sábado, 28 de março de 2015

VLT começa a ter via instalada na Zona Portuária e tem testes marcados para o fim do ano

Obras estão em ritmo acelerado para atender cariocas e turistas antes das Olimpíadas. Tarifa deverá ser a mesma do ônibus

POR MARCO GRILLO

28/03/2015 - O Globo

Operários trabalham na obra do VLT na Rua General Luiz Mendes de Moraes, ao lado da rodoviária - Marcelo Carnaval / Agência O Globo


RIO — Os primeiros metros de trilhos já foram colocados, a tarifa está perto de ser definida, e o público terá acesso ao sistema no fim do ano — ainda que em fase de testes operacionais. As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), espécie de bonde moderno, rasgam ruas do Centro e da Zona Portuária em ritmo acelerado para atender cariocas e turistas antes dos Jogos Olímpicos de 2016. A passagem deverá ser idêntica à dos ônibus municipais (hoje R$ 3,40). A tarifa ainda não foi fechada, mas um dos argumentos favoráveis ao preço igual é a integração, já que o novo modal também aceitará o bilhete único — e com validação voluntária, sem cobradores ou roletas em quase a totalidade do percurso.

— É a hipótese mais provável (o valor de R$ 3,40). O que a gente pode afirmar é que a passagem não será mais cara que a do metrô (que subirá para R$ 3,70 em 2 de abril) — afirmou o subsecretário de Projetos Estruturantes da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Gustavo Guerrante.

400 METROS DE TRILHOS JÁ INSTALADOS

A frente mais avançada está na Rua General Luiz Mendes de Morais, no Santo Cristo, nas proximidades da Rodoviária Novo Rio. Na madrugada de quarta-feira, 400 metros de trilhos foram instalados no local. A operação foi complexa. As estruturas — cada uma com 18 metros de comprimento e pesando cerca de uma tonelada — foram levadas em carretas e colocadas sobre os dormentes com a ajuda de operários e de uma máquina.

Outras ações estão acontecendo no trecho que sai da rodoviária e vai até o Aeroporto Santos Dumont, incluindo as Avenidas Rodrigues Alves, Binário, Rio Branco e Beira-Mar. O próximo local a receber os trilhos será a Avenida Binário. O Centro Integrado de Operação e Manutenção, que vai concentrar os sistemas operacionais (como sinalização e energia) e funcionar como oficina para os veículos, está sendo construído no Galpão Gamboa. Esta é a primeira etapa da obra, segundo a Cdurp, responsável pela gestão das intervenções relacionadas ao Porto Maravilha.

A segunda fase consiste na ligação entre a Central e a Praça Quinze. As obras nesse trecho ainda não ganharam a mesma dimensão, mas há ações preliminares em curso, como a remoção de canos, especialmente no entorno da Central. Assim como nos locais afetados pela primeira etapa, haverá alterações no trânsito também no segundo trecho. Uma das questões já definidas é que a Avenida Marechal Floriano, que faz parte do traçado, não será completamente interrompida, por causa da alta demanda de tráfego. O modelo de operação parcial na via ainda está sendo estudado.

O empreendimento é executado pelo Consórcio VLT Carioca, composto por Odebrecht Transport, CCR, Invepar e RioPar Participações, cada uma das empresas com 24,875%. Há ainda os minoritários Benito Roggio Transporte e RATP do Brasil Operações, Participações e Prestações de Serviços para Transporte, com 0,25%. O grupo também vai operar o VLT, com uma concessão que tem prazo de 25 anos. A obra tem custo de R$ 1,157 bilhão. Deste montante, R$ 532 milhões são provenientes da União, e o restante é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP). A iniciativa privada antecipa os R$ 625 milhões e, ao longo do período de concessão, a prefeitura faz os repasses mensais. Recentemente, o prefeito Eduardo Paes afirmou que já adiantou ao consórcio cerca de R$ 150 milhões do valor de responsabilidade do governo federal. A verba foi contingenciada dentro do cenário de ajuste fiscal implementado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ainda não há prazo definido para a União ajustar os pagamentos, mas a prefeitura garante que vai adiantar recursos sempre que necessário.

