24/12/2012 - Agência Brasil
Bairro do Rio de Janeiro está sem os tradicionais bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas e deixou 50 feridas
O novo modelo de bonde que voltara às ruas de Santa Teresa será conhecido em fevereiro. Em cerca de dois meses, o protótipo dos 14 bondes será apresentado pela empresa T-Trans aos órgãos responsáveis pela preservação das características originais do bondinho, como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
A informação é do presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística (Central), Eduardo Macedo, que é o responsável pela revitalização do sistema de bondes, feita pela empresa que ganhou a licitação. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues em 2014, quando os trilhos e toda a rede aérea no bairro tiver sido substituída.
O projeto de reforma dos bondinhos, é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). A polêmica é a descaracterização dos veículos, que por mais de um século transportaram turistas e moradores. Os novos bondes terão capacidade de transportar metade dos passageiros que os antigos transportavam, com a inclusão de uma placa de policarbonato para impedir que pessoas viajem no estribo.
"A proteção que vamos incluir é por uma questão de segurança, uma camada de policarbonato translúcido, com estribo retrátil (para embarque e desembarque), mas que não afeta em nada o layout", afirmou Macedo, ao citar o acidente em que um turista viajando no estribo, caiu dos Arcos da Lapa e morreu. Nos últimos dez anos, no entanto, segundo a Amast, este é o único acidente do tipo e poderia ter sido evitado com a recuperação do gradil nos arcos.
Com o fim do estribo fixo, entra um corredor para facilitar a locomoção dos passageiros dentro do bonde, o que representará a redução de 40 para 24 lugares. Com isso, a Amast avalia que o veículo perde o caráter de transporte público de massa, para atender a população em deslocamentos cotidianos, porque as vagas serão insuficientes diante da demanda.
"Bondinho com policarbonato em volta, estribo reversível, porta na frente, porta atrás, corredor no meio e capacidade reduzida é bondinho descaracterizado", afirmou o diretor de Transporte da Amast, Jacques Schwarzstein. Ele desconfia que o bonde será turístico.
Para não criar obstáculos à modernização do sistema e "em prol da segurança", o Iphan não incluiu trilhos ou carros no tombamento do trajeto do bonde. O tombamento do órgão estadual, o Instituto Estadual do Patrimônio Estadual (Inepac), que também precisa aprovar o protótipo da T-Trans, protegeu de alterações todo o sistema, inclusive as oficinas.
Outra preocupação é com a funcionalidade do bonde. A T-Trans, que fez a reforma dos bondes em 2005, entregou modelos que ficaram conhecidos como Frankestein, por não se adaptarem às ladeiras de Santa Teresa e travarem nas curvas. Os carros ganharam modernização na parte elétrica, mas em contrapartida ficaram mais baixos e com dificuldade de deslizar sobre os trilhos.
O bairro está sem os bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas (cinco no dia e uma depois) e deixou 50 feridas . Os ônibus fazem o serviço de transporte público, mas são constantemente alvo de reclamações. Em novembro, um deles bateu próximo ao local do acidente do bonde.
Fonte: Agência Brasil
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Protótipo do novo bondinho de Santa Teresa será conhecido em fevereiro
23/12/2012 - Folha de São Paulo
AGÊNCIA BRASIL
O novo modelo de bonde que voltará a circular nas ruas de Santa Teresa, no centro do Rio, será conhecido em fevereiro. Em cerca de dois meses, o protótipo dos 14 bondes será apresentado pela empresa T-Trans aos órgãos responsáveis pela preservação das características originais do bondinho, como o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).
A informação é do presidente da Central (Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística), Eduardo Macedo, que é o responsável pela revitalização do sistema de bondes, feita pela empresa que ganhou a licitação. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues em 2014, quando os trilhos e toda a rede aérea no bairro tiver sido substituída.
O projeto de reforma dos bondinhos é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa. A polêmica é a descaracterização dos veículos, que por mais de um século transportaram turistas e moradores. Os novos bondes terão capacidade de transportar metade dos passageiros que os antigos transportavam, com a inclusão de uma placa de policarbonato para impedir que pessoas viajem no estribo.
Fernando Rabelo - 16.fev.11/Folhapress
Bonde trafega por rua de Santa Teresa, no centro do Rio, antes de acidente que matou seis
Com o fim do estribo fixo, entra um corredor para facilitar a locomoção dos passageiros dentro do bonde, o que representará a redução de 40 para 24 lugares. Com isso, a associação avalia que o veículo perde o caráter de transporte público de massa, para atender à população em deslocamentos cotidianos, porque as vagas serão insuficientes diante da demanda.
Para não criar obstáculos à modernização do sistema e "em prol da segurança", o Iphan não incluiu trilhos ou carros no tombamento do trajeto do bonde. O tombamento do órgão estadual, o Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Estadual), que também precisa aprovar o protótipo da T-Trans, protegeu de alterações em todo o sistema, inclusive as oficinas.
Outra preocupação é com a funcionalidade do bonde. A T-Trans, que fez a reforma dos bondes em 2005, entregou modelos que ficaram conhecidos como "Frankestein", por não se adaptarem às ladeiras de Santa Teresa e travarem nas curvas. Os carros ganharam modernização na parte elétrica, mas em contrapartida ficaram mais baixos e com dificuldade de deslizar sobre os trilhos.
O bairro está sem os bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas e deixou outras 50 feridas. Os ônibus fazem o serviço de transporte público, mas são constantemente alvo de reclamações. Em novembro, um deles bateu próximo ao local do acidente do bonde.
AGÊNCIA BRASIL
O novo modelo de bonde que voltará a circular nas ruas de Santa Teresa, no centro do Rio, será conhecido em fevereiro. Em cerca de dois meses, o protótipo dos 14 bondes será apresentado pela empresa T-Trans aos órgãos responsáveis pela preservação das características originais do bondinho, como o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).
A informação é do presidente da Central (Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística), Eduardo Macedo, que é o responsável pela revitalização do sistema de bondes, feita pela empresa que ganhou a licitação. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues em 2014, quando os trilhos e toda a rede aérea no bairro tiver sido substituída.
O projeto de reforma dos bondinhos é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa. A polêmica é a descaracterização dos veículos, que por mais de um século transportaram turistas e moradores. Os novos bondes terão capacidade de transportar metade dos passageiros que os antigos transportavam, com a inclusão de uma placa de policarbonato para impedir que pessoas viajem no estribo.
Fernando Rabelo - 16.fev.11/Folhapress
Bonde trafega por rua de Santa Teresa, no centro do Rio, antes de acidente que matou seis
Com o fim do estribo fixo, entra um corredor para facilitar a locomoção dos passageiros dentro do bonde, o que representará a redução de 40 para 24 lugares. Com isso, a associação avalia que o veículo perde o caráter de transporte público de massa, para atender à população em deslocamentos cotidianos, porque as vagas serão insuficientes diante da demanda.
Para não criar obstáculos à modernização do sistema e "em prol da segurança", o Iphan não incluiu trilhos ou carros no tombamento do trajeto do bonde. O tombamento do órgão estadual, o Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Estadual), que também precisa aprovar o protótipo da T-Trans, protegeu de alterações em todo o sistema, inclusive as oficinas.
Outra preocupação é com a funcionalidade do bonde. A T-Trans, que fez a reforma dos bondes em 2005, entregou modelos que ficaram conhecidos como "Frankestein", por não se adaptarem às ladeiras de Santa Teresa e travarem nas curvas. Os carros ganharam modernização na parte elétrica, mas em contrapartida ficaram mais baixos e com dificuldade de deslizar sobre os trilhos.
O bairro está sem os bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas e deixou outras 50 feridas. Os ônibus fazem o serviço de transporte público, mas são constantemente alvo de reclamações. Em novembro, um deles bateu próximo ao local do acidente do bonde.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Modelo do novo bondinho de Santa Teresa será conhecido em fevereiro
24/12/2012 - Agência Brasil
Bairro do Rio de Janeiro está sem os tradicionais bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas e deixou 50 feridas
O novo modelo de bonde que voltara às ruas de Santa Teresa será conhecido em fevereiro. Em cerca de dois meses, o protótipo dos 14 bondes será apresentado pela empresa T-Trans aos órgãos responsáveis pela preservação das características originais do bondinho, como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
A informação é do presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística (Central), Eduardo Macedo, que é o responsável pela revitalização do sistema de bondes, feita pela empresa que ganhou a licitação. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues em 2014, quando os trilhos e toda a rede aérea no bairro tiver sido substituída.
O projeto de reforma dos bondinhos, é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). A polêmica é a descaracterização dos veículos, que por mais de um século transportaram turistas e moradores. Os novos bondes terão capacidade de transportar metade dos passageiros que os antigos transportavam, com a inclusão de uma placa de policarbonato para impedir que pessoas viajem no estribo.
"A proteção que vamos incluir é por uma questão de segurança, uma camada de policarbonato translúcido, com estribo retrátil (para embarque e desembarque), mas que não afeta em nada o layout", afirmou Macedo, ao citar o acidente em que um turista viajando no estribo, caiu dos Arcos da Lapa e morreu. Nos últimos dez anos, no entanto, segundo a Amast, este é o único acidente do tipo e poderia ter sido evitado com a recuperação do gradil nos arcos.
Com o fim do estribo fixo, entra um corredor para facilitar a locomoção dos passageiros dentro do bonde, o que representará a redução de 40 para 24 lugares. Com isso, a Amast avalia que o veículo perde o caráter de transporte público de massa, para atender a população em deslocamentos cotidianos, porque as vagas serão insuficientes diante da demanda.
"Bondinho com policarbonato em volta, estribo reversível, porta na frente, porta atrás, corredor no meio e capacidade reduzida é bondinho descaracterizado", afirmou o diretor de Transporte da Amast, Jacques Schwarzstein. Ele desconfia que o bonde será turístico.
Para não criar obstáculos à modernização do sistema e "em prol da segurança", o Iphan não incluiu trilhos ou carros no tombamento do trajeto do bonde. O tombamento do órgão estadual, o Instituto Estadual do Patrimônio Estadual (Inepac), que também precisa aprovar o protótipo da T-Trans, protegeu de alterações todo o sistema, inclusive as oficinas.
Outra preocupação é com a funcionalidade do bonde. A T-Trans, que fez a reforma dos bondes em 2005, entregou modelos que ficaram conhecidos como Frankestein, por não se adaptarem às ladeiras de Santa Teresa e travarem nas curvas. Os carros ganharam modernização na parte elétrica, mas em contrapartida ficaram mais baixos e com dificuldade de deslizar sobre os trilhos.
O bairro está sem os bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas (cinco no dia e uma depois) e deixou 50 feridas . Os ônibus fazem o serviço de transporte público, mas são constantemente alvo de reclamações. Em novembro, um deles bateu próximo ao local do acidente do bonde.
Fonte: Agência Brasil
Bairro do Rio de Janeiro está sem os tradicionais bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas e deixou 50 feridas
O novo modelo de bonde que voltara às ruas de Santa Teresa será conhecido em fevereiro. Em cerca de dois meses, o protótipo dos 14 bondes será apresentado pela empresa T-Trans aos órgãos responsáveis pela preservação das características originais do bondinho, como o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
A informação é do presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística (Central), Eduardo Macedo, que é o responsável pela revitalização do sistema de bondes, feita pela empresa que ganhou a licitação. A previsão é que as primeiras unidades sejam entregues em 2014, quando os trilhos e toda a rede aérea no bairro tiver sido substituída.
O projeto de reforma dos bondinhos, é questionado pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). A polêmica é a descaracterização dos veículos, que por mais de um século transportaram turistas e moradores. Os novos bondes terão capacidade de transportar metade dos passageiros que os antigos transportavam, com a inclusão de uma placa de policarbonato para impedir que pessoas viajem no estribo.
"A proteção que vamos incluir é por uma questão de segurança, uma camada de policarbonato translúcido, com estribo retrátil (para embarque e desembarque), mas que não afeta em nada o layout", afirmou Macedo, ao citar o acidente em que um turista viajando no estribo, caiu dos Arcos da Lapa e morreu. Nos últimos dez anos, no entanto, segundo a Amast, este é o único acidente do tipo e poderia ter sido evitado com a recuperação do gradil nos arcos.
Com o fim do estribo fixo, entra um corredor para facilitar a locomoção dos passageiros dentro do bonde, o que representará a redução de 40 para 24 lugares. Com isso, a Amast avalia que o veículo perde o caráter de transporte público de massa, para atender a população em deslocamentos cotidianos, porque as vagas serão insuficientes diante da demanda.
"Bondinho com policarbonato em volta, estribo reversível, porta na frente, porta atrás, corredor no meio e capacidade reduzida é bondinho descaracterizado", afirmou o diretor de Transporte da Amast, Jacques Schwarzstein. Ele desconfia que o bonde será turístico.
Para não criar obstáculos à modernização do sistema e "em prol da segurança", o Iphan não incluiu trilhos ou carros no tombamento do trajeto do bonde. O tombamento do órgão estadual, o Instituto Estadual do Patrimônio Estadual (Inepac), que também precisa aprovar o protótipo da T-Trans, protegeu de alterações todo o sistema, inclusive as oficinas.
Outra preocupação é com a funcionalidade do bonde. A T-Trans, que fez a reforma dos bondes em 2005, entregou modelos que ficaram conhecidos como Frankestein, por não se adaptarem às ladeiras de Santa Teresa e travarem nas curvas. Os carros ganharam modernização na parte elétrica, mas em contrapartida ficaram mais baixos e com dificuldade de deslizar sobre os trilhos.
O bairro está sem os bondes desde agosto de 2011, quando um acidente matou seis pessoas (cinco no dia e uma depois) e deixou 50 feridas . Os ônibus fazem o serviço de transporte público, mas são constantemente alvo de reclamações. Em novembro, um deles bateu próximo ao local do acidente do bonde.
Fonte: Agência Brasil
sábado, 8 de dezembro de 2012
Câmara do RJ adia votação do repasse para obras do VLT
29/11/2012 - Extra Online
A Câmara do Rio adiou para a próxima quarta-feira (05/12) a votação do pedido da prefeitura para repassar dinheiro à empresa que será responsável pela implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que circulará no Centro e Região Portuária.
A vereadorea Sonia Rabello (PV) reclamou que a mensagem do executivo não especifica os valores. Há apenas, no anexo da proposta, uma portaria do Ministério das Cidades, que liberou R$ 2,4 bilhões para as obras do VLT e do BRT Transbrasil, corredor expresso de ônibus entre Deodoro e o Aeroporto Santos Dumont.
A vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) pediu o adiamento por quatro sessões, para que o Executivo explicasse os detalhes dos investimentos, mas, como a matéria foi enviada em regime de urgência, os nobres terão apenas uma plenária para discutir o assunto.
A Câmara do Rio adiou para a próxima quarta-feira (05/12) a votação do pedido da prefeitura para repassar dinheiro à empresa que será responsável pela implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que circulará no Centro e Região Portuária.
A vereadorea Sonia Rabello (PV) reclamou que a mensagem do executivo não especifica os valores. Há apenas, no anexo da proposta, uma portaria do Ministério das Cidades, que liberou R$ 2,4 bilhões para as obras do VLT e do BRT Transbrasil, corredor expresso de ônibus entre Deodoro e o Aeroporto Santos Dumont.
A vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB) pediu o adiamento por quatro sessões, para que o Executivo explicasse os detalhes dos investimentos, mas, como a matéria foi enviada em regime de urgência, os nobres terão apenas uma plenária para discutir o assunto.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Falta do bonde provoca caos em Santa Teresa
30/11/2012 - O Dia
Mais de um ano após trágico acidente, correria dos ônibus e carros estacionados tumultuam vias estreitas e curvas do tradicional bairro carioca
Claudio Vieira
Sem o bonde como 'marca-passo', veículos pisam no acelerador e fazem das calçadas estacionamento. Custo de vida no bairro subiu.
Um ano e três meses depois do acidente que matou o motorneiro Nelson Correa da Silva e cinco passageiros, a ausência do bonde em Santa Teresa, que fazia ligação com o Centro, acelerou a desordem urbana no bairro e encareceu a vida dos moradores. Vias estreitas e curvas dão passagem a ônibus em velocidade alta e carros tomam as calçadas como estacionamento. Quem vive lá reclama da falta de fiscalização.
O professor de matemática Vassili Caetano Marins, morador da Rua Joaquim Murtinho, afirma que os motoristas de coletivos têm abusado da imprudência. "Como a maioria das ruas são ladeiras, eles só descem de pé embaixo", alerta. A Guarda Municipal diz estar atenta ao problema e que, ao longo do ano, já multou 722 motoristas por diversas infrações cometidas nas principais ruas do bairro, entre elas excesso de velocidade e estacionamento em locais proibidos. Pede que a população denuncie irregularidades para a Central 1746 da prefeitura. Já a Secretaria Municipal de Transportes informa que está em licitação a compra de novos radares de controle de velocidade para o bairro.
"O bonde era o marca-passo do bairro", define o diretor de Transportes da Associação de Moradores de Santa Teresa, Jacques Schwarzstein, morador da Rua Almirante Alexandrino. E explica: "Além de limitar a velocidade dos veículos, definia os espaços onde era possível estacionar ou não. Agora, como sabem que não há o risco de sofrerem danos com a passagem do bonde, os motoristas estacionam onde bem entendem. No fim de semana, aqui vira um inferno", diz.
A ausência do bonde estourou no bolso do trabalhador. Jorge Siqueira da Silva, 65 anos, gasta agora 4,5 vezes mais por mês para ir e voltar do trabalho todo dia. Ele é usuário do bonde desde criança: aos 8 anos viajou pela primeira vez para ir à escola; a partir dos 18, para trabalhar na construção civil, atividade que exerce até hoje.
Subsidiada pelo governo do estado, a tarifa do bonde até o ano passado era de R$ 0,60. Jorge gastava R$ 7,20 por semana e R$ 28,80 mensais. Depois do acidente, viu-se obrigado a andar de ônibus, cuja tarifa é de R$ 2,75. Gasta R$ 33 por semana e R$ 132 mensais. Isso representa uma diferença de R$ 104,20 mensais em seu orçamento. "Estou pagando quatro vezes mais para fazer o mesmo percurso. É um absurdo".
Presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), Eduardo Macedo promete que o bonde voltará a circular "em meados de 2014".
Acesso único e assento para 24 pessoas
Quando voltar a funcionar, em 2014, o bonde será outro. Por medida de segurança, o estribo será recolhido, impedindo que passageiros viajem do lado de fora, e o acesso será por entrada única, do lado da calçada. "Era pelos dois lados, muito perigoso", comenta Eduardo Macedo.
Haverá lugar para 24 passageiros sentados, e não mais 40. As laterais serão fechadas até a metade, motores e sistema de frenagem serão controlados por computador e o deslocamento dos carros, monitorado por GPS. Os 17 km de trilhos serão trocados, e o novo percurso será do Largo da Carioca até o Silvestre, onde se conectará com o trenzinho do Corcovado. "Estão fazendo um bonde para turistas, não para moradores", protesta o historiador Álvaro Braga, presidente de uma das várias associações de moradores do bairro.
