inicialmente, batedores da CET-Rio acompanharão os VLTs, para alertar as pessoas na rua.

Na primeira semana, a circulação será de três horas (de 12h as 15h), com meia hora de intervalo entre as viagens e somente nos dias úteis. Três trens vão fazer esse percurso. A circulação será entre a Parada dos Museus, na Praça Mauá, até o Aeroporto Santos Dumont.

Na segunda semana, o horário será ampliado para 11h até 16h.

Na terceira semana, os trens vão sair da Parada dos Navios até o Santos Dumont, de 10h até 16h, com intervalo de 30 minutos. Na semana seguinte, os trens partem da parada da  Praia Formosa, no Santo Cristo, até o Santos Dumont, de 9h até 17h, com intervalo de 15 minutos e sete veículos.

Máquina validadora de bilhetes no interior do trem do VLT (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Máquina validadora de bilhetes no interior do trem do VLT (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Na sexta e na sétima semana, também será ampliado o horário de início e de término das viagens. Primeiro eles vão circular das 7h às 21h, com intervalo de 15 minutos. Em seguida, das 6h às 24h. 

E no início do período olímpico, a circulação será feita da Parada dos Navios ao Santos Dumont, nos horários de pico, com intervalo de 15 minutos e três veículos. Haverá nessa fase a conexão com outros transportes.

Tarifa x Bilhete Único

Com passagens a R$ 3,80, os novos trens terão integração com todos os outros transportes públicos da cidade: trens da SuperVia, metrô, barcas, teleférico do Morro da Providência, ônibus e BRT.

Em operação plena, a capacidade do VLT deve chegar a 300 mil passageiros por dia. O VLT vai operar 24 horas por dia nos sete dias da semana. Cada vagão vai comportar 420 passageiros.

Avisos ao longo da Avenida Rio Branco alertam pedestres (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Avisos ao longo da Avenida Rio Branco alertam pedestres (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

Agentes uniformizados estarão em todas as paradas orientando os usuários sobre o novo sistema. Não haverá cobrador no trem e por isso o passageiro terá que validar o seu bilhete em máquinas instaladas dentro das composições.

Quem não validar o bilhete dentro do VLT, poderá ser multado no valor de R$ 170.  A secretaria alerta que não será possível comprar o bilhete dentro dos trens. Para isso, serão instalados postos de vendas próximos das paradas na Avenida Rio Branco.

O mecanismo de pagamento será diferenciado. Será adotado o sistema de validação voluntária no qual, o passageiro, ao entrar no veículo, deve utilizar um dos autenticadores disponibilizados no vagão para efetuar o pagamento da passagem.

A segunda etapa de implantação do VLT – entre a Central do Brasil e a Praça 15 – está prevista para o segundo semestre, após as Olimpíada.

Guardas de trânsito trabalham durante passagem do VLT na Avenida Rio Branco (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)
Guardas de trânsito trabalham durante passagem do VLT na Avenida Rio Branco (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)


Arte de como funciona o VLT do Rio (Foto: Editoria de Arte/G1)
Arte de como funciona o VLT do Rio (Foto: Editoria de Arte/G1)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Avenida Rio Branco vira área de lazer durante inauguração do VLT no Rio

03/06/2016 - G1 Rio

Operação será feita por etapas para que todos se adaptem ao transporte.

Inauguração está marcada para o domingo (5).

Alba Valéria Mendonça

Para a inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, ficará fechada ao tráfego no próximo domingo (5) para que o público possa aproveitar a região como uma grande área de lazer. A via só volta a ter tráfego na segunda- feira (6).

A operação dos trens do VLT será feita por etapas para que as pessoas se adptem ao novo tipo de transporte. Serão oito etapas. Na primeira semana, a circulação será de apenas três horas por dia (12h às 15h) com meia hora de intervalo entre as viagens e somente nos dias úteis. A circulação será entre a Parada dos Museus até o aeroporto Santos Dumont.