No fim do ano, alguns trechos do traçado que vai da rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont vão receber passageiros, que poderão andar gratuitamente. Ainda não há garantias de que a circulação será integral, porque não existe a certeza se toda a via será eletrificada a tempo. A operação comercial completa está prevista para o primeiro semestre do ano que vem. Já a do trecho da Central à Praça Quinze está prevista para setembro de 2016.

— A ideia é que as pessoas se familiarizem com o sistema. Até o fim do ano, a gente espera concluir toda a primeira etapa — diz Gustavo Guerrante.

Ao todo, serão 28 quilômetros de extensão, com quatro estações fechadas (Rodoviária, Central, Barcas e Aeroporto), 28 paradas e seis linhas em funcionamento. A previsão é que 300 mil pessoas usem o transporte por dia. Haverá integração com trens, barcas e metrô. Há um protótipo do VLT em exposição na Cinelândia que pode ser visitado de segunda a sexta, entre 9h e 19h, e sábado, das 9h às 14h.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/vlt-comeca-ter-via-instalada-na-zona-portuaria-tem-testes-marcados-para-fim-do-ano-15723718#ixzz3VgiX8I7L 
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sexta-feira, 27 de março de 2015

Retirada de escultura para obra de VLT causa polêmica no Rio

27/03/2015 - O Globo

Artistas e intelectuais estão mobilizados em impedir a retirada da obra "Escultura para o Rio", de Waltércio Caldas, para a passagem do VLT na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro. Um abraço em defesa do monumento foi marcado pelas redes sociais para acontecer hoje ao meio-dia. A obra faz parte de um conjunto de esculturas assinadas por artistas contemporâneos feitas na década de 1990. Dos cinco monumentos públicos, dois já foram retirados de seus locais originais.

Como noticiou na quarta- feira a coluna Gente Boa, do GLOBO, a escultura está no traçado do VLT e, segundo Caldas, seria derrubada pela prefeitura. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), responsável pelas obras no local, marcou uma reunião com o artista para decidir o que será feito com o trabalho.

— Fui informado por dois engenheiros que a escultura estava no trajeto da obra e que, embora tivessem considerado desviar de árvores, não tinham considerado o monumento — afirma o artista.

A obra de Caldas faz parte do projeto Esculturas Urbanas, promovido pela Secretaria municipal de Cultura em 1997. Um comitê de críticos convidou cinco artistas para criarem trabalhos para o Centro do Rio. Além de Caldas, participaram Franz Weissmann, José Resende, Ivens Machado e Amílcar de Castro. Porém, tanto a escultura de Ivens, que estava na Rua da Carioca, como a de Amílcar, que ficava na Praça Tiradentes, já foram removidas de seus cenários originais.

— Fiquei bastante abalado ao ver que minha escultura não estava mais lá, mas entendi que eles precisavam retirar para fazer uma obra. Espero ao menos ser consultado caso coloquem- na em outro lugar — lamenta Ivens Machado, cujo trabalho foi retirado no ano passado por causa de obras no Centro.

A Secretaria municipal de Conservação informou que a escultura de Ivens foi levada para a sede da Gerência de Monumentos e Chafarizes e será recolocada no endereço original após a conclusão das obras. Já a escultura de Amílcar, que está no fim do canteiro central da Avenida Delfim Moreira, no Leblon, foi deslocada a pedido da família do artista, morto em 2002.

Helena Severo, que comandava a Secretaria de Cultura quando o projeto foi criado, lamenta a decisão da prefeitura de retirar as obras de seus endereços originais. Ela argumenta que a localização foi discutida pela comissão responsável, e sua mudança prejudica o conceito da obra.

Uma das pessoas que confirmaram presença no "abraço coletivo", a crítica de arte Daniela Name defende que mudanças sejam debatidas com o artista e a sociedade. Ela ressalta que a obra é uma das esculturas contemporâneas públicas mais importantes da cidade.