Mais de um ano após trágico acidente, correria dos ônibus e carros estacionados tumultuam vias estreitas e curvas do tradicional bairro carioca
Claudio Vieira
Sem o bonde como 'marca-passo', veículos pisam no acelerador e fazem das calçadas estacionamento. Custo de vida no bairro subiu.
Um ano e três meses depois do acidente que matou o motorneiro Nelson Correa da Silva e cinco passageiros, a ausência do bonde em Santa Teresa, que fazia ligação com o Centro, acelerou a desordem urbana no bairro e encareceu a vida dos moradores. Vias estreitas e curvas dão passagem a ônibus em velocidade alta e carros tomam as calçadas como estacionamento. Quem vive lá reclama da falta de fiscalização.
O professor de matemática Vassili Caetano Marins, morador da Rua Joaquim Murtinho, afirma que os motoristas de coletivos têm abusado da imprudência. "Como a maioria das ruas são ladeiras, eles só descem de pé embaixo", alerta. A Guarda Municipal diz estar atenta ao problema e que, ao longo do ano, já multou 722 motoristas por diversas infrações cometidas nas principais ruas do bairro, entre elas excesso de velocidade e estacionamento em locais proibidos. Pede que a população denuncie irregularidades para a Central 1746 da prefeitura. Já a Secretaria Municipal de Transportes informa que está em licitação a compra de novos radares de controle de velocidade para o bairro.
"O bonde era o marca-passo do bairro", define o diretor de Transportes da Associação de Moradores de Santa Teresa, Jacques Schwarzstein, morador da Rua Almirante Alexandrino. E explica: "Além de limitar a velocidade dos veículos, definia os espaços onde era possível estacionar ou não. Agora, como sabem que não há o risco de sofrerem danos com a passagem do bonde, os motoristas estacionam onde bem entendem. No fim de semana, aqui vira um inferno", diz.
A ausência do bonde estourou no bolso do trabalhador. Jorge Siqueira da Silva, 65 anos, gasta agora 4,5 vezes mais por mês para ir e voltar do trabalho todo dia. Ele é usuário do bonde desde criança: aos 8 anos viajou pela primeira vez para ir à escola; a partir dos 18, para trabalhar na construção civil, atividade que exerce até hoje.
Subsidiada pelo governo do estado, a tarifa do bonde até o ano passado era de R$ 0,60. Jorge gastava R$ 7,20 por semana e R$ 28,80 mensais. Depois do acidente, viu-se obrigado a andar de ônibus, cuja tarifa é de R$ 2,75. Gasta R$ 33 por semana e R$ 132 mensais. Isso representa uma diferença de R$ 104,20 mensais em seu orçamento. "Estou pagando quatro vezes mais para fazer o mesmo percurso. É um absurdo".
Presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), Eduardo Macedo promete que o bonde voltará a circular "em meados de 2014".
Acesso único e assento para 24 pessoas
Quando voltar a funcionar, em 2014, o bonde será outro. Por medida de segurança, o estribo será recolhido, impedindo que passageiros viajem do lado de fora, e o acesso será por entrada única, do lado da calçada. "Era pelos dois lados, muito perigoso", comenta Eduardo Macedo.
Haverá lugar para 24 passageiros sentados, e não mais 40. As laterais serão fechadas até a metade, motores e sistema de frenagem serão controlados por computador e o deslocamento dos carros, monitorado por GPS. Os 17 km de trilhos serão trocados, e o novo percurso será do Largo da Carioca até o Silvestre, onde se conectará com o trenzinho do Corcovado. "Estão fazendo um bonde para turistas, não para moradores", protesta o historiador Álvaro Braga, presidente de uma das várias associações de moradores do bairro.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Rio lança o edital do VLT da Zona Portuária
04/12/2012 - Revista Ferroviária
O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região.
A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal da Casa Civil, publicou na semana passada o edital para implantação, operação e manutenção de sistema de Veículo Leve sobre Trilhos das regiões portuária e central da cidade. Em regime de parceria público-privada, a concessão patrocinada será dos serviços, fornecimentos e obras de implantação, operação e manutenção do sistema.
A sessão para o recebimento das propostas será no dia 10 de janeiro, às 10h, na sede da gerência de licitações (Rua Afonso Cavalcanti, 455, 15º andar, sala 1501, Cidade Nova, Rio de Janeiro). O edital está disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/banners_lista.asp#topo . As dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas através do e-mail comissaogbp@pcrj.rj.gov.br ou na gerência de licitações.
O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região. O sistema terá 30 quilômetros e 42 estações divididas em seis linhas. A construção do sistema de VLT será em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia – Santo Cristo – Praça Mauá – Cinelândia, com prazo para ser concluída em 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo – América – Central – Candelária, América – Vila de Mídia e Barcas – Santos Dumont, a serem implantados em 2016.
Fonte: Revista Ferroviária
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O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região.
A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal da Casa Civil, publicou na semana passada o edital para implantação, operação e manutenção de sistema de Veículo Leve sobre Trilhos das regiões portuária e central da cidade. Em regime de parceria público-privada, a concessão patrocinada será dos serviços, fornecimentos e obras de implantação, operação e manutenção do sistema.
A sessão para o recebimento das propostas será no dia 10 de janeiro, às 10h, na sede da gerência de licitações (Rua Afonso Cavalcanti, 455, 15º andar, sala 1501, Cidade Nova, Rio de Janeiro). O edital está disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/banners_lista.asp#topo . As dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas através do e-mail comissaogbp@pcrj.rj.gov.br ou na gerência de licitações.
O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região. O sistema terá 30 quilômetros e 42 estações divididas em seis linhas. A construção do sistema de VLT será em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia – Santo Cristo – Praça Mauá – Cinelândia, com prazo para ser concluída em 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo – América – Central – Candelária, América – Vila de Mídia e Barcas – Santos Dumont, a serem implantados em 2016.
Fonte: Revista Ferroviária
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Bondes voltam a Santa Teresa (Rio) em 2014
03/12/2012 - Agência Brasil
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje que os tradicionais bondinhos de Santa Teresa, na capital fluminense, voltam às ladeiras do bairro em 2014. Desde um grave acidente em 2011, que matou seis pessoas e feriu mais de 50, os bondes foram retirados de circulação para reforma do sistema de transporte.
"O bonde de Santa Teresa, que entregaremos em 2014, é um novo transporte, que não é de massa, mas que será de alta qualidade, confortável e eficiente e se integrará ao VLT (veículo leve sob trilhos) da prefeitura e a outros modais", afirmou o governador.
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, esclareceu que serão devolvidos 14 bondes, o sistema elétrico, além de trilhos reformados. Ele não antecipou quem administrará o sistema, que sempre foi subsidiado pelo governo. Até acidente, as passagens custavam R$ 0,60 para os passageiros sentados e era de graça para os que viajavam em pé.
"Isso aí vai ser visto oportunamente", declarou Lopes. "Em princípio, o governo recupera o sistema integralmente e, depois, deverá discutir com a prefeitura o processo de municipalização ou de concessão", informou, sem dar mais detalhes sobre a volta dos bondinhos.
Em abril deste ano, atendendo pedido dos moradores, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu o tombamento provisório ao Sistema de Bondes de Santa Teresa, por sua importância histórica e paisagística. No entanto, não especificou o modelo de trilho ou de bondes, para possibilitar atualizações de segurança nos equipamentos.
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje que os tradicionais bondinhos de Santa Teresa, na capital fluminense, voltam às ladeiras do bairro em 2014. Desde um grave acidente em 2011, que matou seis pessoas e feriu mais de 50, os bondes foram retirados de circulação para reforma do sistema de transporte.
"O bonde de Santa Teresa, que entregaremos em 2014, é um novo transporte, que não é de massa, mas que será de alta qualidade, confortável e eficiente e se integrará ao VLT (veículo leve sob trilhos) da prefeitura e a outros modais", afirmou o governador.
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, esclareceu que serão devolvidos 14 bondes, o sistema elétrico, além de trilhos reformados. Ele não antecipou quem administrará o sistema, que sempre foi subsidiado pelo governo. Até acidente, as passagens custavam R$ 0,60 para os passageiros sentados e era de graça para os que viajavam em pé.
"Isso aí vai ser visto oportunamente", declarou Lopes. "Em princípio, o governo recupera o sistema integralmente e, depois, deverá discutir com a prefeitura o processo de municipalização ou de concessão", informou, sem dar mais detalhes sobre a volta dos bondinhos.
Em abril deste ano, atendendo pedido dos moradores, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedeu o tombamento provisório ao Sistema de Bondes de Santa Teresa, por sua importância histórica e paisagística. No entanto, não especificou o modelo de trilho ou de bondes, para possibilitar atualizações de segurança nos equipamentos.
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Rio lança o edital do VLT da Zona Portuária
03/12/2012 - Revista Ferroviária
A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal da Casa Civil, publicou na semana passada o edital para implantação, operação e manutenção de sistema de Veículo Leve sobre Trilhos das regiões portuária e central da cidade. Em regime de parceria público-privada, a concessão patrocinada será dos serviços, fornecimentos e obras de implantação, operação e manutenção do sistema.
A sessão para o recebimento das propostas será no dia 10 de janeiro, às 10h, na sede da gerência de licitações (Rua Afonso Cavalcanti, 455, 15º andar, sala 1501, Cidade Nova, Rio de Janeiro). O edital está disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/banners_lista.asp#topo . As dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas através do e-mail comissaogbp@pcrj.rj.gov.br ou na gerência de licitações.
O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região. O sistema terá 30 quilômetros e 42 estações divididas em seis linhas. A construção do sistema de VLT será em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia – Santo Cristo – Praça Mauá – Cinelândia, com prazo para ser concluída em 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo – América – Central – Candelária, América – Vila de Mídia e Barcas – Santos Dumont, a serem implantados em 2016.
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A Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal da Casa Civil, publicou na semana passada o edital para implantação, operação e manutenção de sistema de Veículo Leve sobre Trilhos das regiões portuária e central da cidade. Em regime de parceria público-privada, a concessão patrocinada será dos serviços, fornecimentos e obras de implantação, operação e manutenção do sistema.
A sessão para o recebimento das propostas será no dia 10 de janeiro, às 10h, na sede da gerência de licitações (Rua Afonso Cavalcanti, 455, 15º andar, sala 1501, Cidade Nova, Rio de Janeiro). O edital está disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/editais/banners_lista.asp#topo . As dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas através do e-mail comissaogbp@pcrj.rj.gov.br ou na gerência de licitações.
O VLT da Zona Portuária integra o projeto Porto Maravilha, que visa à revitalização da região. O sistema terá 30 quilômetros e 42 estações divididas em seis linhas. A construção do sistema de VLT será em duas etapas. A primeira será a implantação do trecho Vila de Mídia – Santo Cristo – Praça Mauá – Cinelândia, com prazo para ser concluída em 2015. Já a segunda etapa contempla os trechos Central - Barcas, Santo Cristo – América – Central – Candelária, América – Vila de Mídia e Barcas – Santos Dumont, a serem implantados em 2016.
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domingo, 2 de dezembro de 2012
Bonde do Porto do Rio não terá cobrador nem catraca
15/11/2012 - O Dia
O Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), que vai circular na cidade a partir de 2014, terá modelo europeu de cobrança de passagem.
Assim como acontece em países como Inglaterra, Alemanha e Suíça, o passageiro terá livre acesso ao transporte, porque não haverá cobrador ou catracas nos pontos de embarque e desembarque, nem nos trens. O usuário terá a responsabilidade de comprar o cartão em máquinas de venda e validá-lo dentro do vagão.
E a empresa que vencer a licitação para operar o sistema ainda vai definir se fiscais vão dar "incertas" nos passageiros ou se ficarão fixos nos trens para controlar quem comprou a passagem. O edital da concorrência pública deve ser publicado ainda este mês.
A aquisição do cartão poderá ser feita em todos os postos de venda do Bilhete Único, nas paradas do VLT, que terão máquinas de venda, ou ainda nos guichês das quatro estações do novo sistema, localizadas na Praça 15, Rodoviária, Central e Aeroporto Santos Dumont.
O assessor especial da presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, disse que há uma aposta na mudança de comportamento das pessoas.
"Sem ironia. Estamos fazendo essa aposta. Isso significa uma mudança cultural. A concessionária é que vai oferecer o modelo de fiscalização. Se vai colocar um fiscal em cada trem, se fará isso aleatoriamente ou se adotará detector de trambique, não sei", disse.
Em Berlim, capital alemã, se o passageiro não comprar o tíquete ou circular no trem sem validá-lo e for flagrado, tem que desembolsar o equivalente a cerca de R$ 120 em multa.
No Rio, no entanto, o valor ainda não foi definido e, segundo Silva, qualquer punição esbarrará na lei. Aqui, a empresa administradora do sistema só terá o poder de retirar o usuário 'caloteiro' do vagão.
"Quem pune é o Estado, a prefeitura, não a empresa. É preciso decidir como isso será feito no Rio", disse Silva.
Tarifa estimada em até R$ 4,40 com integração intermunicipal
A tarifa do VLT não foi estipulada, mas calcula-se que, com Bilhete Único, deverá custar entre R$ 3 e R$ 4,40. O cartão de integração intermunicipal terá que ser usado no prazo de duas horas. A distância média entre as paradas será de 400 metros.
Cada vagão comportará até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera vai variar de 5 a 15 minutos. Serão comprados 32 bondinhos elétricos, que vão percorrer 30 km.
No edital de licitação do VLT , está prevista a integração tarifária com os sistemas de transporte das barcas, SuperVia, metrô, ônibus municipal e metropolitano. Os trens terão acessibilidade e ar-condicionado em todos os vagões.
A previsão é de que primeira etapa de instalação seja concluída em 2014, com duas linhas em funcionamento: Vila de Mídia-Cinelândia via Praça Mauá e Central-Praça Mauá via Túnel da Providência. As outras quatro entrarão em operação até 2016.
Quem ganhar a licitação terá que adquirir os bondinhos e o trilhos. A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 500 milhões federais, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e o restante viabilizado por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada).
Túnel do VLT será entregue mês que vem
No mês que vem, a expectativa é de que o túnel do VLT ao pé do Morro da Providência, do lado da Cidade do Samba, seja entregue. Cerca de 86% da obra de reforma já foram concluídos.
Por muitos anos, o local serviu de lixão para os moradores da região. Tanto que foi preciso fazer uma limpeza antes de os operários começarem a trabalhar. O túnel era usado pela rede ferroviária e foi desativado nos anos 80. A passagem será para VLT, mas terá uma faixa dedicada a pedestres. As duas primeiras linhas do bondinho vão passar por ali.
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O Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), que vai circular na cidade a partir de 2014, terá modelo europeu de cobrança de passagem.
Assim como acontece em países como Inglaterra, Alemanha e Suíça, o passageiro terá livre acesso ao transporte, porque não haverá cobrador ou catracas nos pontos de embarque e desembarque, nem nos trens. O usuário terá a responsabilidade de comprar o cartão em máquinas de venda e validá-lo dentro do vagão.
E a empresa que vencer a licitação para operar o sistema ainda vai definir se fiscais vão dar "incertas" nos passageiros ou se ficarão fixos nos trens para controlar quem comprou a passagem. O edital da concorrência pública deve ser publicado ainda este mês.
A aquisição do cartão poderá ser feita em todos os postos de venda do Bilhete Único, nas paradas do VLT, que terão máquinas de venda, ou ainda nos guichês das quatro estações do novo sistema, localizadas na Praça 15, Rodoviária, Central e Aeroporto Santos Dumont.
O assessor especial da presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, disse que há uma aposta na mudança de comportamento das pessoas.
"Sem ironia. Estamos fazendo essa aposta. Isso significa uma mudança cultural. A concessionária é que vai oferecer o modelo de fiscalização. Se vai colocar um fiscal em cada trem, se fará isso aleatoriamente ou se adotará detector de trambique, não sei", disse.
Em Berlim, capital alemã, se o passageiro não comprar o tíquete ou circular no trem sem validá-lo e for flagrado, tem que desembolsar o equivalente a cerca de R$ 120 em multa.
No Rio, no entanto, o valor ainda não foi definido e, segundo Silva, qualquer punição esbarrará na lei. Aqui, a empresa administradora do sistema só terá o poder de retirar o usuário 'caloteiro' do vagão.
"Quem pune é o Estado, a prefeitura, não a empresa. É preciso decidir como isso será feito no Rio", disse Silva.
Tarifa estimada em até R$ 4,40 com integração intermunicipal
A tarifa do VLT não foi estipulada, mas calcula-se que, com Bilhete Único, deverá custar entre R$ 3 e R$ 4,40. O cartão de integração intermunicipal terá que ser usado no prazo de duas horas. A distância média entre as paradas será de 400 metros.
Cada vagão comportará até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera vai variar de 5 a 15 minutos. Serão comprados 32 bondinhos elétricos, que vão percorrer 30 km.
No edital de licitação do VLT , está prevista a integração tarifária com os sistemas de transporte das barcas, SuperVia, metrô, ônibus municipal e metropolitano. Os trens terão acessibilidade e ar-condicionado em todos os vagões.
A previsão é de que primeira etapa de instalação seja concluída em 2014, com duas linhas em funcionamento: Vila de Mídia-Cinelândia via Praça Mauá e Central-Praça Mauá via Túnel da Providência. As outras quatro entrarão em operação até 2016.
Quem ganhar a licitação terá que adquirir os bondinhos e o trilhos. A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 500 milhões federais, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e o restante viabilizado por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada).
Túnel do VLT será entregue mês que vem
No mês que vem, a expectativa é de que o túnel do VLT ao pé do Morro da Providência, do lado da Cidade do Samba, seja entregue. Cerca de 86% da obra de reforma já foram concluídos.
Por muitos anos, o local serviu de lixão para os moradores da região. Tanto que foi preciso fazer uma limpeza antes de os operários começarem a trabalhar. O túnel era usado pela rede ferroviária e foi desativado nos anos 80. A passagem será para VLT, mas terá uma faixa dedicada a pedestres. As duas primeiras linhas do bondinho vão passar por ali.
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sábado, 1 de dezembro de 2012
VLT Porto Maravilha: Detalhes do futuro sistema de transportes do Rio de Janeiro
19/11/2012 - Companhia de Desenvolvimento Urbano - RJ
O documento, em formato PDF, apresenta detalhes dos estudos para a implantação das linhas de VLT no Rio de Janeiro, incluindo uma visão geral dos transportes na cidade
Autor: Companhia de Desenvolvimento Urbano - RJAssunto: RelatóriosAbrangência: MunicipalAno: 2012
O documento apresenta um estudo sobre a região central do Rio de Janeiro e as justificativas para a implantação do sistema de VLT na área compreendida pelo projeto Porto Maravilha.
O Projeto VLT do Rio, inicialmente denominado VLT - Porto Maravilha consiste no principal componente de infraestrutura de transporte da operação urbana consorciada da região do porto, também denominada de projeto Porto Maravilha, instituída pela Lei Complementar nº 101, de 23 de novembro de 2009.
A implantação de um sistema de veículo leve sobre trilhos na área central da cidade tem por objetivo:
Ser um transporte de média capacidade, de confiabilidade e eficiência elevada, com a função de prover deslocamentos internos, interligando os principais eixos de transporte, os pontos turísticos da região e as áreas de grande circulação;
Revitalizar o espaço urbano, em harmonia e equilíbrio com os projetos urbanísticos, gerando benefícios positivos à população.
