quarta-feira, 5 de agosto de 2015

VLT do Rio não estará imune a alagamentos

Em caso de inundação, serviço será interrompido no trecho atingido

POR RAFAEL GALDO

05/08/2015 - O Globo

RIO - O novo VLT carioca não estará imune a fortes chuvas. Em caso de alagamento no caminho das composições, a energização dos trilhos nas áreas inundadas será interrompida, com a paralisação momentânea do serviço no trecho. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), essa é uma decisão que será tomada por motivo de segurança, e fará parte de uma série de medidas para manter a fluidez do sistema, em caso de situações adversas, como enchentes, acidentes ou falhas mecânicas nos modernos bondes. Os módulos do segundo trem já chegaram ao Rio e, na noite de ontem, deixariam o porto em direção à Rua General Luís Mendes de Moraes, próximo à Rodoviária Novo Rio.

Em relação aos alagamentos, a Cdurp afirma que a circulação vai parar apenas nos trechos com ruas submersas, sem prejudicar os demais trajetos. De acordo com a companhia, a medida seria aplicada a qualquer tipo de transporte que opere com a mesma tecnologia do VLT carioca. Nesse caso, um sistema chamado de APS (sigla para "alimentação pelo solo"), com fornecimento de energia para as composições através dos trilhos, sem a necessidade de instalação de redes áreas de eletricidade. Para evitar problemas durante os temporais, ao longo dos trilhos haverá um sistema de escoamento de águas superficiais interligado à macrodrenagem pluvial da prefeitura.

VELOCIDADE MÉDIA DE 17 KM/H

A Cdurp também estuda alternativas para casos de problema mecânico ou acidentes que impeçam a viagem. O trem poderá ser rebocado por um VLT vazio ou levado para manutenção por um veículo rodoferroviário, que circulará pelos trilhos ou pelo asfalto.

Para evitar acidentes, o engenheiro de transportes José Eugênio Leal, da PUC-Rio, sugere medidas como investir, desde já, em educação no trânsito, para que os cariocas se acostumem com os VLTs, que rodarão numa velocidade média de 17 km/h. Segundo o professor, que voltou esta semana de uma viagem por cidades da Europa onde há esses veículos, os maiores riscos nesse tipo de sistema são atropelamentos e colisões com carros em cruzamentos:

- Para minimizar acidentes, podem usar sinais sonoros e barreiras que não deixem pedestres cruzar ruas fora da faixa. Em algumas cidades, há faixas em formato de "Z", em vez de retas, que induzem o pedestre a olhar para os dois lados.

Segundo a Cdurp, o VLT circulará, na maior parte do trajeto, em vias exclusivas, exceto nos cruzamentos, onde os motoristas precisarão redobrar a atenção. Os bondes modernos atravessarão, por exemplo, a movimentada Avenida Presidente Vargas, perto do Campo de Santana e da Candelária.

Nessas áreas, a prioridade será do trem, conforme determinação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Para garantir a segurança, os condutores dos VLTs, segundo a Cdurp, terão uma qualificação especial, que incluíra aulas de direção defensiva. E terão à disposição dispositivos como a frenagem de emergência para situações críticas. Equipes técnicas da concessionária estarão posicionadas 24 horas por dia, em pontos estratégicos do trajeto.

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