Primeiros trilhos do VLT são instalados na Zona Portuária do Rio

27/03/2015 - G1 Rio

A Prefeitura do Rio instalou na madrugada desta quinta-feira (26) os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Foram implantados 400 metros de trilhos na Rua General Luiz Mendes de Morais, no entorno da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Mais de 500 operários participam desta etapa de execução da pré-montagem dos trilhos da via permanente do VLT.

Posteriormente, serão fixados dormentes e trilhos e, em seguida, equipamentos e cabos de sinalização e energia. A concretagem e a camada de cobertura, sempre de acordo com a urbanização de cada ponto da passagem, finalizam a implantação do caminho do VLT.
O VLT é um projeto da prefeitura do Rio de Janeiro e integra as intervenções da Operação Urbana Porto Maravilha. Cada carro do VLT Carioca trafegará com velocidade média de 17 km/h e transportará até 420 passageiros. O sistema de pagamento será por validação voluntária, integrado ao Bilhete Único.

Assim que todas as linhas estiverem operando, a capacidade de transporte atingirá até 300 mil passageiros por dia. Os intervalos entre um trem e outro poderão variar entre três e 15 minutos, de acordo com a linha, demanda e horário. O VLT Carioca não tem catenárias - cabos aéreos para captação da energia elétrica. O fornecimento se dará com a alimentação de energia pelo solo (sistema APS).
Um protótipo do veículo está aberto à visitação na Cinelândia de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. Vídeo e conteúdo expositivo apresentam detalhes sobre trajeto e funcionamento do VLT. O público poderá visitar as instalações internas, receber informações detalhadas sobre o projeto, tirar dúvidas e assistir a vídeos.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Prefeitura instala primeiros trilhos do VLT

25/03/2015 - Cdurp

Trilhos VLT - by CDURP by raffasoares, on Flickr

Trilhos VLT - by CDURP by raffasoares, on Flickr

Trilhos VLT - by CDURP by raffasoares, on Flickr



Baixe as fotos (Alta Resolução)
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http://portomaravilha.com.br/materias/trilhos-vlt/2.jpg 
http://portomaravilha.com.br/materias/trilhos-vlt/3.jpg

A Prefeitura do Rio instalou nesta madrugada os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A concessionária do VLT Carioca, contratada para implantação e operação do sistema, assentou 400 metros na Rua General Luiz Mendes de Morais, no entorno da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Cada barra de trilho deste trecho mede 18 metros de comprimento. O material de confecção permite adequação das peças na formação de curvas para acompanhamento do trajeto. Mais de 500 operários participam desta etapa de execução da pré-montagem dos trilhos da via permanente do VLT. Na sequência, serão fixados dormentes e trilhos e, em seguida, equipamentos e cabos de sinalização e energia. A concretagem e a camada de cobertura, sempre de acordo com a urbanização de cada ponto da passagem, finalizam a implantação do caminho do VLT.

O VLT é um projeto da prefeitura do Rio de Janeiro e integra as intervenções da Operação Urbana Porto Maravilha. O novo modal promoverá a integração, atendendo usuários dos diversos sistemas de transporte públicos já existentes e distribuindo passageiros nas diversas regiões que compõem a área central da cidade. A partir do VLT, passageiros poderão fazer a conexão com outros meios de transporte nas interligações com a Rodoviária Novo Rio, a Central do Brasil (trens e metrô), Barcas e o Aeroporto Santos Dumont, além dos BRTs, linhas de ônibus convencionais, terminal de cruzeiros marítimos e o Teleférico do Morro da Providência.

As obras da concessionária começaram em 2014, no Túnel Ferroviário sob o Morro da Providência, e atualmente se estendem pela Avenida Rio Branco e Via Binário do Porto, incluindo o Túnel da Saúde (Nina Rabha), com passagem exclusiva para o novo modal. Outra intervenção em curso é a construção do Centro Integrado de Operação e Manutenção (Ciom), na Gamboa, próximo à estação do Teleférico do Morro da Providência. O primeiro trecho do VLT, ou Rede Prioritária, ligará a rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont. O segundo fará a interligação entre a Central do Brasil e a Praça XV.