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O documento, em formato PDF, apresenta detalhes dos estudos para a implantação das linhas de VLT no Rio de Janeiro, incluindo uma visão geral dos transportes na cidade
Autor: Companhia de Desenvolvimento Urbano - RJAssunto: RelatóriosAbrangência: MunicipalAno: 2012
O documento apresenta um estudo sobre a região central do Rio de Janeiro e as justificativas para a implantação do sistema de VLT na área compreendida pelo projeto Porto Maravilha.
O Projeto VLT do Rio, inicialmente denominado VLT - Porto Maravilha consiste no principal componente de infraestrutura de transporte da operação urbana consorciada da região do porto, também denominada de projeto Porto Maravilha, instituída pela Lei Complementar nº 101, de 23 de novembro de 2009.
A implantação de um sistema de veículo leve sobre trilhos na área central da cidade tem por objetivo:
Ser um transporte de média capacidade, de confiabilidade e eficiência elevada, com a função de prover deslocamentos internos, interligando os principais eixos de transporte, os pontos turísticos da região e as áreas de grande circulação;
Revitalizar o espaço urbano, em harmonia e equilíbrio com os projetos urbanísticos, gerando benefícios positivos à população.
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Pegando o bonde do futuro
28/11/2012 - O Globo, Luiz Ernesto Magalhães
VLT do Centro, que começa a ser licitado em janeiro, não terá cabos aéreos
As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
- A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação - explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
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VLT do Centro, que começa a ser licitado em janeiro, não terá cabos aéreos
As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
- A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação - explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
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Rio anuncia edital para implantação do sistema de transporte VLT
28/11/2012 - Agência Rio
A seleção da concessionária para implantação, operação e manutenção do sistema de transporte de passageiros através de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) na região portuária e central do Rio de Janeiro será realizada no dia 10 de janeiro de 2013, segundo informou a prefeitura nesta quarta-feira (28).
O edital estará disponível no endereço eletrônico http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/ editais/banners_lista.asp e na sede da Secretaria Municipal da Casa Civil (Rua Afonso Cavalcanti, 455, sala 1501), a partir de 28 de novembro, até a data da licitação, informou ainda a prefeitura, ressaltando que o Projeto VLT consiste no principal componente de infraestrutura de transporte da operação urbana consorciada da região do Porto Mararavilha.
O Veículo Leve sobre Trilhos que circulará no Centro e na Região Portuária ligará toda a área por seis linhas e 42 paradas e estações, em 28 quilômetros de vias. O VLT fortalece o conceito de transporte público integrado, que conecta estações de metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais e aeroporto.
MS
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A seleção da concessionária para implantação, operação e manutenção do sistema de transporte de passageiros através de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) na região portuária e central do Rio de Janeiro será realizada no dia 10 de janeiro de 2013, segundo informou a prefeitura nesta quarta-feira (28).
O edital estará disponível no endereço eletrônico http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/ editais/banners_lista.asp e na sede da Secretaria Municipal da Casa Civil (Rua Afonso Cavalcanti, 455, sala 1501), a partir de 28 de novembro, até a data da licitação, informou ainda a prefeitura, ressaltando que o Projeto VLT consiste no principal componente de infraestrutura de transporte da operação urbana consorciada da região do Porto Mararavilha.
O Veículo Leve sobre Trilhos que circulará no Centro e na Região Portuária ligará toda a área por seis linhas e 42 paradas e estações, em 28 quilômetros de vias. O VLT fortalece o conceito de transporte público integrado, que conecta estações de metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais e aeroporto.
MS
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VLT do Centro, que começa a ser licitado em janeiro, não terá cabos aéreos
27/11/2012 - O Globo
Sistema de bondes modernos ligará Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont
Novo transporte . Simulação mostra como ficaria o VLT na Avenida Rio Branco: projeto prevê seis linhas no Centro Divulgação
RIO As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
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Sistema de bondes modernos ligará Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont
Novo transporte . Simulação mostra como ficaria o VLT na Avenida Rio Branco: projeto prevê seis linhas no Centro Divulgação
RIO As obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a Zona Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont devem começar ainda no primeiro semestre de 2013. O projeto da prefeitura, que será executado numa parceria público-privada (PPP), prevê a implantação do sistema por etapas, com a gradual substituição dos ônibus que circulam na região pelos bondes modernos.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto, Jorge Arraes, disse que o VLT do Rio será o primeiro do mundo totalmente projetado sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). Ele explicou que os bondes recarregarão em dois processos: pela fricção, quando reduzem a velocidade na proximidade das estações, e em capacitores ativados ao pararem nos pontos.
A Zona Portuária passa por um processo de revitalização. A ausência de catenárias evita a poluição visual causada pelos fios. E, ao mesmo tempo, torna o sistema mais seguro, porque os trilhos não são eletrificados. Nas obras do Porto Maravilha, nós já estamos deixando as canaletas prontas para instalar os trilhos. Nas outras partes do Centro por onde o VLT vai circular, essa atribuição ficará com o consórcio que vencer a licitação explicou Jorge Arraes.
A primeira fase, entre a futura Vila de Mídia das Olimpíadas (nas imediações da Rodoviária Novo Rio) e a Praça Mauá, deverá ficar pronta até março de 2015. No trimestre seguinte, os trilhos avançariam por toda a Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. A previsão é que o sistema completo esteja em operação no primeiro trimestre de 2016, como parte do pacote de obras de infraestrutura que ficarão como legado das Olimpíadas do Rio. Nessa fase, o serviço passará a ser prestado também com linhas entre a Central e a Praça Quinze, o Santo Cristo e a Candelária, e a Zona Portuária e o Aeroporto Santos Dumont.
Em valores atuais, a tarifa do VLT seria de R$ 1,91, que ficará totalmente com a concessionária. O plano prevê a integração do sistema aos ônibus urbanos, BRTs, trens, metrô e barcas, através do bilhete único. A demanda pelo serviço é estimada em 220 mil passageiros por dia. O VLT foi projetado para circular com carros articulados adaptados para atender a diferentes demandas. Conforme o movimento, cada composição poderá ter de dois a oito carros.
Cada carro terá capacidade para transportar até 400 passageiros, e o intervalo entre os VLTs deverá variar entre 5 e 15 minutos conforme a linha. O custo da obra é estimado em R$ 1,1 bilhão. Deste total, R$ 532 milhões serão recursos federais que virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC).
A diferença para o custo final, não apenas da obra, mas também da compra de material rodante e da construção de um centro de manutenção sob a Vila Olímpica da Gamboa, será devolvida pela prefeitura ao consórcio em 15 anos. Ganhará o contrato o concorrente que propuser o menor reembolso por parte do poder público. As regras serão divulgadas hoje com a publicação do edital de concessão do serviço. A concorrência para escolher o consórcio que vai operar as seis linhas e 42 estações distribuídas por 30 quilômetros de vias será no dia 10 de janeiro.
A implantação do sistema interferirá no roteiro de quase 400 linhas municipais e intermunicipais. Elas terão seus percursos reduzidos, podendo ser integradas aos bondes ou até mesmo extintas. Mas esse reordenamento dos coletivos não se deve apenas à implantação do VLT do Centro, mas também à instalação do futuro BRT Transbrasil (Deodoro-Aeroporto Santos Dumont) que o município também espera concluir até o início de 2016.
Jorge Arraes afirma que, na fase de execução das obras, o consórcio terá que discutir com órgãos de patrimônio os projetos dos pontos de embarque e das estações terminais. O objetivo é que os abrigos estejam em harmonia com o entorno. Isso pode evitar a polêmica que ocorre hoje com as estações do metrô.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Centro já começa a mudar para ganhar bonde elétrico
10/10/2012 - O Dia
Até o final deste mês, será publicado o edital de licitação para a compra dos 32 bondes elétricos VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) e para a obra.
Essa é uma das intervenções que prometem alterar radicalmente o trânsito do Rio na segunda gestão do prefeito Eduardo Paes. Outra mudança em estudo é na Rua Primeiro de Março, que pode virar corredor exclusivo para os ônibus do BRT Transbrasil, que ligará Deodoro ao Centro via Avenida Brasil.
A adaptação do Centro para receber o novo meio de transporte já começou. O acabamento asfáltico está sendo substituído por concreto nas ruas General Luiz Mendes de Morais, que une a R. Santo Cristo à Linha Vermelha, e a D1, que foi criada e fica paralela à R. Pedro Alves. Tudo para se adaptar aos trilhos.
Das seis linhas previstas, duas estarão prontas em 2014: Antônio Carlos-Rodoviária (via Praça Mauá) e a Praça-Mauá-Central (via Túnel da Saúde).
Estudo em andamento pela Empresa Olímpica avalia a possibilidade de fechar a Rua Primeiro de Março para carros, por causa do BRT Transbrasil. O corredor vai passar pela Avenida Brasil, e chegará à Avenida Presidente Vargas.
O sistema VLT terá 46 estações espalhadas por 30 km. Elas serão integradas a cinco estações de metrô, à Central do Brasil, às barcas, à Rodoviária Novo Rio e ao Aeroporto Santos-Dumont.
Com Bilhete Único, a tarifa deve custar R$ 3, e R$ 4,40 com integração intermunicipal. A distância média entre as paradas será de 400 metros. Cada vagão comporta até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera vai variar de 5 a 15 minutos.
Novo meio de transporte divide opiniões
As mudanças no trânsito no Centro dividem os cariocas. Vinícius Mattos, auxiliar administrativo, 22 anos, leva fé no VLT: "As pessoas podem levar um tempo para se acostumar, mas acho que vai melhorar, vai ter mais conforto e não vai ter trânsito, engarrafamento, corrida para pegar ônibus".
Já a técnica administrativa Stefany Correia, 32, que mora na Gávea, não acredita em benefícios com o VLT. Ela leva até 1h30 para fazer um trajeto de casa até a Avenida Rio Branco, onde trabalha: "O VLT não é uma boa ideia. O melhor é expandir o metrô".
"Vai funcionar se calcularem bem a quantidade de pessoas e os horários de pico", pondera a auxiliar administrativa Daiane Barbosa, 20. Já a estudante Helena Dias Sangali de Oliveira, 22, sofre com os ônibus lotados à tarde na Rua Primeiro de Março e teme que o BRT na via piore a superlotação.
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Até o final deste mês, será publicado o edital de licitação para a compra dos 32 bondes elétricos VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) e para a obra.
Essa é uma das intervenções que prometem alterar radicalmente o trânsito do Rio na segunda gestão do prefeito Eduardo Paes. Outra mudança em estudo é na Rua Primeiro de Março, que pode virar corredor exclusivo para os ônibus do BRT Transbrasil, que ligará Deodoro ao Centro via Avenida Brasil.
A adaptação do Centro para receber o novo meio de transporte já começou. O acabamento asfáltico está sendo substituído por concreto nas ruas General Luiz Mendes de Morais, que une a R. Santo Cristo à Linha Vermelha, e a D1, que foi criada e fica paralela à R. Pedro Alves. Tudo para se adaptar aos trilhos.
Das seis linhas previstas, duas estarão prontas em 2014: Antônio Carlos-Rodoviária (via Praça Mauá) e a Praça-Mauá-Central (via Túnel da Saúde).
Estudo em andamento pela Empresa Olímpica avalia a possibilidade de fechar a Rua Primeiro de Março para carros, por causa do BRT Transbrasil. O corredor vai passar pela Avenida Brasil, e chegará à Avenida Presidente Vargas.
O sistema VLT terá 46 estações espalhadas por 30 km. Elas serão integradas a cinco estações de metrô, à Central do Brasil, às barcas, à Rodoviária Novo Rio e ao Aeroporto Santos-Dumont.
Com Bilhete Único, a tarifa deve custar R$ 3, e R$ 4,40 com integração intermunicipal. A distância média entre as paradas será de 400 metros. Cada vagão comporta até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera vai variar de 5 a 15 minutos.
Novo meio de transporte divide opiniões
As mudanças no trânsito no Centro dividem os cariocas. Vinícius Mattos, auxiliar administrativo, 22 anos, leva fé no VLT: "As pessoas podem levar um tempo para se acostumar, mas acho que vai melhorar, vai ter mais conforto e não vai ter trânsito, engarrafamento, corrida para pegar ônibus".
Já a técnica administrativa Stefany Correia, 32, que mora na Gávea, não acredita em benefícios com o VLT. Ela leva até 1h30 para fazer um trajeto de casa até a Avenida Rio Branco, onde trabalha: "O VLT não é uma boa ideia. O melhor é expandir o metrô".
"Vai funcionar se calcularem bem a quantidade de pessoas e os horários de pico", pondera a auxiliar administrativa Daiane Barbosa, 20. Já a estudante Helena Dias Sangali de Oliveira, 22, sofre com os ônibus lotados à tarde na Rua Primeiro de Março e teme que o BRT na via piore a superlotação.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Macaé recebe mais dois carros de VLT
02/10/2012 - G1 Norte Fluminense
Mais dois vagões que serão usados para formar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) chegaram à Macaé, Norte Fluminense. Essa é a segunda composição e veio do Nordeste. Os dois vagões estavam na entrada do bairro Glória desde domingo (30).
Funcionários da empresa que fabricou os vagões vieram do Ceará para cuidar do transporte. De acordo com a Prefeitura de Macaé, testes de segurança serão realizados nos próximos dias. Por enquanto, o VLT ainda não tem data para começar a funcionar.
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Mais dois vagões que serão usados para formar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) chegaram à Macaé, Norte Fluminense. Essa é a segunda composição e veio do Nordeste. Os dois vagões estavam na entrada do bairro Glória desde domingo (30).
Funcionários da empresa que fabricou os vagões vieram do Ceará para cuidar do transporte. De acordo com a Prefeitura de Macaé, testes de segurança serão realizados nos próximos dias. Por enquanto, o VLT ainda não tem data para começar a funcionar.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Bonde moderno em túnel do tempo do Império
Bonde moderno em túnel do tempo do Império
08/07/2012 - O Globo, Isabela Bastos
VLT da Zona Portuária começa a circular na Copa, com linhas cortando áreas totalmente revitalizadas do Centro.
Um velho túnel ferroviário, construído ainda no Império e há décadas abandonado, começa a tomar nova forma sob o Morro da Providência. Escavado no século XIX, para dar passagem ao transporte de cargas entre o Porto do Rio e a Estrada de Ferro Dom Pedro II (atual Central do Brasil), o túnel de 315 metros está sendo ampliado para receber bondes modernos, que deverão fazer parte da paisagem da Zona Portuária até 2016. O sistema de veículos leves sobre trilhos (VLTs) é uma das obras previstas na esteira do projeto Porto Maravilha, de revitalização da região. Do pacote também fazem parte novos túneis e avenidas, a demolição do Elevado da Perimetral, a reestruturação de redes subterrâneas de serviços públicos, a construção de museus e a recuperação de bens históricos. Parte dessa revitalização já está pronta e leva colorido à Avenida Barão de Teffé e seu entorno, onde escavações revelaram parte da história do tráfico negreiro no Rio.
Com seis linhas e 42 estações, o VLT deverá entrar em pleno funcionamento no primeiro semestre de 2016. Pelo cronograma da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp), contudo, duas linhas começam a operar já na Copa de 2014. Uma delas deverá passar pelo túnel ferroviário. O projeto será apresentado em audiência pública amanhã, às 10h, na prefeitura. Já a concorrência para escolha do consórcio que vai implantar e operar o sistema por 25 anos deverá ocorrer em 30 dias. A previsão é que o vencedor saia em outubro e as obras comecem em janeiro de 2013.
Túnel deve ficar pronto até julho de 2013
Orçado em R$ 1,1 bilhão, o VLT será financiado em parte pela União, que aplicará R$ 532 milhões na obra. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o edital deverá prever que o consórcio adiante o restante dos recursos e só comece a receber a contraprestação da prefeitura depois que as duas primeiras linhas começarem a operar.
- O investimento inicial em material rodante e carros será pago pelo operador. Os custos operacionais do VLT e os lucros virão da bilhetagem - explica.
A engenharia financeira que dará viabilidade econômica ao projeto ainda está sendo finalizada. Mas já está decidido que os passageiros do VLT poderão usar o bilhete único no sistema. A validação dos bilhetes acontecerá nos vagões e nas estações de embarque, que não terão bilheteiros. Fiscais percorrerão as linhas para cobrar o pagamento da passagem. O sistema deverá ter ainda a tecnologia como aliada para evitar eventuais calotes. Sensores poderão fazer a validação automática da passagem mesmo que o bilhete esteja dentro de bolsas ou de peças de vestuário dos passageiros.
Uma das duas linhas a ficarem prontas em 2014 cortará a Zona Portuária, ligando a Rodoviária Novo Rio à Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro, passando pelas avenidas Rodrigues Alves e Rio Branco. Já o segundo circuito fará a ligação da Central do Brasil à Praça Mauá, passando pelo túnel ferroviário e contornando a Cidade do Samba.
De acordo com a concessionária Porto Novo, que assumiu em 2011 as obras de revitalização, o túnel ferroviário deverá ficar pronto até julho de 2013. O consórcio terá que deixar preparada ainda a calha de passagem do VLT nas vias públicas que estarão ou já estão em obras.
Redes de água e esgoto serão redimensionadas
A implantação do VLT é uma das faces da revitalização que, entre obras e serviços públicos, deverá ter investimentos de R$ 8 bilhões nos próximos 15 anos. O projeto prevê o desmonte gradual do Elevado da Perimetral a partir de abril de 2013; a reestruturação das redes de água, esgoto, drenagem, gás, telefonia, energia elétrica e iluminação pública de uma região de cinco milhões de metros quadrados; a construção do Museu do Amanhã, cujos primeiros pilares começam a aparecer no Píer Mauá; um reservatório de água no Morro do Pinto; três unidades de tratamento para os rios Comprido, Papa Couve e Maracanã; e o aumento de três para 11 do número de galerias de escoamento de águas pluviais.
O pacote inclui ainda a Avenida Binário, que está sendo construída em paralelo à Avenida Rodrigues Alves, terá dois túneis (sob os morros da Saúde e de São Bento) e duas alças de ligação com o Elevado do Gasômetro. Outra intervenção programada é a transformação da Rodrigues Alves numa via expressa, que terá parte de seu trajeto num túnel. Segundo o diretor-presidente da Porto Novo, José Renato Ponte, dois poços de perfuração desse túnel estão sendo montados na Praça Barão de Ladário, no 1 Distrito Naval e num terreno da Rua Sacadura Cabral.
- Nesses poços, o primeiro trabalho será o de arqueologia. As escavações no Porto têm revelado muitos vestígios históricos - diz José Renato.
Alguns desses vestígios foram expostos pelas obras da primeira fase do Porto Maravilha, iniciada em 2009 com recursos municipais. Num investimento de R$ 139 milhões, foram reurbanizadas 24 vias dos bairros de Saúde, Gamboa e do Morro da Conceição, entre elas as avenidas Barão de Teffé e Venezuela e as ruas Camerino e Sacadura Cabral. Na Barão de Teffé, as escavações para a implantação de tubulações de serviços públicos trouxeram à luz o antigo Cais do Valongo, por onde desembarcavam os escravos durante o Império. A localização do cais determinou mudanças no projeto, para que o sítio arqueológico virasse um memorial aberto à visitação.
