sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cristo Redentor espera por novos trens da Suíça

08/04/2011 - Swissinfo.ch

Localizada no morro do Corcovado, a estátua do Cristo Redentor é o maior símbolo da cidade do Rio de Janeiro, além de ser considerada pela ONU como uma das novas Maravilhas do Mundo.

Diariamente, centenas de pessoas, entre cariocas e turistas brasileiros e estrangeiros, sobem o Corcovado para vê-la. Para subir o morro, boa parte dessas pessoas utiliza o trenzinho que parte do bairro do Cosme Velho, na Zona Sul do Rio, e vai até os pés do Cristo.

Os simpáticos trenzinhos vermelhos que sobem o Corcovado há mais de três décadas foram fabricados na Suíça pela tradicional empresa Stadler, que tem unidades de produção localizadas nas comunas de Bussnang (Cantão de Turgóvia), Altenrhein (Saint-Gallen) e Winterthour (Zurique). Agora, a Companhia Trem do Corcovado, empresa brasileira que administra o acesso por trem ao Cristo Redentor, tenta adquirir três novos trens junto à Stadler, mas esbarra em algumas exigências do governo federal que estão atrasando a conclusão do negócio.

De acordo com a direção da Companhia Trem do Corcovado, os investimentos necessários para a compra dos novos vagões na Suíça giram em torno de R$ 40 milhões. No entanto, o prazo de financiamento que a empresa conseguiu no mercado para obter o crédito necessário para fechar o negócio com os suíços é superior ao tempo que ainda resta de concessão pública para a operação das linhas. Por isso, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), órgão subordinado ao Ministério do Planejamento, ainda não autorizou a efetivação da proposta de compra à Stadler.

De acordo com o diretor da Companhia Trem do Corcovado, Sávio Neves, desde 2009 o pedido de autorização de compra dos novos trens na Suíça aguarda uma resposta afirmativa da SPU. A esse atraso, reclamam integrantes da empresa brasileira, devem ser acrescentados outros três anos necessários para a produção dos vagões na Suíça.

A expectativa dos brasileiros é resolver as pendências com a SPU nos próximos meses, a tempo de efetivar a solicitação da compra dos novos trens junto à Stadler até agosto: "Queremos que os trens cheguem até agosto de 2014. Depois, os técnicos suíços virão ao Rio para nos ajudar a ajustar o trem", afirma o gerente de Manutenção da Companhia Trem do Corcovado, José Joaquim Pinto de Araújo.

Sob medida

Engenheiro, Araújo explica que a Stadler fará os novos trens "sob medida" para o Corcovado, por isso a necessidade de se esperar a confirmação do negócio para dar o pontapé inicial na produção: "Os novos trens irão manter as mesmas características dos trens originais, com tensão de 900 volts e o mesmo padrão de fornecimento energético. Não vamos mexer em absolutamente nada, os trens terão um padrão específico para a nossa estrada".

Se as semelhanças com o trenzinho original contam pontos a favor, as diferenças vêm para melhorar o atendimento ao público. Sávio Neves afirma que os novos trens da Stadler "oferecem 30% de economia de energia e agregam várias inovações tecnológicas da engenharia ferroviária dos últimos 30 anos", além de serem mais confortáveis: "Os novos vagões têm ar-condicionado, são panorâmicos e têm mais espaço entre as poltronas", diz o diretor.

José Araújo afirma que "há uma série de vantagens" técnicas nas novas composições que farão o trajeto Cosme Velho-Corcovado: "Vai ser um trem com a velocidade um pouco maior, que vai chegar a 25 quilômetros por hora. O percurso, que atualmente é feito em 17 minutos, passará a ser feito em doze minutos".

Outra mudança importante acontecerá no sistema de frenagem: "O sistema hoje é hidráulico e o novo sistema vai ser todo a ar. O novo trem terá um inversor de freqüência onde ocorre essa variação de velocidade. Haverá uma regeneração de energia, e a gente vai poder aproveitar a energia do trem quando ele estiver descendo", diz Araújo. Os novos vagões também terão espaço para guardar bicicletas e patinetes.

Fim das filas

Além de maior conforto e modernidade tecnológica, a compra de novos trenzinhos de acesso ao Cristo Redentor promete ajudar a acabar com um conhecido problema para quem opta por subir o Corcovado dessa forma: as filas. Atualmente, a capacidade máxima de transporte é de 340 passageiros por hora, mas pode subir para um patamar de 540 a 600 passageiros por hora: "Isso vai ajudar muito o nosso fluxo, que vem aumentando entre 20% e 30% ao ano nos últimos anos", diz Araújo.

Quanto à escolha da Stadler como fabricante dos novos trens, o gerente de Manutenção da Companhia Trem do Corcovado afirma que foi uma decisão natural: "Consideramos a Stadler uma das maiores fabricantes de trem de montanha. O padrão deles é excelente. Tanto é, que o nosso trem completou no último dia 9 de março 32 anos de funcionamento e continua em perfeito estado. Mas, infelizmente, já não atende mais a nossa demanda, pois o crescimento vem sendo muito forte".