Inicialmente, batedores da CET-Rio acompanharão os VLTs, para alertar as pessoas na rua. Apenas dois trens vão circular. E o passageiro vai viajar de graça até 1º de julho, durante esse período de funcionamento.

Na segunda e na terceira semana o horário será ampliado para 11h até 15h. Na quarta semana ele ganha mais uma hora circulando até às 17h. 

Pelo cronograma anunciado, a partir das quinta semana o VLT começa a sair da estação Praia Formosa primeiro entre 9h e 17ht e com intervalos de 15 minutos. Nessa fase serão cinco trens fazendo o trajeto.  Na sexta e na sétima semana também será ampliado o horário de início e de término das viagens.

Justiça mantém inauguração

A inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos do Rio está mantida para o próximo domingo (5). A decisão é da juíza Cristiana Aparecida de Souza Santos, da 2 ª Vara da Fazenda Pública da Capital, que negou pedido feito pelo Ministério Público para que fosse adiado o início da operação do sistema.

No pedido apresentado à Justiça, o MP alegava que o transporte ainda não oferece segurança adequada aos passageiros e pedestres.

Uma audiência especial foi realizada na quarta-feira (1º), quando a prefeitura esclareceu que a CET-RIO já monitora a sinalização semafórica instalada pela Concessionária do VLT Carioca.

Na decisão, a juíza destacou que há riscos em qualquer lugar em que haja tráfego de veículos e pedestres, mas que podem ser reduzidos com a instalação de sinalização adequada – o que a prefeitura afirma ter cumprido.

A magistrada ressaltou também que a implementação do VLT exige uma mudança de comportamento por parte do cidadão carioca.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

MP pede mais um adiamento da inauguração do VLT no Rio

02/06/2016 - G1 Rio

A alegação é de que a sinalização precisa ser testada e aprovada.

Prefeitura mantém data marcada para início da operação, no domingo.

O Ministério Público quer adiar a inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está marcada para domingo (5). Mas como mostrou o Bom Dia Rio, a Prefeitura do Rio disse que a data está mantida. Em uma reunião realizada na quarta-feira (1º), no Tribunal de Justiça, MP e prefeitura não chegaram a um acordo. A alegação para mais esse adiamento é de que a sinalização no trecho que vai da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo, na Zona Portuária, até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro, precisa ser testada e aprovada.

A medida visa proteger a integridade e a segurança de passageiros, pedestres e pessoas que vão circular pelas imediações do VLT. A prefeitura disse que, a princípio está mantida a data de inauguração no domingo. 

A justiça tem prazo de 48 horas — que começou a contar a partir de quarta-feira (1º) — para deliberar sobre as propostas feitas pelo Ministério Público. Esse trecho do VLT era para ter sido inaugurado em 22 de maio, mas foi adiado para que a população pudesse conhecer um pouco mais do transporte e se adequar as mudanças no trânsito da cidade.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Aumento de passagem dos bondes provocou revolta popular no Rio em 1956

29/05/2016 - O Globo

Paulo Luiz Carneiro*

No dia 29 de março de 1956, o aumento do preço da passagem dos bondes, com o aval da prefeitura, pela Companhia Elétrica Light, que era proprietária das linhas no Rio, de um cruzeiro para dois cruzeiros, desencadeou violentos protestos. Os estudantes, tendo à frente a União Nacional dos Estudantes (UNE), paralisaram o serviço em toda a cidade, então Distrito Federal. Eles empilharam mesas, passaram graxa e sabão em barra nos trilhos para impedir a circulação dos veículos. A Faculdade Nacional de Direito, no Centro, transformou-se em campo de batalha. O GLOBO noticiou na primeira página: “Depois de generalizada confusão, soldados da Polícia Militar, armados de cassetetes e metralhadoras, prendem à força estudantes que estavam jogando xadrez na linha do bonde”.