Perto dali, as obras restauraram ainda os Jardins do Valongo. Construído em 1906 pelo então prefeito Pereira Passos, o conjunto arquitetônico inclui um antigo mictório público e a Casa da Guarda, que será transformada em centro cultural. O jardim recebeu de volta ainda as estátuas dos deuses Minerva, Mercúrio, Ceres e Marte, retiradas pela prefeitura da região em 2002, por causa de vandalismo.
O jardim só será aberto à visitação no dia 24 deste mês. Mas muita gente já vem descobrindo que o cais, a praça com canteiros de flores, as ruas do entorno e seu casario carregado de história valem o passeio. O trabalho ainda não acabou. Há canteiros aqui e ali, como no Largo da Prainha. Mas o baticum das máquinas não calou o samba das segundas-feiras na Pedra do Sal.
Instituto Pereira Passos busca parceiros para VLT na área urbanística da Região Portuária
16/08/2010 - Agência Rio
Empresas privadas, isoladas ou em consórcio, interessadas em fazer estudos técnicos pra instalação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Área de Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária e na área central, poderão encaminhar propostas nos próximos 20 dias ao Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.
Conforme comunicado no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, dia 16, a implantação desse sistema de transportes será por concessão ou parceria público-privada. O trabalho técnico deverá conter estudo de demanda e projetos funcional e básico quanto à viabilidade econômico-financeira do funcionamento do VLT na área de abrangência definida naquela publicação, com outros detalhes.
As propostas devem ser enviadas à Diretoria de Projetos Especiais do IPP, na Rua Gago Coutinho, 52, 4º andar, nas Laranjeiras.
Empresas privadas, isoladas ou em consórcio, interessadas em fazer estudos técnicos pra instalação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Área de Especial Interesse Urbanístico da Região Portuária e na área central, poderão encaminhar propostas nos próximos 20 dias ao Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.
Conforme comunicado no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, dia 16, a implantação desse sistema de transportes será por concessão ou parceria público-privada. O trabalho técnico deverá conter estudo de demanda e projetos funcional e básico quanto à viabilidade econômico-financeira do funcionamento do VLT na área de abrangência definida naquela publicação, com outros detalhes.
As propostas devem ser enviadas à Diretoria de Projetos Especiais do IPP, na Rua Gago Coutinho, 52, 4º andar, nas Laranjeiras.
Llicitação para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária já tem data
21/06/2012 - Agência Rio
A licitação para a implantação do do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e do Centro deverá ser concluída em 30 de setembro. A Prefeitura do Rio anunciou hoje no Diário Oficial do Município (DOM) o dia 9 de julho para a Audiência Pública que abre o prazo de Consulta Pública sobre o edital e seus anexos até 9 de agosto. Nesse período, interessados em participar da concorrência na Parceria Público-Privada (PPP) poderão fazer críticas equestionamentos a título de contribuição.
O Governo Federal anunciou em março que deverá investir R$ 500 milhões no projeto por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. A licitação tem o objetivo de formar uma PPP patrocinada. Durante o período de Consulta Pública, interessados poderão se manifestar a respeito do edital e fazer as suas contribuições. No modelo proposto, os recursos federais entram como parte do financiamento. O restante será pago por contraprestação pública em prazo determinado por contrato. O edital deverá ser publicado sete dias após o término da consulta.
A partir da audiência, o edital fica disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/edi...ners_lista.asp..
Mais informações sobre o VLT em http://www.portomaravilha.com.br/web/esq/projEspVLT.aspx
Serviço:
Audiência Pública: 9 de julho de 2012
Local: Núcleo de Atividades Audiovisuais (Rua Afonso Cavalcanti 455, subsolo)
Horário: 10h às 12h
Retirada do material para análise (Edital e anexos) até 9 de agosto de 2012: sede da prefeitura (Rua Afonso Cavalcante 455/15º andar, sala 1501)
Envio de questionamentosde 9 de julho a 9 de agosto de 2012: comissaogbp@pcrj.rj.gov.br
Marcelo Almirante
69 - 9985 7275
A licitação para a implantação do do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Região Portuária e do Centro deverá ser concluída em 30 de setembro. A Prefeitura do Rio anunciou hoje no Diário Oficial do Município (DOM) o dia 9 de julho para a Audiência Pública que abre o prazo de Consulta Pública sobre o edital e seus anexos até 9 de agosto. Nesse período, interessados em participar da concorrência na Parceria Público-Privada (PPP) poderão fazer críticas equestionamentos a título de contribuição.
O Governo Federal anunciou em março que deverá investir R$ 500 milhões no projeto por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. A licitação tem o objetivo de formar uma PPP patrocinada. Durante o período de Consulta Pública, interessados poderão se manifestar a respeito do edital e fazer as suas contribuições. No modelo proposto, os recursos federais entram como parte do financiamento. O restante será pago por contraprestação pública em prazo determinado por contrato. O edital deverá ser publicado sete dias após o término da consulta.
A partir da audiência, o edital fica disponível no link http://ecomprasrio.rio.rj.gov.br/edi...ners_lista.asp..
Mais informações sobre o VLT em http://www.portomaravilha.com.br/web/esq/projEspVLT.aspx
Serviço:
Audiência Pública: 9 de julho de 2012
Local: Núcleo de Atividades Audiovisuais (Rua Afonso Cavalcanti 455, subsolo)
Horário: 10h às 12h
Retirada do material para análise (Edital e anexos) até 9 de agosto de 2012: sede da prefeitura (Rua Afonso Cavalcante 455/15º andar, sala 1501)
Envio de questionamentosde 9 de julho a 9 de agosto de 2012: comissaogbp@pcrj.rj.gov.br
Marcelo Almirante
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Rio recebe investimentos para corredor expresso de BRT da Avenida Brasil e VLT do Porto
Em visita à Transcarioca, ao lado do prefeito, presidenta Dilma faz anúncio das novas obras
22/03/2012 - Agência Rio
O prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral acompanharam a presidenta Dilma em visita ao Mergulhão do Campinho, uma das principais etapas das obras da Transcarioca, corredor expresso de ônibus articulado (BRT - Bus Rapid Transit) que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, passando por Penha e Madureira.
Para o prefeito, a obra representa uma transformação completa para a região:
- Essa obra da Transcarioca é a mais importante de todos os BRTs e vai transformar a realidade da cidade. Ela mexe com o trânsito e o transporte de várias regiões do Rio, sobretudo do subúrbio carioca que, nos últimos tempos, ficou muito abandonado e degradado. Agora, com essa obra, com o Bairro Maravilha, com o Parque Madureira e todas as intervenções que a prefeitura tem feito, o que teremos aqui é quase uma redenção.
Durante o evento, a presidenta Dilma anunciou a liberação de R$ 1,63 bilhão de recursos do PAC da Mobilidade Urbana para a construção do corredor expresso de BRT da Avenida Brasil, a Transbrasil, e do VLT (Veículo Leves sobre Trilhos) do Centro e da região do Porto. O Governo Federal será responsável por R$ 1,13 bilhão do total da Transbrasil (que é de R$ 1,3 bilhão) e por R$ 500 milhões do total do VLT do Porto (R$ 1,1 bilhão).
- Os BRTS vão mudar a vida das pessoas. Fazer uma Transolímpica, de Deodoro à Barra, uma Transoeste, da Barra até Santa Cruz e Campo Grande, uma Transcarioca e uma Transbrasil não é algo que se faça sem uma parceria. E essa parceria tem o esforço de cada uma das instâncias: aqui o prefeito é responsável por transformar em realidade, o governo federal e o governo do estado entram com apoio. No caso do governo federal, que tem mais recursos, é nossa obrigação investirmos nessas obras de transformação e infraestrutura urbana – explicou a presidenta Dilma.
O atual momento de parcerias entre os governos municipal, estadual e federal foi ressaltado pelo governador Sérgio Cabral.
- A parceria vem significando Transcarioca, Transbrasil, Transoeste, Transolímpica, VLT, além das linhas de trens da Supervia e do Metro renovados. A parceria significa também segurança pública, as Forças Armadas nos apoiando, pacificação das comunidades. Aliás, quero anunciar à comunidade de Madureira que nós vamos chegar aqui com as UPPs.
A Transbrasil vai ser implantada ao longo da Avenida Brasil, ligando Deodoro ao Aeroporto Santos Dumont e passando ainda pelas avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Além da Transbrasil e da Transcarioca (que também conta com financiamento do PAC da Mobilidade Urbana dentro das obras viárias para a Copa de 2014), está em andamento na cidade do Rio a implantação de outros dois BRT´s: Transoeste (que vai ligar Barra a Santa Cruz e Campo Grande e entra em operação ainda neste semestre) e Transolímpica (que vai ligar Barra a Deodoro e está em licitação).
Com essa nova infraestrutura viária, o índice de cobertura de transporte de alta capacidade passa dos atuais 18% para 63% até 2016. Já o VLT do Centro, que faz parte do Projeto Porto Maravilha, ligará toda a região central da cidade através de seis linhas e 42 estações em 26 Km de vias, integrando a Rodoviária Novo Rio, o Aeroporto Santos Dumont e as estações de metrô, trens e barcas.
22/03/2012 - Agência Rio
O prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral acompanharam a presidenta Dilma em visita ao Mergulhão do Campinho, uma das principais etapas das obras da Transcarioca, corredor expresso de ônibus articulado (BRT - Bus Rapid Transit) que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, passando por Penha e Madureira.
Para o prefeito, a obra representa uma transformação completa para a região:
- Essa obra da Transcarioca é a mais importante de todos os BRTs e vai transformar a realidade da cidade. Ela mexe com o trânsito e o transporte de várias regiões do Rio, sobretudo do subúrbio carioca que, nos últimos tempos, ficou muito abandonado e degradado. Agora, com essa obra, com o Bairro Maravilha, com o Parque Madureira e todas as intervenções que a prefeitura tem feito, o que teremos aqui é quase uma redenção.
Durante o evento, a presidenta Dilma anunciou a liberação de R$ 1,63 bilhão de recursos do PAC da Mobilidade Urbana para a construção do corredor expresso de BRT da Avenida Brasil, a Transbrasil, e do VLT (Veículo Leves sobre Trilhos) do Centro e da região do Porto. O Governo Federal será responsável por R$ 1,13 bilhão do total da Transbrasil (que é de R$ 1,3 bilhão) e por R$ 500 milhões do total do VLT do Porto (R$ 1,1 bilhão).
- Os BRTS vão mudar a vida das pessoas. Fazer uma Transolímpica, de Deodoro à Barra, uma Transoeste, da Barra até Santa Cruz e Campo Grande, uma Transcarioca e uma Transbrasil não é algo que se faça sem uma parceria. E essa parceria tem o esforço de cada uma das instâncias: aqui o prefeito é responsável por transformar em realidade, o governo federal e o governo do estado entram com apoio. No caso do governo federal, que tem mais recursos, é nossa obrigação investirmos nessas obras de transformação e infraestrutura urbana – explicou a presidenta Dilma.
O atual momento de parcerias entre os governos municipal, estadual e federal foi ressaltado pelo governador Sérgio Cabral.
- A parceria vem significando Transcarioca, Transbrasil, Transoeste, Transolímpica, VLT, além das linhas de trens da Supervia e do Metro renovados. A parceria significa também segurança pública, as Forças Armadas nos apoiando, pacificação das comunidades. Aliás, quero anunciar à comunidade de Madureira que nós vamos chegar aqui com as UPPs.
A Transbrasil vai ser implantada ao longo da Avenida Brasil, ligando Deodoro ao Aeroporto Santos Dumont e passando ainda pelas avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas. Além da Transbrasil e da Transcarioca (que também conta com financiamento do PAC da Mobilidade Urbana dentro das obras viárias para a Copa de 2014), está em andamento na cidade do Rio a implantação de outros dois BRT´s: Transoeste (que vai ligar Barra a Santa Cruz e Campo Grande e entra em operação ainda neste semestre) e Transolímpica (que vai ligar Barra a Deodoro e está em licitação).
Com essa nova infraestrutura viária, o índice de cobertura de transporte de alta capacidade passa dos atuais 18% para 63% até 2016. Já o VLT do Centro, que faz parte do Projeto Porto Maravilha, ligará toda a região central da cidade através de seis linhas e 42 estações em 26 Km de vias, integrando a Rodoviária Novo Rio, o Aeroporto Santos Dumont e as estações de metrô, trens e barcas.
domingo, 30 de setembro de 2012
Candidatos à prefeitura do Rio querem municipalização dos bondinhos
08/09/2012 - Jornal do Brasil
O bonde de Santa Teresa é patrimônio do povo do Rio de Janeiro
Por Redação, com RBA - do Rio de Janeiro
aniversário de um ano do acidente com o bondinho de Santa Teresa – que causou a morte de seis pessoas e deixou 56 feridos, em 27 de agosto, no Rio de Janeiro – fez com que a possibilidade de municipalização do sistema de transportes que opera no tradicional bairro carioca se tornasse um dos principais pontos de discussão da campanha eleitoral na cidade. Todos os candidatos à prefeitura dos partidos de oposição defendem que a operação dos bondinhos, interrompida desde a tragédia,deixe de ser prerrogativa do governo estadual, e até mesmo o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição e é correligionário do governador Sérgio Cabral, já admite estudar essa possibilidade se for reeleito.
O candidato Marcelo Freixo (PSOL), que é deputado estadual, propôs a realização de uma auditoria nos contratos firmados entre o governo estadual e a empresaTTrans para a reforma dos bondinhos. Integrantes da Associação dos Moradores eAmigos de Santa Teresa (Amast) afirmam que a empresa – a mesma que em 2005 seresponsabilizou pela fracassada reforma da velha frota – não está respeitando asnormas necessárias para a reforma atual, uma vez que o sistema de transportesdo bairro é considerado patrimônio cultural do Rio de Janeiro: "A lei que tombou os bondes está sendo desrespeitada", diz Freixo, que critica a "omissão"de Paes sobre o assunto.
Tendoa questão da mobilidade urbana como um dos eixos de sua campanha, a candidata verdeAspásia Camargo, que também é deputada estadual, faz coro à crítica contra a adoção de um novo modelo de bondinho em detrimento do modelo histórico e defende o cancelamento da licitação promovida pelo governo estadual: "A administração dos bondinhos de Santa Teresa deve ser transferida ao município", diz a candidatado PV.
OtávioLeite (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) também se posicionaram pela municipalização dosbondinhos de Santa Teresa. O tucano defende uma gestão em parceria entre a prefeitura e o governo do estado, mas também critica o atual prefeito do Rio "por se ausentar do debate". Já o candidato demista se limitou a classificar a interrupção prolongada do serviço como "um grande desrespeito à população da cidade", enquantosua vice – a deputa estadual Clarissa Garotinho (PR) – foi à tribuna daAssembleia Legislativa do Rio (Alerj) para homenagear o motorneiro NélsonCorreia da Silva, morto no acidente.
Oprefeito Eduardo Paes prega respeito ao governo estadual e afirma que é precisoesperar a conclusão do processo de aquisição e entrada em circulação dos 14novos bondinhos (que custarão R$ 49 milhões) para que se possa discutir uma eventual municipalização do sistema. Como o prazo dado pelo governo estadualpara isso é de dois anos, seus adversários o acusam de fugir da discussão: "Nãoestou fugindo, mas confio na minha reeleição e acredito que isso [a municipalização]possa ser tratado mais tarde", diz o prefeito, que imagina a integração dosbondinhos de Santa Teresa com o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs)que circularão no Centro do Rio até a Copa do Mundo de 2014.
Impacto ambiental
Entre alguns dos principais candidatos a vereador pela oposição, a ideia demunicipalização dos bondinhos de Santa Teresa também encontra forte respaldo. Overeador Eliomar Coelho (PSOL), que em 2008 apresentou ao Ministério Público umquestionamento sobre o sucateamento do sistema, defendeu a ideia durante reuniãocom representantes da Amast: "Afalta de manutenção e investimento mostram mais um caso de transporte público sucateado com a intenção de se justificar que a iniciativa privada assuma aoperação", diz.
Candidato ambientalista e ex-morador de Santa Teresa, Rogério Rocco (PV)também defende "a volta do bonde tradicional, e não desse bonde novo que estãopretendendo". Ele afirma que, com a municipalização, o sistema utilizado nobairro poderia ser multiplicado em outros pontos da cidade: "A política detransportes do Rio de Janeiro privilegia o ônibus e o carro em detrimento de opções como o bondinho, o transporte hidroviário e outras alternativas que representariam maior mobilidade urbana com menor impacto ambiental. O transporte sobre trilhos é uma boa opção para o Rio", diz, referindo-se à alternativa de transporte viável para Santa Teresa.
Fonte: Jornal do Brasil/RJ
Marcelo Almirante
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O bonde de Santa Teresa é patrimônio do povo do Rio de Janeiro
Por Redação, com RBA - do Rio de Janeiro
aniversário de um ano do acidente com o bondinho de Santa Teresa – que causou a morte de seis pessoas e deixou 56 feridos, em 27 de agosto, no Rio de Janeiro – fez com que a possibilidade de municipalização do sistema de transportes que opera no tradicional bairro carioca se tornasse um dos principais pontos de discussão da campanha eleitoral na cidade. Todos os candidatos à prefeitura dos partidos de oposição defendem que a operação dos bondinhos, interrompida desde a tragédia,deixe de ser prerrogativa do governo estadual, e até mesmo o prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição e é correligionário do governador Sérgio Cabral, já admite estudar essa possibilidade se for reeleito.
O candidato Marcelo Freixo (PSOL), que é deputado estadual, propôs a realização de uma auditoria nos contratos firmados entre o governo estadual e a empresaTTrans para a reforma dos bondinhos. Integrantes da Associação dos Moradores eAmigos de Santa Teresa (Amast) afirmam que a empresa – a mesma que em 2005 seresponsabilizou pela fracassada reforma da velha frota – não está respeitando asnormas necessárias para a reforma atual, uma vez que o sistema de transportesdo bairro é considerado patrimônio cultural do Rio de Janeiro: "A lei que tombou os bondes está sendo desrespeitada", diz Freixo, que critica a "omissão"de Paes sobre o assunto.
Tendoa questão da mobilidade urbana como um dos eixos de sua campanha, a candidata verdeAspásia Camargo, que também é deputada estadual, faz coro à crítica contra a adoção de um novo modelo de bondinho em detrimento do modelo histórico e defende o cancelamento da licitação promovida pelo governo estadual: "A administração dos bondinhos de Santa Teresa deve ser transferida ao município", diz a candidatado PV.
OtávioLeite (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) também se posicionaram pela municipalização dosbondinhos de Santa Teresa. O tucano defende uma gestão em parceria entre a prefeitura e o governo do estado, mas também critica o atual prefeito do Rio "por se ausentar do debate". Já o candidato demista se limitou a classificar a interrupção prolongada do serviço como "um grande desrespeito à população da cidade", enquantosua vice – a deputa estadual Clarissa Garotinho (PR) – foi à tribuna daAssembleia Legislativa do Rio (Alerj) para homenagear o motorneiro NélsonCorreia da Silva, morto no acidente.
