Nesta segunda-feira, passageiros reclamaram de novas mudanças no tráfego da região
POR BRUNO AMORIM
13/10/2014 - O Globo
Primeiro dia util das obras do VLT na Avenida Rio Branco é alvo de reclamações - Pablo Jacob / Agência O Globo
RIO - A interdição de três faixas da Avenida Rio Branco, entre a Rua Visconde de Inhaúma e a Praça Mauá, para obras de instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), deve durar um ano. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, uma nova intervenção na via já está sendo programada para novembro, desta vez entre a Visconde de Inhaúma e a Avenida Presidente Vargas.
AS IMAGENS DO PRIMEIRO DIA ÚTIL DE INTERDIÇÃO NA RIO BRANCO
- É a primeira interdição exclusiva para o VLT. Já temos obras na Via Binário e no Túnel da Providência. Esse trecho da Rio Branco estava com capacidade ociosa. São seis faixas e nós interditamos três. É um trecho pequeno, mas todo trecho que pudermos adiantar é importante para cumprir o cronograma - explicou.
Nesta segunda-feira, o primeiro dia útil de uma nova etapa de mudanças no trânsito da Rio Branco, foi alvo de muita reclamação de passageiros que tentavam embarcar em ônibus na região. Com a interdição de três faixas da via, os pontos foram deslocados para o meio da pista, com uma pequena área de recuo. Os pedestres alegam que precisam descer na rua e caminhar cerca de 200 metros entre carros e tapumes, até o acesso à calcada.
Passageiros de ônibus são obrigados a saltar na rua e andar 200 metros até a calçada - Pablo Jacob / Agência O Globo
A servente Adriana Pereira, que trabalha no edifício de número 25 da Rio Branco, acredita que as novas interdições vão causar muitos transtornos, principalmente na hora de voltar para casa:
- Pegar ônibus nesse ponto já era ruim. Agora, no meio da rua, vai ser muito pior. No fim da tarde vai ser uma grande confusão.
A secretária Majô Peres não gostou de desembarcar no meio da pista e andar até a calçada.
- É muito desagradável caminhar em uma faixa tão estreita, no meio dos carros - reclamou Peres.
Já o analista de sistemas Israel Moura, que sempre pega ônibus no trecho inicial da Avenida Rio Branco, estava se sentindo perdido com as mudanças na região.
- Estou me sentindo inseguro de esperar meu ônibus no meio da rua. Notei que ficaram faltando as placas com os pontos de cada linha. Nem sei se meu ônibus vai parar aqui - disse.
As mudanças no trânsito do Centro para as obras de revitalização do Porto vão exigir paciência dos cariocas. Três faixas da via, entre a Rua Visconde de Inhaúma e a Praça Mauá, foram interditadas no sábado e só serão reabertas daqui a um ano. A interdição ocorrerá em dias úteis e nos fins de semana. Agentes da CET-Rio orientam os motoristas e os funcionários do consorcio vLT Carioca distribuem panfletos informativos sobre a obra desde o início da manhã.
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No sábado, primeiro dia da alteração, a mudança já causava bastante transtorno. A pequena área de recuo que fica ao lado do novo ponto de ônibus não era respeitada pelos motoristas de coletivos. Ao pararem para o embarque e desembarque de passageiros, os veículos interditavam mais uma faixa da avenida. A prefeitura não espera um grande impacto no tráfego porque o fluxo de veículos no trecho já teria sido reduzido desde que o sentido foi invertido, em fevereiro.
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