Inovação e tecnologia

A implantação do VLT Carioca disponibilizará à população e aos visitantes alternativa de mobilidade urbana inovadora e moderna no Centro e na Região Portuária, áreas com grande vocação turística (cultural e gastronômica), além de criar um sistema que integra o centro financeiro e o corredor cultural aos demais modais. Cada carro do VLT Carioca trafegará com velocidade média de 17 km/h e transportará até 420 passageiros. O sistema de pagamento será por validação voluntária, integrado ao Bilhete Único. Assim que todas as linhas estiverem operando, a capacidade de transporte atingirá até 300 mil passageiros por dia. Os intervalos entre um trem e outro poderão variar entre três e 15 minutos, de acordo com a linha, demanda e horário. O VLT Carioca não tem catenárias - cabos aéreos para captação da energia elétrica. O fornecimento se dará com a alimentação de energia pelo solo (sistema APS).


Conheça o VLT

O protótipo do veículo fica aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. Vídeo e conteúdo expositivo apresentam detalhes sobre trajeto e funcionamento do VLT.O público poderá visitar as instalações internas, receber informações detalhadas sobre o projeto, tirar dúvidas e assistir a vídeos.

Fonte: CDURP

O Rio de volta aos trilhos

26/03/2015 - O Globo


O que você vê acima são os primeiros dormentes do VLT carioca. Ontem à noite, começaram a ser colocados sobre eles os trilhos na Rua General Luiz Mendes de Morais, próximo à rodoviária.

É o Rio de volta aos trilhos.

Parece que foi ontem. A partir do fim do século XIX foi plantada nas ruas da cidade uma rede de trilhos e, sobre eles, os bondes que durante décadas encurtaram nossas distâncias.

O prefeito Eduardo Paes prevê para dezembro o início da operação — em fase de testes — do VLT do Centro, num trecho ainda a ser definido entre a rodoviária e o Santos Dumont.

Em abril do ano que vem, deve começar a operar comercialmente. Vamos torcer, vamos cobrar!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Protótipo do VLT ficará em exposição na Cinelândia

23/03/2015 - O Globo 

Um rapaz fotografa o primeiro protótipo do VLT que, desde ontem, está em exposição na Cinelândia. O trecho inicial, da rodoviária ao Aeroporto Santos Dumont, será inaugurado em 2016. Os cariocas já podem sentir o gostinho de como será andar em um dos veículos leves sobre trilhos ( VLTs) que começarão a circular no Centro e na Zona Portuária no primeiro semestre de 2016. Desde ontem, um protótipo do VLT está em exposição na Cinelândia. O veículo está aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. Quando estiver em circulação, a previsão é que o VLT Carioca transporte até 300 mil pessoas por dia. Cada trem pode levar até 420 passageiros. O prefeito Eduardo Paes, que visitou o protótipo ontem e abriu as comemorações da semana pelos 500 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, classificou o VLT como "um bonde moderno" e afirmou que a rede será responsável por interligar todos os meios de transporte que chegam à cidade do Rio, incluindo uma estação até no Aeroporto Santos Dumont.

— Todo mundo que chegar ao Rio de Janeiro vai ter acesso a esse transporte moderno, ecologicamente correto, que vai permitir a diminuição do número de carros e ônibus no Centro da cidade. É um bonde moderno, a volta daquilo que nunca deveria ter saído do Rio de Janeiro — disse Paes. — É claro que, quando você provoca esse transtorno todo na vida das pessoas, e aqui na Rio Branco (ele se referia às obras na avenida), é importante que elas tenham noção do que vem por aí. Esse será mais um legado das Olimpíadas.