Oprefeito Eduardo Paes prega respeito ao governo estadual e afirma que é precisoesperar a conclusão do processo de aquisição e entrada em circulação dos 14novos bondinhos (que custarão R$ 49 milhões) para que se possa discutir uma eventual municipalização do sistema. Como o prazo dado pelo governo estadualpara isso é de dois anos, seus adversários o acusam de fugir da discussão: "Nãoestou fugindo, mas confio na minha reeleição e acredito que isso [a municipalização]possa ser tratado mais tarde", diz o prefeito, que imagina a integração dosbondinhos de Santa Teresa com o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs)que circularão no Centro do Rio até a Copa do Mundo de 2014.
Impacto ambiental
Entre alguns dos principais candidatos a vereador pela oposição, a ideia demunicipalização dos bondinhos de Santa Teresa também encontra forte respaldo. Overeador Eliomar Coelho (PSOL), que em 2008 apresentou ao Ministério Público umquestionamento sobre o sucateamento do sistema, defendeu a ideia durante reuniãocom representantes da Amast: "Afalta de manutenção e investimento mostram mais um caso de transporte público sucateado com a intenção de se justificar que a iniciativa privada assuma aoperação", diz.
Candidato ambientalista e ex-morador de Santa Teresa, Rogério Rocco (PV)também defende "a volta do bonde tradicional, e não desse bonde novo que estãopretendendo". Ele afirma que, com a municipalização, o sistema utilizado nobairro poderia ser multiplicado em outros pontos da cidade: "A política detransportes do Rio de Janeiro privilegia o ônibus e o carro em detrimento de opções como o bondinho, o transporte hidroviário e outras alternativas que representariam maior mobilidade urbana com menor impacto ambiental. O transporte sobre trilhos é uma boa opção para o Rio", diz, referindo-se à alternativa de transporte viável para Santa Teresa.
Fonte: Jornal do Brasil/RJ
Marcelo Almirante
69 - 9985 7275
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Moradores de Santa Teresa pedem a preservação de modelo de bonde
09/09/2012 - Agência Brasil
Integrantes do movimento O Bonde que Queremos, do bairro de Santa Teresa, entregaram ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um referendo com 14.500 assinaturas. O documento detalha as características históricas do bonde que a comunidade quer que sejam mantidas.
A engenheira Elzbieta Mitkiewicz, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), disse que a comunidade recorreu ao Iphan para impedir a descaracterização dos atuais bondes por modelos mais modernos.
''O bonde que é a identidade do bairro, que é a alma do bairro, é esse que nos serviu durante 115 anos. Quatorze mil e quinhentas pessoas assinaram o manifesto O Bonde que Queremos, que é exatamente esse, que faz parte do bairro, não tem como negar isso. Nós viemos aqui, ao Iphan, para justamente discutir isso, que é o modelo do bonde, os moradores querem ele como sempre foi: aberto, popular, ecológico. Não queremos outro bonde, queremos esse'', ressaltou.
De acordo com a engenheira, foi montada uma câmara técnica para avaliar a segurança do bonde centenário. Um dos participantes dessa câmara, Alcebíades Fonseca, do Clube de Engenharia, declarou que a reunião com a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Cristina Lodi, foi produtiva. Fonseca explicou que a questão da segurança, uma das preocupações em relação aos bondes antigos, pode ser resolvida.
''A questão não se prende só à estética do bonde, mas na questão da construção dele. Santa Teresa é um local adverso, com aclividade, com curvas, então a manutenção do sistema, embora antigo, é que garante o bom funcionamento. Para a engenharia tudo é possível, você mantém o bonde antigo e dota ele de um sistema que deixa mais seguro que avião''.
O engenheiro Luiz Cosenza, coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (Capa) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), alerta para a falta de projeto técnico na licitação do novo sistema de bondes de Santa Teresa. ''Nós entendemos que há solução para manter o bonde tradicional com segurança e é isso que nós defendemos. A gente não quer que se faça agora uma licitação, como foi feita, sem que tenha um projeto. A gente quer que, antes de se construir o bonde, se faça o projeto, para que amanhã a gente não esteja lá no Crea analisando novos acidentes''.
Cosenza lembrou que a entidade foi chamada, no ano passado, para analisar as causas do acidente que deixou seis mortos e mais de 50 feridos. De acordo com ele, ficou comprovado que o motivo foi falta de manutenção no sistema, e não o modelo do bonde.
Em abril deste ano, o Iphan concedeu o tombamento provisório do Sistema de Bondes de Santa Teresa, por sua importância histórica e paisagística. Mas, de acordo com o instituto, a medida atinge o trajeto, do Largo da Carioca até o Silvestre, além do bondinho nº 2, modelo que foi tirado de circulação e ficará em exposição. Em nota, o Iphan diz que o tombamento não especifica o modelo de trilho ou de bondes, para possibilitar atualizações dos equipamentos.
Integrantes do movimento O Bonde que Queremos, do bairro de Santa Teresa, entregaram ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um referendo com 14.500 assinaturas. O documento detalha as características históricas do bonde que a comunidade quer que sejam mantidas.
A engenheira Elzbieta Mitkiewicz, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), disse que a comunidade recorreu ao Iphan para impedir a descaracterização dos atuais bondes por modelos mais modernos.
''O bonde que é a identidade do bairro, que é a alma do bairro, é esse que nos serviu durante 115 anos. Quatorze mil e quinhentas pessoas assinaram o manifesto O Bonde que Queremos, que é exatamente esse, que faz parte do bairro, não tem como negar isso. Nós viemos aqui, ao Iphan, para justamente discutir isso, que é o modelo do bonde, os moradores querem ele como sempre foi: aberto, popular, ecológico. Não queremos outro bonde, queremos esse'', ressaltou.
De acordo com a engenheira, foi montada uma câmara técnica para avaliar a segurança do bonde centenário. Um dos participantes dessa câmara, Alcebíades Fonseca, do Clube de Engenharia, declarou que a reunião com a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Cristina Lodi, foi produtiva. Fonseca explicou que a questão da segurança, uma das preocupações em relação aos bondes antigos, pode ser resolvida.
''A questão não se prende só à estética do bonde, mas na questão da construção dele. Santa Teresa é um local adverso, com aclividade, com curvas, então a manutenção do sistema, embora antigo, é que garante o bom funcionamento. Para a engenharia tudo é possível, você mantém o bonde antigo e dota ele de um sistema que deixa mais seguro que avião''.
O engenheiro Luiz Cosenza, coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (Capa) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), alerta para a falta de projeto técnico na licitação do novo sistema de bondes de Santa Teresa. ''Nós entendemos que há solução para manter o bonde tradicional com segurança e é isso que nós defendemos. A gente não quer que se faça agora uma licitação, como foi feita, sem que tenha um projeto. A gente quer que, antes de se construir o bonde, se faça o projeto, para que amanhã a gente não esteja lá no Crea analisando novos acidentes''.
Cosenza lembrou que a entidade foi chamada, no ano passado, para analisar as causas do acidente que deixou seis mortos e mais de 50 feridos. De acordo com ele, ficou comprovado que o motivo foi falta de manutenção no sistema, e não o modelo do bonde.
Em abril deste ano, o Iphan concedeu o tombamento provisório do Sistema de Bondes de Santa Teresa, por sua importância histórica e paisagística. Mas, de acordo com o instituto, a medida atinge o trajeto, do Largo da Carioca até o Silvestre, além do bondinho nº 2, modelo que foi tirado de circulação e ficará em exposição. Em nota, o Iphan diz que o tombamento não especifica o modelo de trilho ou de bondes, para possibilitar atualizações dos equipamentos.
Prefeito do Rio quer municipalizar bondes e Cedae
13/09/2012 - O Globo
Paes desqualifica relatório sobre cartel nas linhas de ônibus
Por Juliana Castro
Após dizer que aguardaria a aquisição dos novos bondes de Santa Teresa e a reforma para estudar a municipalização do sistema, o prefeito do Rio e candidato à reeleição pelo PMDB, Eduardo Paes, afirmou ontem, em entrevista à rádio CBN, que o município pretende mesmo assumir o controle deste meio de transporte. A proposta também é defendida pelos quatro principais adversários do peemedebista.
Em agosto de 2011, seis pessoas morreram e quase 60 ficaram feridas quando um dos bondes descarrilou e tombou. Desde então, o sistema está parado. Paes disse que a prefeitura vai implantar um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no Centro, por meio de parceria público-privada. Segundo ele, metade do dinheiro - R$ 600 milhões - já estão garantidos pelo governo federal, no orçamento do PAC. O restante virá da iniciativa privada.
- Vamos implantar o VLT, que já está em processo de licitação. Pretendo incorporar o bonde de Santa Teresa a esse processo de implantação do VLT, que é um bonde mais moderno que vai ter no Centro da cidade. E, assim que o estado concluir as obras e a contratação que está fazendo lá, a gente pretende assumir - disse Paes.
O peemedebista afirmou ainda ser a favor da municipalização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), hoje nas mãos do governo estadual. Esta também é uma das propostas de Aspásia Camargo (PV). Segundo o prefeito, o município já é responsável por parte do sistema de esgoto da cidade - em bairros da Zona Oeste, onde 5% do esgoto é tratado.
documento do cade é antigo
Durante a sabatina, Paes foi questionado sobre relatório do Tribunal de Contas do Município, que apontou indícios de formação de cartel na licitação das linhas de ônibus no Rio. Segundo o TCM, das 41 empresas que participaram da concorrência para operar o sistema por 20 anos - renováveis por igual período-, apenas oito teriam respeitado as normas do edital. O peemedebista desqualificou o documento.
- O relatório levanta a hipótese de formação de cartel. Isso é uma incoerência pois é um serviço concedido, não pode formar cartel nunca. É uma ilação feita no relatório do TCM, que um candidato vai repetindo e, infelizmente, vira meio que verdade - disse Paes, que entregou à CBN um relatório do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que desmentiria isso.
O relatório do Cade, no entanto, não faz referência à licitação dos ônibus na qual o TCM aponta indícios de cartel. A averiguação 08012005355/2002-38, já arquivada, é referente a uma investigação anterior. Um dos alvos era a criação pelas empresas que operavam o sistema na década de 90 de uma câmara de compensação tarifária, além de um suposto acordo entre concorrentes para manipular resultados de licitações. A assessoria do prefeito alega, porém, que a decisão do Cade se aplica também à situação atual.
Paes desqualifica relatório sobre cartel nas linhas de ônibus
Por Juliana Castro
Após dizer que aguardaria a aquisição dos novos bondes de Santa Teresa e a reforma para estudar a municipalização do sistema, o prefeito do Rio e candidato à reeleição pelo PMDB, Eduardo Paes, afirmou ontem, em entrevista à rádio CBN, que o município pretende mesmo assumir o controle deste meio de transporte. A proposta também é defendida pelos quatro principais adversários do peemedebista.
Em agosto de 2011, seis pessoas morreram e quase 60 ficaram feridas quando um dos bondes descarrilou e tombou. Desde então, o sistema está parado. Paes disse que a prefeitura vai implantar um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) no Centro, por meio de parceria público-privada. Segundo ele, metade do dinheiro - R$ 600 milhões - já estão garantidos pelo governo federal, no orçamento do PAC. O restante virá da iniciativa privada.
- Vamos implantar o VLT, que já está em processo de licitação. Pretendo incorporar o bonde de Santa Teresa a esse processo de implantação do VLT, que é um bonde mais moderno que vai ter no Centro da cidade. E, assim que o estado concluir as obras e a contratação que está fazendo lá, a gente pretende assumir - disse Paes.
O peemedebista afirmou ainda ser a favor da municipalização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), hoje nas mãos do governo estadual. Esta também é uma das propostas de Aspásia Camargo (PV). Segundo o prefeito, o município já é responsável por parte do sistema de esgoto da cidade - em bairros da Zona Oeste, onde 5% do esgoto é tratado.
documento do cade é antigo
Durante a sabatina, Paes foi questionado sobre relatório do Tribunal de Contas do Município, que apontou indícios de formação de cartel na licitação das linhas de ônibus no Rio. Segundo o TCM, das 41 empresas que participaram da concorrência para operar o sistema por 20 anos - renováveis por igual período-, apenas oito teriam respeitado as normas do edital. O peemedebista desqualificou o documento.
- O relatório levanta a hipótese de formação de cartel. Isso é uma incoerência pois é um serviço concedido, não pode formar cartel nunca. É uma ilação feita no relatório do TCM, que um candidato vai repetindo e, infelizmente, vira meio que verdade - disse Paes, que entregou à CBN um relatório do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que desmentiria isso.
O relatório do Cade, no entanto, não faz referência à licitação dos ônibus na qual o TCM aponta indícios de cartel. A averiguação 08012005355/2002-38, já arquivada, é referente a uma investigação anterior. Um dos alvos era a criação pelas empresas que operavam o sistema na década de 90 de uma câmara de compensação tarifária, além de um suposto acordo entre concorrentes para manipular resultados de licitações. A assessoria do prefeito alega, porém, que a decisão do Cade se aplica também à situação atual.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Um ano sem bonde: placa com nomes de vítimas é inaugurada
27/08/2012 - O Globo
Associação de Moradores Santa Teresa reclama de falta de diálogo com o governo estadual
Membros da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) inauguram uma placa com os nomes dos mortos em acidentes com bodinhos no Largo do Curvelo Marcos Tristão / O Globo
RIO - Cerca de 30 moradores de Santa Teresa fizeram ato na manhã desta segunda-feira em homenagem às vítimas da tragédia do bondinho, que está completando um ano. Às 11h, membros da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) inauguraram uma placa com os nomes dos mortos em acidentes com bondinhos no Largo do Curvelo. Em seguida, uma placa foi afixada no local da tragédia, na Rua Joaquim Murtinho, com a mensagem: Perdemos vidas. Não perderemos o bonde, nem a esperança. O candidato à prefeitura do Rio Marcelo Freixo e o deputado federal Chico Alencar, ambos do PSOL, participaram da manifestação. Nenhum parente de vítimas esteve presente.
A presidente da Amast, Elzbieta Mitkiewicz, afirmou que o movimento defende a volta do bonde o quanto antes e a preservação dos antigos modelos dos veículos. Conforme O GLOBO mostrou no sábado, a empresa TTrans S/A venceu a licitação para fabricar novos 14 bondes do sistema. É a mesma empresa que em 2005 assumiu contratos de reformas dos veículos agora parados.
A Amast sempre denunciou as más condições do sistema, o sucateamento. Oficiamos o governo do estado duas vezes em abril, em tentativas de nos reunirmos com a Casa Civil e com a Secretaria de Transportes. Nunca nos deram retorno relamou.
Autor da imagem do bondinho chorando, o artista Luiz de França, conhecido como Zod, escreveu SOS Santa Teresa... Até quando sem bonde? num trecho de 40 metros entre os trilhos da Rua Almirante Alexandrino, próximo ao Curvelo.
Indenização para vítimas do acidente
Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, afirmou que já garantiu indenizações a 51 pessoas, entre familiares e vítimas. Das famílias que perderam seus parentes no acidente, cinco foram indenizadas. As indenizações foram acertadas em acordo extrajudicial com o Governo do Estado e a Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central). Para 46 pessoas, já foram pagas as indenizações. Entre as pessoas beneficiadas, estão moradores de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Os familiares e passageiros do bonde que ainda não contam com assistência jurídica podem procurar o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública, na Avenida Marechal Câmara, 271, 7° andar, Centro do Rio, ou pelos telefones 2332-6345 e 2332-6346 e 129.
Associação de Moradores Santa Teresa reclama de falta de diálogo com o governo estadual
Membros da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) inauguram uma placa com os nomes dos mortos em acidentes com bodinhos no Largo do Curvelo Marcos Tristão / O Globo
RIO - Cerca de 30 moradores de Santa Teresa fizeram ato na manhã desta segunda-feira em homenagem às vítimas da tragédia do bondinho, que está completando um ano. Às 11h, membros da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) inauguraram uma placa com os nomes dos mortos em acidentes com bondinhos no Largo do Curvelo. Em seguida, uma placa foi afixada no local da tragédia, na Rua Joaquim Murtinho, com a mensagem: Perdemos vidas. Não perderemos o bonde, nem a esperança. O candidato à prefeitura do Rio Marcelo Freixo e o deputado federal Chico Alencar, ambos do PSOL, participaram da manifestação. Nenhum parente de vítimas esteve presente.
A presidente da Amast, Elzbieta Mitkiewicz, afirmou que o movimento defende a volta do bonde o quanto antes e a preservação dos antigos modelos dos veículos. Conforme O GLOBO mostrou no sábado, a empresa TTrans S/A venceu a licitação para fabricar novos 14 bondes do sistema. É a mesma empresa que em 2005 assumiu contratos de reformas dos veículos agora parados.
A Amast sempre denunciou as más condições do sistema, o sucateamento. Oficiamos o governo do estado duas vezes em abril, em tentativas de nos reunirmos com a Casa Civil e com a Secretaria de Transportes. Nunca nos deram retorno relamou.
Autor da imagem do bondinho chorando, o artista Luiz de França, conhecido como Zod, escreveu SOS Santa Teresa... Até quando sem bonde? num trecho de 40 metros entre os trilhos da Rua Almirante Alexandrino, próximo ao Curvelo.
Indenização para vítimas do acidente
Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, afirmou que já garantiu indenizações a 51 pessoas, entre familiares e vítimas. Das famílias que perderam seus parentes no acidente, cinco foram indenizadas. As indenizações foram acertadas em acordo extrajudicial com o Governo do Estado e a Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central). Para 46 pessoas, já foram pagas as indenizações. Entre as pessoas beneficiadas, estão moradores de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Os familiares e passageiros do bonde que ainda não contam com assistência jurídica podem procurar o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública, na Avenida Marechal Câmara, 271, 7° andar, Centro do Rio, ou pelos telefones 2332-6345 e 2332-6346 e 129.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Um ano depois da tragédia do bonde, Santa Teresa dá a volta por cima
23/08/2012 - O Globo
Novos cafés, bares, galerias, casas noturnas e festas agitam o bairro.
Turistas e visitantes movimentam Santa Teresa Paula Giolito / Agência O GLOBO
RIO Cravados sobre as ladeiras de Santa Teresa, os trilhos do bonde são uma saudosa lembrança do mais charmoso meio de trasporte da cidade, que, sucateado, parou de circular em 27 de agosto de 2011, quando um acidente deixou seis mortos e mais de 50 feridos. Apesar da falta que o tranvia faz, um ano depois da tragédia o bairro deu a volta por cima, com uma leva de novos cafés, bares, festas e casas noturnas. Nas tardes de fim de semana, o vaivém de gente nas calçadas não deixa mentir: Santa Teresa vai muito bem, obrigada.