A crise instalou-se nos dias seguintes, e movimentos contra os transportes públicos eclodiram em várias cidades do país, como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. Em nova manchete, em 31 de maio, o jornal estampou: “Exige o presidente medidas mais enérgicas para dominar de imediato a grave situação”. Nas páginas internas, o jornal descreveu que a vida da cidade fora paralisada parcialmente pelas depredações do dia anterior.

O alastramento da crise, com sindicatos e outros setores aderindo aos protestos, levou o presidente Juscelino Kubitschek a intervir, nomeando o comandante do I Exército, general Odilo Denis, governador militar da cidade. Em 31 de maio, a PM cercou a sede da UNE, na Praia do Flamengo, e os deputados da União Democrática Nacional (UDN), Adauto Lucio Cardoso e Mario Martins, tentaram impedir a entrada da polícia no prédio. Foram agredidos e, no dia seguinte, fizeram um duro discurso na Câmara dos Deputados, responsabilizando o governo pelo ocorrido.

No dia 2 de junho, em reunião no Palácio do Catete com estudantes da UNE, tendo à frente o presidente da entidade, Carlos Veloso, Kubitschek prometeu interceder junto ao prefeito Negrão de Lima, que assumira em 22 de março, para baixar o preço da passagem. Quatro dias depois, O GLOBO reproduzia o discurso do presidente, durante encontro com representantes da classe operária: “Desejo atender às classes trabalhadoras e sindicatos operários nos seus apelos quanto às passagens de bondes”. Nesse mesmo dia, o prefeito anunciou redução de 50 centavos no preço da passagem e a unificação dos transportes coletivos da cidade. Depois do pronunciamento, os protestos cessaram.

A revolta contra os transportes públicos, seja em protesto pelo aumento das tarifas ou para reivindicar melhores condições de uso, nunca foi novidade na cidade. Em janeiro de 1880, uma reação generalizada contra o aumento da passagem dos bondes tomou conta das ruas do Centro. O aumento em 20 reis (um vintém, a menor moeda da época), levou a população a atacar policiais com paralelepípedos, destruir trilhos e virar os bondes. Pelo menos três pessoas morreram e houve vários feridos. Também durante a Revolta da Vacina, em 1903, a população reagiu e tombou vários bondes. A insurreição durou três dias e rejeitava a vacinação obrigatória imposta pelo governo Rodrigues Alves e capitaneada pelo sanitarista Oswaldo Cruz para enfrentar o surto de febre amarela. Encerrou-se com a decretação do estado de sítio e a prisão dos líderes do movimento.

Em 22 de maio de 1959, um levante popular em Niterói contra o serviço de barcas entre a cidade e o Rio deixou seis mortos e mais de cem feridos. Além disso, os manifestantes depredaram e incendiaram a estação e a residência da família que administrava o serviço. O tumulto terminou com intervenção federal e a estatização do serviço. Quase 30 anos depois, em julho de 1987, o Centro do Rio voltou ser palco de conflagração. A população se revoltou contra um aumento de 49% nas passagens de ônibus, em pleno Plano Cruzado, que havia congelado os preços. Enfurecidas, cerca de 30 mil pessoas se envolveram no conflito, que acabou com 60 ônibus queimados e outros cem destruídos.

Mais recentemente, em julho de 2013, o preço da passagem dos ônibus na cidade aumentou 20 centavos, gerando grandes protestos, que foram marcados pela violência da polícia não só no Rio, mas também em cidades como São Paulo e Belo Horizonte.

A retirada dos bondes da paisagem urbana do Rio teve início nos anos 60. A Light alegou que o serviço começara dar prejuízo ainda na década de 50. O então governador Carlos Lacerda comprou as linhas em 1963 e, por decreto, extinguiu o meio de transporte, que foi substituído por ônibus elétricos, experiência que não deu certo. Em 21 de maio de 1963, os bondes da Zona Sul deixaram de circular, restando os da Ilha do Governador, Cascadura, Jacarepaguá, Alto da Boa Vista e Santa Teresa. Finalmente, em 1968, quase todas as linhas foram extintas, restando apenas a de Santa Teresa, que se transformou em atração turística.