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Burocracia atrapalha planos de renovação dos trens do Corcovado (RJ)

30/03/11 - Jornal de Turismo

O Trem do Corcovado, por onde passam diariamente centenas de turistas a caminho do maior símbolo da Cidade Maravilhosa, há dois anos tenta aprovar na SPU (Secretaria do Patrimônio da União), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, a importação de quatro novos vagões para substituir os atuais, já insuficientes. Dados da Abottc (Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais) mostram que os novos modelos suíços dobrariam a capacidade de passageiros, teriam carros climatizados mais econômicos, pois aproveitam a energia de frenagem, além de compartimentos para bicicletas e patinetes, beneficiando o usuário e  ampliando as atividades de lazer no Parque Nacional da Tijuca. 
 
Segundo o diretor da Companhia Trem do Corcovado, Sávio Neves, que administra o trem que leva ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a empresa está investindo R$ 46 milhões na compra de novas e mais modernas composições que farão o trajeto da estação de embarque, em Laranjeiras, até o monumento. .
 
Com as novas composições a capacidade de turistas transportados vai passar dos atuais 300 passageiros por hora, para 620 passageiros/hora, “acabando com as filas que se formam hoje”, de acordo com Neves. Os trens virão a mesma fábrica dos atuais, que já operam há 30 anos, a Stadler, da Suíça. Ainda de acordo com o dirigente, as novas composições “agregam inovações tecnológicas da engenharia ferroviária nos últimos 30 anos”. “Eles oferecem 30% de economia de energia, por exemplo, tem ar condicionado, são panorâmicos e tem mais espaço entre as poltronas”, afirma.


Presidente da Infraero recebe governador do Acre e anuncia conclusão de parte das obras do Aeroporto de Rio Branco

Centro Histórico do Rio pode ser rota do VLT previsto para os Jogos Olímpicos de 2016 

21/03/11 - Transporte, Idéias e Notícias

O coração do Centro Histórico e comercial do Rio de Janeiro deverá ser rota do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), previsto no planejamento dos Jogos Olímpicos de 2016. O desenho, que foi rebatizado de VLT do Centro, está sendo finalizado pela prefeitura. Está previsto um ramal da rede de bondes modernos que liga a Praça Tiradentes à estação das barcas, na Praça Quinze, atravessando ruas tradicionais e estreitas do bairro, cercadas de igrejas, prédios históricos e lojas comerciais.

O circuito também deverá contar com uma linha partindo do Porto até o Aeroporto Santos Dumont. No entanto, esse último trajeto ainda está sendo fechado por técnicos municipais. As informações são do jornal "O Globo". De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Felipe Góes, as três linhas do VLT do Centro do Rio deverão ter um total de 13 quilômetros de extensão.

A conclusão do projeto básico do sistema deve acontecer em julho. A terceira linha, segundo o projeto, vai cruzar pelo Centro, passando pelas ruas da Constituição e Sete de Setembro, e atravessando a Rua Primeiro de Março e contornando o Paço Imperial para chegar à estação da Praça Quinze. Outro trecho, que circundará toda a área do Porto, passará por parte da Avenida Rodrigues Alves e ruas subutilizadas da região, enquanto outro ramal terá o Aeroporto Santos Dumont como destino. Pelo menos três estações deverão fazer parte da linha Praça Tiradentes-Praça Quinze do VLT do Centro. Duas deverão ficar nas extremidades do circuito e uma no cruzamento da Rua Sete de Setembro com a Avenida Rio Branco. A possibilidade de haver mais paradas não está descartada. "Essa variante do VLT será circular.

O veículo contorna a Praça Tiradentes e pega o caminho para as barcas, retornando de lá pelo mesmo eixo", explica Góes. Já linha da Zona Portuária terá estações de integração com o metrô, na Cidade Nova; com os trens, na Central do Brasil; com o futuro teleférico do Morro da Providência, na altura da Cidade do Samba; com a estação da Leopoldina, hoje desativada, mas planejada para receber a estação final do Trem Bala Rio-São Paulo; e com o terminal marítimo da Praça Mauá. A linha da Zona Portuária é a maior do sistema de VLT. A implantação do VLT do Centro será alvo de uma licitação separada da operação da Parceria Público-Privada (PPP) já contratada para a Zona Portuária. Vencedor da PPP de R$ 7,3 bilhões por um prazo de concessão de 15 anos, o consórcio Porto Novo terá que deixar pronta a calha por onde passará o VLT, mas sua implantação e operação será alvo de outra concorrência.

http://www.transporteideias.com.br/2011/03/21/centro-historico-do-rio-pode-ser-rota-do-vlt-previsto-para-os-jogos-olimpicos-de-2016/

Macaé garante R$ 47 milhões para VLT

28/01/11 - JusBrasil

JusBrasil - O valor será pago pela Caixa Econômica Federal e Macaé (RJ) será o responsável pela compra das máquinas, cerca de R$ 25 milhões.