Um bom exemplo é o aconchegante Café das Ruínas, que funciona desde maio ao lado do casarão principal e tem uma vista de cartão-postal, de cara para o Pão de Açúcar. Antes, o lugar só tinha brunchs de vez em quando. Mas, desde que Natacha Fink (dona também do Espírito Santa) assumiu o comando, o café vem servindo desde petiscos, como empadas de bobó de camarão (R$ 3) e bolinhos caseiros (R$ 3), a opções mais incrementadas, como banana-da-terra levemente tostada com pesto de manjericão e gorgonzola (R$ 15). A ideia de reabrir o café surgiu da própria Natacha, que, durante os sete anos em que morou no bairro, passeava sempre por ali.
Além do café, do visual e do jardim em si, o programa tem uma pegada cultural: estão em cartaz ali a conhecida e elogiada montagem de A alma imoral (com Clarisse Neskier, até 16 setembro) e a exposição Géza Heller: um carioca sonhador, com desenhos do arquiteto húngaro que retratam a história da cidade.
O Parque das Ruínas é um lugar de que sempre gostei. Queremos oferecer um serviço de conveniência para as pessoas que o visitam. Procurei fazer uma coisa que unisse quem vem visitar o lugar aos sabores brasileiros conta Natacha, acrescentando que, depois do acidente, o movimento do seu outro restaurante, o Espírito Santa, baixou, mas agora vai de vento em popa.
Antônio Lima, garçom do tradicional Bar do Mineiro, confirma: a movimentação está intensa.
Durante a semana caiu um pouco (a frequência), mas nos finais de semana os clientes vêm, seja de ônibus, carro ou táxi afirma.
No Largo dos Guimarães, outro restaurante novinho em folha valoriza os sabores da culinária brasileira. Inaugurado no último sábado, o Café do Alto segue a linha da matriz, há dez anos no Alto Leblon, e oferece um cardápio nordestino. Além de almoço e ceia da tarde, a casa terá bufê de café da manhã (R$ 40) com bolo de fubá, aipim e queijo de coalho. Na decoração, elementos que remetem à cultura do Nordeste, com chita no forro das cadeiras e bonequinhas formando uma cortina.
O bairro tem tudo a ver com a nossa proposta diz Mariana Villas-Bôas, dona do café que ocupa o lugar onde funcionava o restaurante Jasmim Manga.
Também tem cheiro de tinta fresca na Casa do Barista, que reabriu em junho depois de sete meses em reforma, já que foi parcialmente destruída por um incêndio. Por enquanto, o espaço, repleto de maquinários e grãos de cafés, tem recebido grupos apenas por agendamento. Emilio Rodrigues, dono do casarão, também organiza oficinas e encontros que misturam conhecimentos sobre café e música. A proposta do evento Cafés, Sons e Outros Sentidos é experimentar novas formas de tomar a bebida.
A cidade está num bom momento, e o público está de volta ao bairro. Recebo muitos turistas em busca de um café de qualidade conta Rodrigues.
Logo embaixo da Casa do Barista funciona o charmoso restaurante Santè. No casarão com varanda de onde, para variar, tem-se uma vista daquelas! , os chefe Marcelo Castiglia e Bruna Percu também sofreram com o incêndio do vizinho. Com pouco mais de três meses de aberto, o lugar foi atingido pelo acidente e precisou voltar às obras. Reaberto em abril, tem esquema low profile: abre aos domingos para um brunch caprichado, com preços de variam de R$ 36 a R$ 49. Nos outros dias, funciona mediante reserva para menus fechados (de R$ 110 a R$ 140).
A novidade desta segunda fase de funcionamento são as Quintas com Jazz, com show ao vivo e menu fechado. A primeira edição aconteceu na semana passada e deu supercerto. Semana que vem tem mais.
Noite em Santa Teresa
Quer mais jazz? Então a boa é rumar para Santa Teresa no fim da tarde de domingo. A cada 15 dias, o Bellas Artes Guest House recebe a banda Jazz na Escada para levar um som. Os shows, que acontecem desde maio, têm atraído cada vez mais gente. A próxima edição acontecerá no dia 2 de setembro.
Já no simpático Cafecito, o som que domina é o da MPB. Aberto há pouco mais de dois anos, o lugar é ideal para encontros e reuniões menos agitadas. O casarão rústico abriga no primeiro andar uma loja com objetos de decoração e compotas. Na área externa, sob uma enorme amendoeira e uma sacada com vista para a rua, há uma cozinha com paredes de vidro, onde são preparados cafés, drinques, sucos e sanduíches. Um dos mais pedidos é o Campos de Carvalho (R$ 19,50), com gorgonzola, geleia de pimenta e cebola roxa.
Muitas pessoas ainda estão descobrindo a cafeteria. Havia uma pizzaria no segundo andar, mas agora está em obras. Deve voltar até o fim do ano explica a gerente da casa, Carolina French.
O cardápio tem também uma boa variedade de cervejas artesanais, o que faz com que muitos frequentadores queiram ficar noite adentro. Mas a regra é clara: às 23h é hora de pedir a saideira.
Outro que já abriu há um tempinho, no ano passado, mas que só recentemente conquistou seu lugar no roteiro do local é o Bar do Bonde, na Rua Almirante Alexandrino. No menu, a grande variedade de petiscos e cachaças é o ponto forte. Ali, a festa também termina cedo: a casa fecha à meia-noite.
Mas existe vida após as 12 badaladas em Santa Teresa. Um lugar que está bombando é a Casa do Barão, que há um ano abriga festas variadas todo fim de semana. Segundo os proprietários, o belo casarão pertenceu ao Barão de Mauá daí o nome, claro. Na parte de baixo, fica a pista de dança, que também abriga shows, e, em cima, um terraço a céu aberto e o bar, que vende cervejas, cachaças e Xiboquinha (R$ 3), uma bebida típica nordestina com cachaça, cravo, canela, limão, gengibre e ervas. Para comer, as opções são os caldos de feijão e ervilha (R$ 5) e cachorro-quente (R$ 3,50) .
Entre a programação fixa da casa, há duas festas mensais e o forró aos domingos, chamado Forró de Teresa, Q de Santa Só Tem o Nome. A festa Soul de Santa rola toda segunda sexta-feira do mês, e traz um repertório de black music. Na terceira sexta, é a vez da Vinil é Arte. A partir do mês que vem, mais uma festa entra no calendário fixo da casa: a Santa Pernambucana, com música de Pernambuco (claro!), que vai rolar no último sábado de cada mês.
A nossa programação é voltada principalmente para a música brasileira, o que atrai muitos turistas estrangeiros. Mesmo assim, cada vez mais cariocas têm aparecido diz Paulo Roberto Marburg, organizador de eventos do espaço.
Uma delas é a advogada Luciana Lima, moradora de Botafogo, que levou suas amigas de Belo Horizonte para conhecer o espaço.
Já tinha vindo em três festas aqui. Minhas amigas queriam conhecer um espaço alternativo da noite carioca e me perguntaram sobre a Lapa. Eu acho que lá está saturado, então resolvi trazê-las para cá, que ainda é um lugar que muita gente não conhece diz Luciana.
Outra opção noturna que tem feito sucesso é o Portella Bar, que funciona há oito meses numa das esquinas do Largo dos Guimarães. Filial de uma tradicional casa paulistana, com 45 anos de funcionamento, o bar é especializado em culinária nordestina, com opções famosas como o portadella, um pastel de massa folheada recheado com mortadela, pistache e Catupiry (a porção com oito unidades sai a R$ 32); e o delícia da Lelê, um bolinho de siri com queijo coalho (a porção com seis custa R$ 26).
Nossos pratos e petiscos são conhecidos em São Paulo por gerações orgulha-se a consultora gastronômica do bar, Andreia Leal.
A decoração é um atrativo a parte, com garrafas penduradas sob o teto e quadros que remetem à cultura nordestina (olha ela aí de novo!). Às sextas-feiras, rolam shows de música ao vivo. Nos fins de semana, a casa também abre para almoço.
O Portella é um bar único e uma opção bem em conta diz a artista plástica Rosana Medeiros, que mora no Catete e frequenta o bar.
Do outro lado da rua, o Cine Santa também tem lugar cativo na programação cultural local. Depois de seis meses fechado para obras, o casarão reabriu no fim de junho. Toda a estrutura foi mudada, e o cinema ganhou uma tela maior, mais lugares e nova decoração. Os frequentadores aprovaram o conforto.
Antes, as cadeiras eram de madeira. Depois de uma sessão, a gente ficava dolorido. Com a reforma, o espaço ficou mais agradável conta Ellen Jou, que mora em Santa há mais de 30 anos.
Às vezes chamado de Montmartre carioca por conta tanto das ladeiras, quanto da grande quantidade de ateliês que abrigas, o bairro também vê sua cena artística se fortalecer. O tradicional Arte de Portas Abertas, que teve a última edição em julho, já conta com mais de 60 artistas participantes, além de várias apresentações musicais pelas ruas. No mesmo clima, o Circuito Oriente é um evento mensal que reúne quatro ateliês da Rua Oriente, o Estúdio Dezenove, o Ateliê Oriente, o EuVira e o Espaço Carambola. A cada 40 dias, as casas abrem suas portas para exposições e mostras fotográficas entre outras opções culturais. O próximo encontro acontece no dia 15 de setembro.
Antes disso, no dia 2, haverá mais um motivo para subir as ladeiras. É quando o charmoso Hotel Santa Teresa estreia o projeto Sunset Party, que vai rolar num novo deque à beira da piscina do hotel cinco estrelas. É cedo, das 17h às 22h. No som, músicas eletrônicas escolhidas pelo DJ Junior Machado.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem. Mas o movimento intenso somado à falta do bonde gera um problema: nó no trânsito. Aos sábados e domingos, o sobe-e-desce nas ladeiras fica ainda mais complicado. Para o diretor da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), Abaeté Mesquita, o tráfego no bairro está cada vez mais complicado.
O primeiro grande problema é a sensação de desordem, que é péssima tanto para o morador quanto para o vistante. O segundo, é a proliferação dos flanelinhas, que nos fins de semana chegam a cobrar R$ 10 reclama.
Para que as coisas melhorem, eles torcem pela volta do bonde. Mas precisarão de paciência: segundo a secretaria Estadual de Transporte, o novo sistema de bondes só ficará pronto no primeiro trimestre de 2014.
Para marcar um ano sem o bonde e reclamar da demora na sua volta, moradores e artistas do bairro fazem um ato público, neste domingo, das 18h às 22h. E, na segunda-feira, no Largo do Curvelo, a partir das 18h, há show com Saisse e os Bois, Sérgio Pascolato e Balança Teresa, entre outros. Tomara que, assim, as coisas entrem no trilho.
Novos cafés, bares, galerias, casas noturnas e festas agitam o bairro.
Turistas e visitantes movimentam Santa Teresa Paula Giolito / Agência O GLOBO
RIO Cravados sobre as ladeiras de Santa Teresa, os trilhos do bonde são uma saudosa lembrança do mais charmoso meio de trasporte da cidade, que, sucateado, parou de circular em 27 de agosto de 2011, quando um acidente deixou seis mortos e mais de 50 feridos. Apesar da falta que o tranvia faz, um ano depois da tragédia o bairro deu a volta por cima, com uma leva de novos cafés, bares, festas e casas noturnas. Nas tardes de fim de semana, o vaivém de gente nas calçadas não deixa mentir: Santa Teresa vai muito bem, obrigada.
Um bom exemplo é o aconchegante Café das Ruínas, que funciona desde maio ao lado do casarão principal e tem uma vista de cartão-postal, de cara para o Pão de Açúcar. Antes, o lugar só tinha brunchs de vez em quando. Mas, desde que Natacha Fink (dona também do Espírito Santa) assumiu o comando, o café vem servindo desde petiscos, como empadas de bobó de camarão (R$ 3) e bolinhos caseiros (R$ 3), a opções mais incrementadas, como banana-da-terra levemente tostada com pesto de manjericão e gorgonzola (R$ 15). A ideia de reabrir o café surgiu da própria Natacha, que, durante os sete anos em que morou no bairro, passeava sempre por ali.
Além do café, do visual e do jardim em si, o programa tem uma pegada cultural: estão em cartaz ali a conhecida e elogiada montagem de A alma imoral (com Clarisse Neskier, até 16 setembro) e a exposição Géza Heller: um carioca sonhador, com desenhos do arquiteto húngaro que retratam a história da cidade.
O Parque das Ruínas é um lugar de que sempre gostei. Queremos oferecer um serviço de conveniência para as pessoas que o visitam. Procurei fazer uma coisa que unisse quem vem visitar o lugar aos sabores brasileiros conta Natacha, acrescentando que, depois do acidente, o movimento do seu outro restaurante, o Espírito Santa, baixou, mas agora vai de vento em popa.
Antônio Lima, garçom do tradicional Bar do Mineiro, confirma: a movimentação está intensa.
Durante a semana caiu um pouco (a frequência), mas nos finais de semana os clientes vêm, seja de ônibus, carro ou táxi afirma.
No Largo dos Guimarães, outro restaurante novinho em folha valoriza os sabores da culinária brasileira. Inaugurado no último sábado, o Café do Alto segue a linha da matriz, há dez anos no Alto Leblon, e oferece um cardápio nordestino. Além de almoço e ceia da tarde, a casa terá bufê de café da manhã (R$ 40) com bolo de fubá, aipim e queijo de coalho. Na decoração, elementos que remetem à cultura do Nordeste, com chita no forro das cadeiras e bonequinhas formando uma cortina.
O bairro tem tudo a ver com a nossa proposta diz Mariana Villas-Bôas, dona do café que ocupa o lugar onde funcionava o restaurante Jasmim Manga.
Também tem cheiro de tinta fresca na Casa do Barista, que reabriu em junho depois de sete meses em reforma, já que foi parcialmente destruída por um incêndio. Por enquanto, o espaço, repleto de maquinários e grãos de cafés, tem recebido grupos apenas por agendamento. Emilio Rodrigues, dono do casarão, também organiza oficinas e encontros que misturam conhecimentos sobre café e música. A proposta do evento Cafés, Sons e Outros Sentidos é experimentar novas formas de tomar a bebida.
A cidade está num bom momento, e o público está de volta ao bairro. Recebo muitos turistas em busca de um café de qualidade conta Rodrigues.
Logo embaixo da Casa do Barista funciona o charmoso restaurante Santè. No casarão com varanda de onde, para variar, tem-se uma vista daquelas! , os chefe Marcelo Castiglia e Bruna Percu também sofreram com o incêndio do vizinho. Com pouco mais de três meses de aberto, o lugar foi atingido pelo acidente e precisou voltar às obras. Reaberto em abril, tem esquema low profile: abre aos domingos para um brunch caprichado, com preços de variam de R$ 36 a R$ 49. Nos outros dias, funciona mediante reserva para menus fechados (de R$ 110 a R$ 140).
A novidade desta segunda fase de funcionamento são as Quintas com Jazz, com show ao vivo e menu fechado. A primeira edição aconteceu na semana passada e deu supercerto. Semana que vem tem mais.
Noite em Santa Teresa
Quer mais jazz? Então a boa é rumar para Santa Teresa no fim da tarde de domingo. A cada 15 dias, o Bellas Artes Guest House recebe a banda Jazz na Escada para levar um som. Os shows, que acontecem desde maio, têm atraído cada vez mais gente. A próxima edição acontecerá no dia 2 de setembro.
Já no simpático Cafecito, o som que domina é o da MPB. Aberto há pouco mais de dois anos, o lugar é ideal para encontros e reuniões menos agitadas. O casarão rústico abriga no primeiro andar uma loja com objetos de decoração e compotas. Na área externa, sob uma enorme amendoeira e uma sacada com vista para a rua, há uma cozinha com paredes de vidro, onde são preparados cafés, drinques, sucos e sanduíches. Um dos mais pedidos é o Campos de Carvalho (R$ 19,50), com gorgonzola, geleia de pimenta e cebola roxa.
Muitas pessoas ainda estão descobrindo a cafeteria. Havia uma pizzaria no segundo andar, mas agora está em obras. Deve voltar até o fim do ano explica a gerente da casa, Carolina French.
O cardápio tem também uma boa variedade de cervejas artesanais, o que faz com que muitos frequentadores queiram ficar noite adentro. Mas a regra é clara: às 23h é hora de pedir a saideira.
Outro que já abriu há um tempinho, no ano passado, mas que só recentemente conquistou seu lugar no roteiro do local é o Bar do Bonde, na Rua Almirante Alexandrino. No menu, a grande variedade de petiscos e cachaças é o ponto forte. Ali, a festa também termina cedo: a casa fecha à meia-noite.
Mas existe vida após as 12 badaladas em Santa Teresa. Um lugar que está bombando é a Casa do Barão, que há um ano abriga festas variadas todo fim de semana. Segundo os proprietários, o belo casarão pertenceu ao Barão de Mauá daí o nome, claro. Na parte de baixo, fica a pista de dança, que também abriga shows, e, em cima, um terraço a céu aberto e o bar, que vende cervejas, cachaças e Xiboquinha (R$ 3), uma bebida típica nordestina com cachaça, cravo, canela, limão, gengibre e ervas. Para comer, as opções são os caldos de feijão e ervilha (R$ 5) e cachorro-quente (R$ 3,50) .
Entre a programação fixa da casa, há duas festas mensais e o forró aos domingos, chamado Forró de Teresa, Q de Santa Só Tem o Nome. A festa Soul de Santa rola toda segunda sexta-feira do mês, e traz um repertório de black music. Na terceira sexta, é a vez da Vinil é Arte. A partir do mês que vem, mais uma festa entra no calendário fixo da casa: a Santa Pernambucana, com música de Pernambuco (claro!), que vai rolar no último sábado de cada mês.
A nossa programação é voltada principalmente para a música brasileira, o que atrai muitos turistas estrangeiros. Mesmo assim, cada vez mais cariocas têm aparecido diz Paulo Roberto Marburg, organizador de eventos do espaço.
Uma delas é a advogada Luciana Lima, moradora de Botafogo, que levou suas amigas de Belo Horizonte para conhecer o espaço.
Já tinha vindo em três festas aqui. Minhas amigas queriam conhecer um espaço alternativo da noite carioca e me perguntaram sobre a Lapa. Eu acho que lá está saturado, então resolvi trazê-las para cá, que ainda é um lugar que muita gente não conhece diz Luciana.
Outra opção noturna que tem feito sucesso é o Portella Bar, que funciona há oito meses numa das esquinas do Largo dos Guimarães. Filial de uma tradicional casa paulistana, com 45 anos de funcionamento, o bar é especializado em culinária nordestina, com opções famosas como o portadella, um pastel de massa folheada recheado com mortadela, pistache e Catupiry (a porção com oito unidades sai a R$ 32); e o delícia da Lelê, um bolinho de siri com queijo coalho (a porção com seis custa R$ 26).
Nossos pratos e petiscos são conhecidos em São Paulo por gerações orgulha-se a consultora gastronômica do bar, Andreia Leal.
A decoração é um atrativo a parte, com garrafas penduradas sob o teto e quadros que remetem à cultura nordestina (olha ela aí de novo!). Às sextas-feiras, rolam shows de música ao vivo. Nos fins de semana, a casa também abre para almoço.
O Portella é um bar único e uma opção bem em conta diz a artista plástica Rosana Medeiros, que mora no Catete e frequenta o bar.
Do outro lado da rua, o Cine Santa também tem lugar cativo na programação cultural local. Depois de seis meses fechado para obras, o casarão reabriu no fim de junho. Toda a estrutura foi mudada, e o cinema ganhou uma tela maior, mais lugares e nova decoração. Os frequentadores aprovaram o conforto.