Atualmente, a linha está sendo totalmente refeita, após o serviço ser interrompido em agosto de 2011, devido ao acidente que matou cinco pessoas e deixou mais de 50 feridos. A empresa que ganhou a licitação para modernizar o transporte já adiou a inauguração várias vezes. Desde janeiro, a linha está operando apenas em um pequeno trecho, de segunda a sexta-feira, das 11h às 16h.

*Com edição de Matilde Silveira

Violência. Mario Martins (UDN) discursa na Câmara dos Deputados: agredido pela PM durante invasão da sede da UNE
Violência. Mario Martins (UDN) discursa na Câmara dos Deputados: agredido pela PM durante invasão da sede da UNE Agência O GLOBO / 01/06/1956

sábado, 21 de maio de 2016

Início do VLT no Centro pode ser adiado mais uma vez

21/05/2016 - O Dia

Início do VLT no Centro pode ser adiado mais uma vez

MP entra com ação para que sistema só seja inaugurado após cumprimento de exigências para aumentar a segurança

WILSON AQUINO

Rio - O início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) corre o risco de ser adiado mais uma vez. A prefeitura havia anunciado a intenção de inaugurar o novo sistema de bondes, concebido para ser o modal de transporte no Centro do Rio, para 5 de junho. Porém, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), ajuizou ação civil pública (ACP) para que o Município do Rio de Janeiro, o Consórcio VLT Carioca, a CET-Rio e a CDURP só deem início às operações regulares depois de cumpridas uma série de determinações para eliminar os riscos quanto à integridade de pedestres, usuários e motoristas. “Caso as medidas não sejam adotadas, o MPRJ requer que seja adiada a inauguração do sistema”, afirmou o órgão em nota.

Algumas composições já circulam pelo Centro em fase de testes. Prefeitura espera inaugurar em 5 de junho
Foto: Sandro Vox / Agência O Dia

De acordo com a ação, o VLT só deve entrar em funcionamento quando o sistema de sinalização sobre passeio e vias públicas for plenamente instalado, testado e aprovado, como exigem as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O MPRJ requereu a apresentação em juízo, no prazo de 30 dias, de todos os documentos técnicos referentes à sinalização no trajeto dos futuros trechos de operação do VLT; e a apresentação do plano de alteração da circulação viária do perímetro das regiões do Centro e Portuária do Rio, no prazo de dez dias, prevendo a compatibilização dos modos de transporte sobre trilhos, rodoviário e cicloviário.Para cada item descumprido foi fixada multa de, no mínimo, R$ 100 mil.

A ação teve como base documentos e depoimentos colhidos em inquérito civil, para apurar os impactos urbanístico-ambientais decorrentes da instalação do projeto de implantação do VLT Carioca, bem como as correspondentes medidas compensatórias e mitigadoras referentes à operação do transporte coletivo de passageiros em questão.

Segundo o comunicado do MP, “ficou comprovado que a concessionária VLT Carioca S/A, o Município do Rio de Janeiro, a CET-RIO e CDURP descumpriram obrigações contratuais, legais e de fiscalização em relação à segurança do serviço, à adoção e à implementação das normas de legislação de trânsito”.

Ainda segundo a ação, os réus ainda não demonstraram a efetiva implementação do sistema de placas e sinais em todos os cruzamentos de ruas com interseção da Praça Mauá ao Aeroporto Santos Dumont, além de sua correspondente comprovação de funcionamento. Com 28 quilômetros de extensão, o VLT é tido como uma das obras de legado dos Jogos Olímpicos, que acontecem na Cidade do Rio a partir de 5 de agosto. A prefeitura pretendia inaugurar o sistema em 22 de maio, mas retardou o início da operação justamente para dar mais tempo ao carioca para se habituar às mudanças no tráfego.