Antes, as cadeiras eram de madeira. Depois de uma sessão, a gente ficava dolorido. Com a reforma, o espaço ficou mais agradável conta Ellen Jou, que mora em Santa há mais de 30 anos.
Às vezes chamado de Montmartre carioca por conta tanto das ladeiras, quanto da grande quantidade de ateliês que abrigas, o bairro também vê sua cena artística se fortalecer. O tradicional Arte de Portas Abertas, que teve a última edição em julho, já conta com mais de 60 artistas participantes, além de várias apresentações musicais pelas ruas. No mesmo clima, o Circuito Oriente é um evento mensal que reúne quatro ateliês da Rua Oriente, o Estúdio Dezenove, o Ateliê Oriente, o EuVira e o Espaço Carambola. A cada 40 dias, as casas abrem suas portas para exposições e mostras fotográficas entre outras opções culturais. O próximo encontro acontece no dia 15 de setembro.
Antes disso, no dia 2, haverá mais um motivo para subir as ladeiras. É quando o charmoso Hotel Santa Teresa estreia o projeto Sunset Party, que vai rolar num novo deque à beira da piscina do hotel cinco estrelas. É cedo, das 17h às 22h. No som, músicas eletrônicas escolhidas pelo DJ Junior Machado.
Está tudo muito bom, está tudo muito bem. Mas o movimento intenso somado à falta do bonde gera um problema: nó no trânsito. Aos sábados e domingos, o sobe-e-desce nas ladeiras fica ainda mais complicado. Para o diretor da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), Abaeté Mesquita, o tráfego no bairro está cada vez mais complicado.
O primeiro grande problema é a sensação de desordem, que é péssima tanto para o morador quanto para o vistante. O segundo, é a proliferação dos flanelinhas, que nos fins de semana chegam a cobrar R$ 10 reclama.
Para que as coisas melhorem, eles torcem pela volta do bonde. Mas precisarão de paciência: segundo a secretaria Estadual de Transporte, o novo sistema de bondes só ficará pronto no primeiro trimestre de 2014.
Para marcar um ano sem o bonde e reclamar da demora na sua volta, moradores e artistas do bairro fazem um ato público, neste domingo, das 18h às 22h. E, na segunda-feira, no Largo do Curvelo, a partir das 18h, há show com Saisse e os Bois, Sérgio Pascolato e Balança Teresa, entre outros. Tomara que, assim, as coisas entrem no trilho.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Edital do VLT sai até outubro, diz Cdurp
22/08/2012 - Jornal do Commercio, Wanilson Oliveira
Contrato prevê investimentos de R$ 1,1 bilhão no projeto. Recursos serão divididos pela Prefeitura e o consórcio vencedor. Duas linhas ficarão prontas até a Copa de 2014
A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) anunciou ontem que deve divulgar o edital de licitação para as obras e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Zona Portuária em outubro. Das seis linhas que serão construídas, duas deverão ficar prontas até 2014. As demais entrariam em circulação durante os Jogos Olímpicos de 2016. Serão investidos R$ 1,1 bilhão, divididos entre a Prefeitura e o consórcio vencedor.
De acordo com o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o sistema contará com 42 estações. As primeiras linhas do VLT a serem construídas ligarão a Zona Portuária à Rodoviária Novo Rio - a outra permitirá o acesso à Cidade do Samba. Arraes confirmou ainda que os aportes de R$ 582 milhões da Prefeitura virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC), do governo federal.
Licitação
Será considerado ganhador do processo licitatório o consórcio que apresentar a maior fatia de recursos privados, o que diminuiria a participação da Prefeitura no projeto. "Chamamos esse tipo de negócio de concessão patrocinada. Dois anos após a total construção do VLT, a Prefeitura começa a pagar o consórcio", explicou.
Arraes também adiantou que o prazo de concessão, que inicialmente seria de 25 anos, passou a ser de 30 anos por questões econômicas. Além disso, disse o presidente do Cdurp, o consórcio vencedor tem como obrigações preparar a calha de passagem do VLT, instalar os trilhos, comprar e operar o sistema.
Arraes ressaltou que o VLT deve beneficiar aproximadamente 900 mil pessoas, entre moradores e pessoas que passam diariamente pela região portuária. Segundo ele, por se tratar de um veículo de média capacidade, ele pode vir a fazer parte do Bilhete Único Carioca (BUC), podendo operar a integração com trens e metrô.
"Com a instalação do VLT, esperamos diminuir o número de ônibus nas regiões em que ele transitará. O projeto é acima de tudo de sustentabilidade", disse o presidente da Cdurp. Quanto ao valor da passagem ele explicou que pode chegar R$ 3,50, podendo ser usado em um prazo de duas horas.
Referência vem do país vizinho
Ontem, o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, se reuniu com representantes do grupo argentino Puerto Madero Corporaccion, bem como com representantes do governo da Argetina, para discutir projetos de cooperação entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. No encontro, foram discutidos temas como o desenvolvimento imobiliário e planos de ocupação de áreas.
"Trata-se de um intercâmbio entre as duas cidades. Há dois meses estivemos em Puerto Madero para ver as melhoria na região. Agora, foi a vez dele virem ao Rio", explicou.
Arraes disse que os argentinos ficaram impressionados com o porte das obras e a capacidade da equipe que trabalha nas obras em descobrir e manter descobertas arqueológicas da região.
"O encontro vai nos trazer grandes benefícios. Eles vão contribuir bastante com projetos urbanísticos e de arquitetura", destacou. Nos dias 18 e 19 de outubro, o grupo Puerto Madero vai realizar um seminário, em Buenos Aires, e apresentar tudo o que foi visto e discu¬tido no Rio.
Contrato prevê investimentos de R$ 1,1 bilhão no projeto. Recursos serão divididos pela Prefeitura e o consórcio vencedor. Duas linhas ficarão prontas até a Copa de 2014
A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) anunciou ontem que deve divulgar o edital de licitação para as obras e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Zona Portuária em outubro. Das seis linhas que serão construídas, duas deverão ficar prontas até 2014. As demais entrariam em circulação durante os Jogos Olímpicos de 2016. Serão investidos R$ 1,1 bilhão, divididos entre a Prefeitura e o consórcio vencedor.
De acordo com o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o sistema contará com 42 estações. As primeiras linhas do VLT a serem construídas ligarão a Zona Portuária à Rodoviária Novo Rio - a outra permitirá o acesso à Cidade do Samba. Arraes confirmou ainda que os aportes de R$ 582 milhões da Prefeitura virão do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC), do governo federal.
Licitação
Será considerado ganhador do processo licitatório o consórcio que apresentar a maior fatia de recursos privados, o que diminuiria a participação da Prefeitura no projeto. "Chamamos esse tipo de negócio de concessão patrocinada. Dois anos após a total construção do VLT, a Prefeitura começa a pagar o consórcio", explicou.
Arraes também adiantou que o prazo de concessão, que inicialmente seria de 25 anos, passou a ser de 30 anos por questões econômicas. Além disso, disse o presidente do Cdurp, o consórcio vencedor tem como obrigações preparar a calha de passagem do VLT, instalar os trilhos, comprar e operar o sistema.
Arraes ressaltou que o VLT deve beneficiar aproximadamente 900 mil pessoas, entre moradores e pessoas que passam diariamente pela região portuária. Segundo ele, por se tratar de um veículo de média capacidade, ele pode vir a fazer parte do Bilhete Único Carioca (BUC), podendo operar a integração com trens e metrô.
"Com a instalação do VLT, esperamos diminuir o número de ônibus nas regiões em que ele transitará. O projeto é acima de tudo de sustentabilidade", disse o presidente da Cdurp. Quanto ao valor da passagem ele explicou que pode chegar R$ 3,50, podendo ser usado em um prazo de duas horas.
Referência vem do país vizinho
Ontem, o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, se reuniu com representantes do grupo argentino Puerto Madero Corporaccion, bem como com representantes do governo da Argetina, para discutir projetos de cooperação entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires. No encontro, foram discutidos temas como o desenvolvimento imobiliário e planos de ocupação de áreas.
"Trata-se de um intercâmbio entre as duas cidades. Há dois meses estivemos em Puerto Madero para ver as melhoria na região. Agora, foi a vez dele virem ao Rio", explicou.
Arraes disse que os argentinos ficaram impressionados com o porte das obras e a capacidade da equipe que trabalha nas obras em descobrir e manter descobertas arqueológicas da região.
"O encontro vai nos trazer grandes benefícios. Eles vão contribuir bastante com projetos urbanísticos e de arquitetura", destacou. Nos dias 18 e 19 de outubro, o grupo Puerto Madero vai realizar um seminário, em Buenos Aires, e apresentar tudo o que foi visto e discu¬tido no Rio.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
VLT deverá ser licitado em outubro
21/08/2012 - O Globo, Isabela Bastos
Com as obras do túnel ferroviário sob o Morro da Providência entrando na reta final, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) começa a escolher, em outubro, o consórcio que fará a implantação e a operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Zona Portuária. Orçado em R$ 1,1 bilhão, o sistema, com seis linhas e 42 estações, já tem garantidos R$ 582 milhões do governo federal, através do PAC da Mobilidade. Mas a implantação dos bondes modernos deverá exigir repasses da prefeitura para cobrir as gratuidades do transporte (idosos e estudantes) e garantir uma tarifa acessível. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o edital deverá prever que o consórcio que apresentar a maior fatia de recursos privados, diminuindo a participação da prefeitura, vencerá a licitação.
- É uma concessão patrocinada. Vamos ter uma parte de obra pública com recursos da União. E haverá remuneração da prefeitura ao consórcio. Esses repasses de recursos públicos serão pagos ao longo do período de concessão. A fatia de recursos privados tem peso na proposta do concorrente - explica Arraes.
Ainda de acordo com o presidente da Cdurp, os cálculos sobre o valor do bilhete do VLT ainda não foram concluídos. Mas a previsão é que ele custe aproximadamente R$ 3,50, podendo ser usado num prazo de duas horas. A engenharia financeira prevê ainda que o VLT faça parte do Bilhete Único Carioca (BUC), podendo operar a integração com trens e metrô. Nesse caso, a arrecadação do BUC, que hoje custa R$ 3, seria rateada pelos meios de transporte. Para viabilizar economicamente o projeto, o prazo de concessão, que inicialmente era de 25 anos, também mudou, passando para 30 anos.
- Essa equação ainda não está fechada. Estamos trabalhando com o valor atual do Bilhete Único Carioca, mas isso deve mudar. Na integração entre o VLT e outro modal, vai valer o preço do BUC. No caso da passagem individual, a ideia é que o prazo de validade seja de duas horas, mas teremos bilhetes com mais viagens e preços diferenciados. A pessoa poderá cruzar o Centro e a Zona Portuária com uma passagem só - diz Arraes.
A previsão é que o túnel ferroviário sob a Providência fique pronto em julho do ano que vem. As obras de recuperação e alargamento da passagem estão sendo feitas pelo consórcio Porto Novo, responsável pela segunda fase do projeto Porto Maravilha. Esse consórcio terá que deixar preparada a calha de passagem do VLT nas vias públicas que estão em obras. O consórcio que vencer a licitação de outubro terá que providenciar a implantação dos trilhos, comprar os vagões e operar o sistema.
Ainda segundo a Cdurp, duas das seis linhas de VLT deverão ficar prontas em 2014. Uma delas cortará a Zona Portuária, ligando a Rodoviária Novo Rio à Avenida Presidente Antônio Carlos, e passando pelas avenidas Rodrigues Alves e Rio Branco. As demais terão que ser entregues até o primeiro semestre de 2016.
Com as obras do túnel ferroviário sob o Morro da Providência entrando na reta final, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) começa a escolher, em outubro, o consórcio que fará a implantação e a operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Zona Portuária. Orçado em R$ 1,1 bilhão, o sistema, com seis linhas e 42 estações, já tem garantidos R$ 582 milhões do governo federal, através do PAC da Mobilidade. Mas a implantação dos bondes modernos deverá exigir repasses da prefeitura para cobrir as gratuidades do transporte (idosos e estudantes) e garantir uma tarifa acessível. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, o edital deverá prever que o consórcio que apresentar a maior fatia de recursos privados, diminuindo a participação da prefeitura, vencerá a licitação.
- É uma concessão patrocinada. Vamos ter uma parte de obra pública com recursos da União. E haverá remuneração da prefeitura ao consórcio. Esses repasses de recursos públicos serão pagos ao longo do período de concessão. A fatia de recursos privados tem peso na proposta do concorrente - explica Arraes.
Ainda de acordo com o presidente da Cdurp, os cálculos sobre o valor do bilhete do VLT ainda não foram concluídos. Mas a previsão é que ele custe aproximadamente R$ 3,50, podendo ser usado num prazo de duas horas. A engenharia financeira prevê ainda que o VLT faça parte do Bilhete Único Carioca (BUC), podendo operar a integração com trens e metrô. Nesse caso, a arrecadação do BUC, que hoje custa R$ 3, seria rateada pelos meios de transporte. Para viabilizar economicamente o projeto, o prazo de concessão, que inicialmente era de 25 anos, também mudou, passando para 30 anos.
- Essa equação ainda não está fechada. Estamos trabalhando com o valor atual do Bilhete Único Carioca, mas isso deve mudar. Na integração entre o VLT e outro modal, vai valer o preço do BUC. No caso da passagem individual, a ideia é que o prazo de validade seja de duas horas, mas teremos bilhetes com mais viagens e preços diferenciados. A pessoa poderá cruzar o Centro e a Zona Portuária com uma passagem só - diz Arraes.
A previsão é que o túnel ferroviário sob a Providência fique pronto em julho do ano que vem. As obras de recuperação e alargamento da passagem estão sendo feitas pelo consórcio Porto Novo, responsável pela segunda fase do projeto Porto Maravilha. Esse consórcio terá que deixar preparada a calha de passagem do VLT nas vias públicas que estão em obras. O consórcio que vencer a licitação de outubro terá que providenciar a implantação dos trilhos, comprar os vagões e operar o sistema.
Ainda segundo a Cdurp, duas das seis linhas de VLT deverão ficar prontas em 2014. Uma delas cortará a Zona Portuária, ligando a Rodoviária Novo Rio à Avenida Presidente Antônio Carlos, e passando pelas avenidas Rodrigues Alves e Rio Branco. As demais terão que ser entregues até o primeiro semestre de 2016.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Inauguração do VLT de Macaé é atrasada por falta de verba do Governo Federal
06/08/2012 - RJ Inter TV
A inauguração do veículo leve sobre trilhos estava prevista para o dia 29 de julho, mas está atrasado e não há previsão para começar a funcionar.
do RJ INTER TV 2ª Edição
A inauguração do veículo leve sobre trilhos de Macaé estava prevista para o dia 29 de julho, junto com o aniversário da cidade, mas isso não aconteceu. O cronograma está atrasado e não há previsão de quando o VLT vai começar a funcionar. A limpeza e a manutenção dos trilhos não foram concluídas. As estações para embarque e desembarque de passageiros também não estão prontas e até agora, a nova sinalização vertical e horizontal da linha férrea ainda não foi instalada. De acordo com o gerente do projeto, o atraso tem motivo financeiro. O Governo Federal não repassou o dinheiro prometido para o metrô Macaé.
A Prefeitura diz que o projeto do VLT foi contemplado pelo programa Pró-transporte e o dinheiro seria repassado pelo Ministério das Cidades. Com esse impasse, o projeto está parado. Cada composição do VLT terá capacidade para transportar 350 pessoas, a expectativa é que este novo meio de transporte ajude a desafogar o trânsito da cidade principalmente entre o Centro e Imboassica, onde se concentram parte das empresas offshore.
A equipe do IN360 entrou em contato com o Ministério das Cidades para saber porquê o repasse do Governo Federal não foi feito. Ricardo caiado, o responsável pelo programa pró-transporte, informou que o projeto do VLT Macaé foi aprovado, mas o dinheiro ainda não foi liberado dentro do prazo e que isso só vai ser feito no ano que vem depois de uma reapresentação do projeto. Depois dessa resposta tentamos saber com a assessoria do Ministério das Cidades o porquê da verba não ser liberada a tempo mas não obeteve retorno.
A inauguração do veículo leve sobre trilhos estava prevista para o dia 29 de julho, mas está atrasado e não há previsão para começar a funcionar.
do RJ INTER TV 2ª Edição
A inauguração do veículo leve sobre trilhos de Macaé estava prevista para o dia 29 de julho, junto com o aniversário da cidade, mas isso não aconteceu. O cronograma está atrasado e não há previsão de quando o VLT vai começar a funcionar. A limpeza e a manutenção dos trilhos não foram concluídas. As estações para embarque e desembarque de passageiros também não estão prontas e até agora, a nova sinalização vertical e horizontal da linha férrea ainda não foi instalada. De acordo com o gerente do projeto, o atraso tem motivo financeiro. O Governo Federal não repassou o dinheiro prometido para o metrô Macaé.
A Prefeitura diz que o projeto do VLT foi contemplado pelo programa Pró-transporte e o dinheiro seria repassado pelo Ministério das Cidades. Com esse impasse, o projeto está parado. Cada composição do VLT terá capacidade para transportar 350 pessoas, a expectativa é que este novo meio de transporte ajude a desafogar o trânsito da cidade principalmente entre o Centro e Imboassica, onde se concentram parte das empresas offshore.
A equipe do IN360 entrou em contato com o Ministério das Cidades para saber porquê o repasse do Governo Federal não foi feito. Ricardo caiado, o responsável pelo programa pró-transporte, informou que o projeto do VLT Macaé foi aprovado, mas o dinheiro ainda não foi liberado dentro do prazo e que isso só vai ser feito no ano que vem depois de uma reapresentação do projeto. Depois dessa resposta tentamos saber com a assessoria do Ministério das Cidades o porquê da verba não ser liberada a tempo mas não obeteve retorno.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Inauguração da primeira fase do VLT-Macaé está prevista para julho
26/06/2014 - O Globo Online
O trânsito frequentemente congestionado de Macaé ganhará um alívio no dia 29 de julho, dia de aniversário da cidade. É quando será inaugurada a primeira fase do projeto VLT-Macaé. A sigla, que significa Veículo Leve sobre Trilhos, representa uma esperança de escape para os constantes engarrafamentos na cidade. Nesta primeira etapa, o trem levará do Centro à área sul da cidade (no polo industrial do município), onde fica o bairro de Imboassica. São 12,5 quilômetros de percurso.
Nesse momento serão cinco estações provisórias, feitas de estrutura tubular, e duas terminais. Por um tempo indefinido, a população poderá usar o serviço gratuitamente. A ideia é que os administradores do transporte possam fazer uma pesquisa sobre a procura pelo veículo. Para todo o projeto foram investidos R$ 80 milhões.
— É um novo segmento de transporte público. Metade da população da cidade, algo em torno de cem mil pessoas, utiliza ônibus para se locomover. Esperamos reduzir bastante a quantidade de frotas — explica Bráulio Lopes, gerente do projeto VLT Metrô-Macaé.
Coordenador de operações do VLT, José Carlos Rogel é um dos mais empolgados com o projeto, e garante que o novo meio de transporte vai finalmente convencer o morador a deixar o carro em casa.
— Não só é mais rápido, como ajuda o meio ambiente. Não usamos o diesel, mas o biodiesel, que é mais limpo — explica.
Fonte: O Globo Online
Publicada em:: 27/06/2012
O trânsito frequentemente congestionado de Macaé ganhará um alívio no dia 29 de julho, dia de aniversário da cidade. É quando será inaugurada a primeira fase do projeto VLT-Macaé. A sigla, que significa Veículo Leve sobre Trilhos, representa uma esperança de escape para os constantes engarrafamentos na cidade. Nesta primeira etapa, o trem levará do Centro à área sul da cidade (no polo industrial do município), onde fica o bairro de Imboassica. São 12,5 quilômetros de percurso.
Nesse momento serão cinco estações provisórias, feitas de estrutura tubular, e duas terminais. Por um tempo indefinido, a população poderá usar o serviço gratuitamente. A ideia é que os administradores do transporte possam fazer uma pesquisa sobre a procura pelo veículo. Para todo o projeto foram investidos R$ 80 milhões.
— É um novo segmento de transporte público. Metade da população da cidade, algo em torno de cem mil pessoas, utiliza ônibus para se locomover. Esperamos reduzir bastante a quantidade de frotas — explica Bráulio Lopes, gerente do projeto VLT Metrô-Macaé.
Coordenador de operações do VLT, José Carlos Rogel é um dos mais empolgados com o projeto, e garante que o novo meio de transporte vai finalmente convencer o morador a deixar o carro em casa.
— Não só é mais rápido, como ajuda o meio ambiente. Não usamos o diesel, mas o biodiesel, que é mais limpo — explica.
Fonte: O Globo Online
Publicada em:: 27/06/2012
sábado, 28 de julho de 2012
Bondes vão retirar mais de 2 mil ônibus do Centro do Rio
27/07/2012 - Extra.com
O projeto para a criação de seis linhas de bondes no Centro, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), recuperaria não só o charme do início do século XX, mas também retiraria das ruas mais de 2 mil ônibus, pelas contas da Fetranspor. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, bondinhos e coletivos não circularão juntos.
— Onde passar o bonde, não haverá ônibus — diz Arraes, referindo-se, sobretudo, à Avenida Rio Branco, passagem de duas linhas dos também chamados veículos leves sobre trilhos (VLTs).
Só na Rio Branco, trafegam 2.133 coletivos com mais de 22,1 milhões de passageiros por mês e um faturamento bruto anual estimado em R$ 697 milhões nas 146 linhas que cruzam a avenida. Todos esses ônibus desapareceriam e boa parte dessa dinheirama poderia migrar para o Grupo CCR.
A CCR venceu uma concorrência pública para encomendar, por R$ 1,5 milhão, um estudo de viabilidade à consultoria Sinergia Estudos e Projetos para a volta dos bondes modernos, com o lançamento do edital de licitação para a obra previsto para o dia 30 de setembro. A companhia não se pronuncia e nem nega o interesse nos VLTs — que, pelo traçado previsto em seu próprio projeto, serão integrados à sua CCR Barcas, com uma estação na Praça Quinze.
Mas os donos de ônibus estão no páreo. No ano passado, a francesa Transdev, que opera VLTs em nove países, procurou a Fetranspor e uma missão de empresários de ônibus retribuiu a visita, em novembro, em Bordeaux, na França.
Pelo cronograma da Cdurp, a primeira fase de operação das seis linhas deve começar em 2014, tendo como paradas principais a estação das barcas e a Rodoviária Novo Rio. Em 2015, os bondes estarão trafegando pela Rio Branco, no aniversário de 450 anos da cidade. O sistema estará todo completo em 2016.
O bonde do futuro
Além disso, estudos da Cdurp apontam para a eliminação de outros 1.923 ônibus por conta de investimentos em trens, metrô, barcas e na futura Transbrasil, o corredor de coletivos que ligará Deodoro ao Centro.
— Se a CCR ganhar a licitação e cumprir o contrato de concessão, não vejo mal nenhum, e não se pode afirmar antecipadamente que há um conluio. A Barcas não teve mais demanda porque a operação era caótica, afastando o usuário. Quem opera não interessa muito. Se der conta do recado, dentro das regras, ok. O importante não é quem vai operar, mas sim como será operado — afirma José Guerra, engenheiro de transportes da Uerj e ex-presidente da extinta Superintendência Municipal de Transportes Urbanos.
— O que nos importa é que o sistema funcione, que cumpram as regras e que o poder público fiscalize. Não importa quem seja. O negócio é interessante. Se o projeto for todo bem executado, será uma maravilha. Teremos uma outra cidade, toda integrada — diz uma fonte que participa da elaboração dos projetos na região, sem ver motivos contra a participação da CCR na licitação.
Especialista elogia projeto
Sobre a retirada dos ônibus das ruas por onde os bondes passarem, o engenheiro José Guerra é a favor e lembra se tratar de uma ideia dos seus tempos na prefeitura.
— Não haver ônibus onde o bonde passar é bom, com a integração, porque há excesso de coletivos em alguns pontos do Centro. Provavelmente, partiram de um estudo feito há uns dez anos pela prefeitura, reorganizando o transporte de superfície na região. Uma malha de seis linhas, curiosamente, é a que a prefeitura propôs no passado, no tempo do Cesar Maia. O Luiz Paulo Conde, que o sucedeu, teria feito um estudo pelo Instituto Pereira Passos, e nele havia meia dúzia de linhas — diz.
Feito isso, o passo seguinte é o fechamento da Rio Branco entre a Igreja da Candelária e a Cinelândia, como deseja o prefeito Eduardo Paes.
— Fechar a Rio Branco seria possível a partir de um enxugamento do sistema de ônibus que chega ao Centro. Os VLTs fariam com que a gente possa organizar melhor o tráfego. O prefeito está certo, mas com a otimização das linhas e de ônibus. Aí, sim, fecharíamos ruas. Mas tem que haver política de transporte público para não atrairmos mais carros, como fizeram com as garagens subterrâneas. Isso colide com quem quer privilegiar o transporte público. Ou se cobra estacionamento caro porque porque não seria para qualquer um — conclui José Guerra.
Fonte: extra.globo.com
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Bondes vão retirar mais de 2 mil ônibus do Centro do Rio
27/07/2012 - Extra.com
O projeto para a criação de seis linhas de bondes no Centro, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), recuperaria não só o charme do início do século XX, mas também retiraria das ruas mais de 2 mil ônibus, pelas contas da Fetranspor. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, bondinhos e coletivos não circularão juntos.
— Onde passar o bonde, não haverá ônibus — diz Arraes, referindo-se, sobretudo, à Avenida Rio Branco, passagem de duas linhas dos também chamados veículos leves sobre trilhos (VLTs).
Só na Rio Branco, trafegam 2.133 coletivos com mais de 22,1 milhões de passageiros por mês e um faturamento bruto anual estimado em R$ 697 milhões nas 146 linhas que cruzam a avenida. Todos esses ônibus desapareceriam e boa parte dessa dinheirama poderia migrar para o Grupo CCR.
A CCR venceu uma concorrência pública para encomendar, por R$ 1,5 milhão, um estudo de viabilidade à consultoria Sinergia Estudos e Projetos para a volta dos bondes modernos, com o lançamento do edital de licitação para a obra previsto para o dia 30 de setembro. A companhia não se pronuncia e nem nega o interesse nos VLTs — que, pelo traçado previsto em seu próprio projeto, serão integrados à sua CCR Barcas, com uma estação na Praça Quinze.
Mas os donos de ônibus estão no páreo. No ano passado, a francesa Transdev, que opera VLTs em nove países, procurou a Fetranspor e uma missão de empresários de ônibus retribuiu a visita, em novembro, em Bordeaux, na França.
Pelo cronograma da Cdurp, a primeira fase de operação das seis linhas deve começar em 2014, tendo como paradas principais a estação das barcas e a Rodoviária Novo Rio. Em 2015, os bondes estarão trafegando pela Rio Branco, no aniversário de 450 anos da cidade. O sistema estará todo completo em 2016.
O bonde do futuro
Além disso, estudos da Cdurp apontam para a eliminação de outros 1.923 ônibus por conta de investimentos em trens, metrô, barcas e na futura Transbrasil, o corredor de coletivos que ligará Deodoro ao Centro.
— Se a CCR ganhar a licitação e cumprir o contrato de concessão, não vejo mal nenhum, e não se pode afirmar antecipadamente que há um conluio. A Barcas não teve mais demanda porque a operação era caótica, afastando o usuário. Quem opera não interessa muito. Se der conta do recado, dentro das regras, ok. O importante não é quem vai operar, mas sim como será operado — afirma José Guerra, engenheiro de transportes da Uerj e ex-presidente da extinta Superintendência Municipal de Transportes Urbanos.
— O que nos importa é que o sistema funcione, que cumpram as regras e que o poder público fiscalize. Não importa quem seja. O negócio é interessante. Se o projeto for todo bem executado, será uma maravilha. Teremos uma outra cidade, toda integrada — diz uma fonte que participa da elaboração dos projetos na região, sem ver motivos contra a participação da CCR na licitação.
Especialista elogia projeto
Sobre a retirada dos ônibus das ruas por onde os bondes passarem, o engenheiro José Guerra é a favor e lembra se tratar de uma ideia dos seus tempos na prefeitura.
— Não haver ônibus onde o bonde passar é bom, com a integração, porque há excesso de coletivos em alguns pontos do Centro. Provavelmente, partiram de um estudo feito há uns dez anos pela prefeitura, reorganizando o transporte de superfície na região. Uma malha de seis linhas, curiosamente, é a que a prefeitura propôs no passado, no tempo do Cesar Maia. O Luiz Paulo Conde, que o sucedeu, teria feito um estudo pelo Instituto Pereira Passos, e nele havia meia dúzia de linhas — diz.
Feito isso, o passo seguinte é o fechamento da Rio Branco entre a Igreja da Candelária e a Cinelândia, como deseja o prefeito Eduardo Paes.
— Fechar a Rio Branco seria possível a partir de um enxugamento do sistema de ônibus que chega ao Centro. Os VLTs fariam com que a gente possa organizar melhor o tráfego. O prefeito está certo, mas com a otimização das linhas e de ônibus. Aí, sim, fecharíamos ruas. Mas tem que haver política de transporte público para não atrairmos mais carros, como fizeram com as garagens subterrâneas. Isso colide com quem quer privilegiar o transporte público. Ou se cobra estacionamento caro porque porque não seria para qualquer um — conclui José Guerra.
Fonte: extra.globo.com
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O projeto para a criação de seis linhas de bondes no Centro, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), recuperaria não só o charme do início do século XX, mas também retiraria das ruas mais de 2 mil ônibus, pelas contas da Fetranspor. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, bondinhos e coletivos não circularão juntos.
— Onde passar o bonde, não haverá ônibus — diz Arraes, referindo-se, sobretudo, à Avenida Rio Branco, passagem de duas linhas dos também chamados veículos leves sobre trilhos (VLTs).
Só na Rio Branco, trafegam 2.133 coletivos com mais de 22,1 milhões de passageiros por mês e um faturamento bruto anual estimado em R$ 697 milhões nas 146 linhas que cruzam a avenida. Todos esses ônibus desapareceriam e boa parte dessa dinheirama poderia migrar para o Grupo CCR.
A CCR venceu uma concorrência pública para encomendar, por R$ 1,5 milhão, um estudo de viabilidade à consultoria Sinergia Estudos e Projetos para a volta dos bondes modernos, com o lançamento do edital de licitação para a obra previsto para o dia 30 de setembro. A companhia não se pronuncia e nem nega o interesse nos VLTs — que, pelo traçado previsto em seu próprio projeto, serão integrados à sua CCR Barcas, com uma estação na Praça Quinze.
Mas os donos de ônibus estão no páreo. No ano passado, a francesa Transdev, que opera VLTs em nove países, procurou a Fetranspor e uma missão de empresários de ônibus retribuiu a visita, em novembro, em Bordeaux, na França.
Pelo cronograma da Cdurp, a primeira fase de operação das seis linhas deve começar em 2014, tendo como paradas principais a estação das barcas e a Rodoviária Novo Rio. Em 2015, os bondes estarão trafegando pela Rio Branco, no aniversário de 450 anos da cidade. O sistema estará todo completo em 2016.
O bonde do futuro
Além disso, estudos da Cdurp apontam para a eliminação de outros 1.923 ônibus por conta de investimentos em trens, metrô, barcas e na futura Transbrasil, o corredor de coletivos que ligará Deodoro ao Centro.
— Se a CCR ganhar a licitação e cumprir o contrato de concessão, não vejo mal nenhum, e não se pode afirmar antecipadamente que há um conluio. A Barcas não teve mais demanda porque a operação era caótica, afastando o usuário. Quem opera não interessa muito. Se der conta do recado, dentro das regras, ok. O importante não é quem vai operar, mas sim como será operado — afirma José Guerra, engenheiro de transportes da Uerj e ex-presidente da extinta Superintendência Municipal de Transportes Urbanos.
— O que nos importa é que o sistema funcione, que cumpram as regras e que o poder público fiscalize. Não importa quem seja. O negócio é interessante. Se o projeto for todo bem executado, será uma maravilha. Teremos uma outra cidade, toda integrada — diz uma fonte que participa da elaboração dos projetos na região, sem ver motivos contra a participação da CCR na licitação.
Especialista elogia projeto
Sobre a retirada dos ônibus das ruas por onde os bondes passarem, o engenheiro José Guerra é a favor e lembra se tratar de uma ideia dos seus tempos na prefeitura.
— Não haver ônibus onde o bonde passar é bom, com a integração, porque há excesso de coletivos em alguns pontos do Centro. Provavelmente, partiram de um estudo feito há uns dez anos pela prefeitura, reorganizando o transporte de superfície na região. Uma malha de seis linhas, curiosamente, é a que a prefeitura propôs no passado, no tempo do Cesar Maia. O Luiz Paulo Conde, que o sucedeu, teria feito um estudo pelo Instituto Pereira Passos, e nele havia meia dúzia de linhas — diz.
Feito isso, o passo seguinte é o fechamento da Rio Branco entre a Igreja da Candelária e a Cinelândia, como deseja o prefeito Eduardo Paes.
— Fechar a Rio Branco seria possível a partir de um enxugamento do sistema de ônibus que chega ao Centro. Os VLTs fariam com que a gente possa organizar melhor o tráfego. O prefeito está certo, mas com a otimização das linhas e de ônibus. Aí, sim, fecharíamos ruas. Mas tem que haver política de transporte público para não atrairmos mais carros, como fizeram com as garagens subterrâneas. Isso colide com quem quer privilegiar o transporte público. Ou se cobra estacionamento caro porque porque não seria para qualquer um — conclui José Guerra.
Fonte: extra.globo.com
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27/07/2012 - Extra.com
O projeto para a criação de seis linhas de bondes no Centro, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), recuperaria não só o charme do início do século XX, mas também retiraria das ruas mais de 2 mil ônibus, pelas contas da Fetranspor. Segundo o presidente da Cdurp, Jorge Arraes, bondinhos e coletivos não circularão juntos.
— Onde passar o bonde, não haverá ônibus — diz Arraes, referindo-se, sobretudo, à Avenida Rio Branco, passagem de duas linhas dos também chamados veículos leves sobre trilhos (VLTs).
Só na Rio Branco, trafegam 2.133 coletivos com mais de 22,1 milhões de passageiros por mês e um faturamento bruto anual estimado em R$ 697 milhões nas 146 linhas que cruzam a avenida. Todos esses ônibus desapareceriam e boa parte dessa dinheirama poderia migrar para o Grupo CCR.
A CCR venceu uma concorrência pública para encomendar, por R$ 1,5 milhão, um estudo de viabilidade à consultoria Sinergia Estudos e Projetos para a volta dos bondes modernos, com o lançamento do edital de licitação para a obra previsto para o dia 30 de setembro. A companhia não se pronuncia e nem nega o interesse nos VLTs — que, pelo traçado previsto em seu próprio projeto, serão integrados à sua CCR Barcas, com uma estação na Praça Quinze.
Mas os donos de ônibus estão no páreo. No ano passado, a francesa Transdev, que opera VLTs em nove países, procurou a Fetranspor e uma missão de empresários de ônibus retribuiu a visita, em novembro, em Bordeaux, na França.
Pelo cronograma da Cdurp, a primeira fase de operação das seis linhas deve começar em 2014, tendo como paradas principais a estação das barcas e a Rodoviária Novo Rio. Em 2015, os bondes estarão trafegando pela Rio Branco, no aniversário de 450 anos da cidade. O sistema estará todo completo em 2016.
O bonde do futuro
Além disso, estudos da Cdurp apontam para a eliminação de outros 1.923 ônibus por conta de investimentos em trens, metrô, barcas e na futura Transbrasil, o corredor de coletivos que ligará Deodoro ao Centro.
— Se a CCR ganhar a licitação e cumprir o contrato de concessão, não vejo mal nenhum, e não se pode afirmar antecipadamente que há um conluio. A Barcas não teve mais demanda porque a operação era caótica, afastando o usuário. Quem opera não interessa muito. Se der conta do recado, dentro das regras, ok. O importante não é quem vai operar, mas sim como será operado — afirma José Guerra, engenheiro de transportes da Uerj e ex-presidente da extinta Superintendência Municipal de Transportes Urbanos.
— O que nos importa é que o sistema funcione, que cumpram as regras e que o poder público fiscalize. Não importa quem seja. O negócio é interessante. Se o projeto for todo bem executado, será uma maravilha. Teremos uma outra cidade, toda integrada — diz uma fonte que participa da elaboração dos projetos na região, sem ver motivos contra a participação da CCR na licitação.
Especialista elogia projeto
Sobre a retirada dos ônibus das ruas por onde os bondes passarem, o engenheiro José Guerra é a favor e lembra se tratar de uma ideia dos seus tempos na prefeitura.
— Não haver ônibus onde o bonde passar é bom, com a integração, porque há excesso de coletivos em alguns pontos do Centro. Provavelmente, partiram de um estudo feito há uns dez anos pela prefeitura, reorganizando o transporte de superfície na região. Uma malha de seis linhas, curiosamente, é a que a prefeitura propôs no passado, no tempo do Cesar Maia. O Luiz Paulo Conde, que o sucedeu, teria feito um estudo pelo Instituto Pereira Passos, e nele havia meia dúzia de linhas — diz.
Feito isso, o passo seguinte é o fechamento da Rio Branco entre a Igreja da Candelária e a Cinelândia, como deseja o prefeito Eduardo Paes.
— Fechar a Rio Branco seria possível a partir de um enxugamento do sistema de ônibus que chega ao Centro. Os VLTs fariam com que a gente possa organizar melhor o tráfego. O prefeito está certo, mas com a otimização das linhas e de ônibus. Aí, sim, fecharíamos ruas. Mas tem que haver política de transporte público para não atrairmos mais carros, como fizeram com as garagens subterrâneas. Isso colide com quem quer privilegiar o transporte público. Ou se cobra estacionamento caro porque porque não seria para qualquer um — conclui José Guerra.
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