PRAZOS FORAM ADIADOS

O prefeito garantiu que o VLT estará em funcionamento antes dos Jogos. No cronograma original, o início da primeira fase de operação estava marcado para julho deste ano, e a segunda fase para março de 2016. Agora a previsão é que os primeiros bondes comecem a circular pelo trecho que vai da Rodoviária Novo Rio até o Aeroporto Santos Dumont no fim de 2015 — passando pela Avenida Rodrigues Alves, Praça Mauá e Avenida Rio Branco —, mas apenas para testes operacionais. A operação comercial foi adiada para o primeiro semestre do ano que vem.

A segunda etapa inclui a ligação entre a Central do Brasil e a Praça Quinze, passando, por um lado, pela Avenida Marechal Floriano, e, por outro, pelo Campo de Santana, Praça Tiradentes, Largo da Carioca e Rua Sete de Setembro. A previsão é que este segundo trecho, que vai conectar também o Santo Cristo à Avenida Rodrigues Alves pela Gamboa, esteja em operação comercial em setembro de 2016. O prefeito garantiu que os prazos serão cumpridos.

— O VLT sai para as Olimpíadas. A gente começa a ter trem circulando já no final deste ano, ainda em fase de testes operacionais, com a população utilizando no primeiro semestre do ano que vem. As obras estão dentro do cronograma. Para desgraça de alguns, vamos entregar tudo em dia — disse Paes, que não acredita que o serviço sofrerá com a superlotação observada nos ônibus do BRT, especialmente o Transoeste. — Vamos começar com calma. É um sistema novo, as pessoas vão ter que se acostumar com ele. É uma alternativa importante ao carro e ao ônibus e tem que ser implementada aos poucos, para não gerar problema de superlotação. Talvez o problema do Transoeste tenha sido o subdimensionamento de algumas estações, como a do centro de Santa Cruz, que é pequena para a quantidade de pessoas que vivem lá.

A rede dos chamados bondes modernos terá 28 quilômetros de trilhos. Ao todo, serão utilizados 32 veículos formados por sete módulos integrados, somando 44 metros de cumprimento. Os cinco primeiros serão fabricados na França e os outros 27 na fábrica da empresa francesa Alstom em Taubaté, no interior de São Paulo. O primeiro deve chegar à cidade em abril. A velocidade média será de 17km/h. Os intervalos devem variar entre três e 15 minutos, dependendo da linha e do horário. De madrugada, os veículos circularão de 30 em 30 minutos.

Não haverá cobradores, nem roletas nos VLTs. O sistema de pagamento prevê a utilização do Bilhete Único e a validação voluntária: ou seja, vai depender da boa-fé dos passageiros. Esse modelo — utilizado em diversas cidades do mundo, como Genebra, na Suíça, e Istambul, na Turquia — será adotado no Rio pela impossibilidade de construir estações fechadas ao longo do trajeto do novo meio de transporte. Apenas as paradas na rodoviária, na Central do Brasil, na estação das barcas e no Santos Dumont serão fechadas. O preço da passagem deve ser o mesmo dos ônibus municipais, e a prefeitura estuda ampliar o tempo para utilização do Bilhete Único, de 2h30m para 3h. O secretário estadual de Transportes, Rafael Picciani, informou que o município ainda discute a maneira de cobrar a menor tarifa possível.

— Nós estamos estudando a melhor maneira de bilhetagem, vamos buscar um formato que onere o mínimo possível os passageiros. Nosso interesse é dar ao Centro da cidade maior mobilidade, sem que sejam utilizados ônibus e carros — afirmou Picciani.

Para o secretário, a exposição é uma forma também de a população conhecer melhor o novo meio de transporte. Como o VLT divide espaço com os pedestres, a preocupação é evitar acidentes.

— Naturalmente, com a operação de um novo modal, a população precisa se habituar com ele. No mundo todo, o VLT é utilizado em convívio com os pedestres. Aqui está a oportunidade para as pessoas terem contato com as linhas que existirão, com esse novo modelo.

As seis linhas do VLT Carioca previstas são: Francisco Bicalho-Fórum; Central-Praça Mauá; Saara (Praça da República-Praça Tiradentes-Largo da Carioca- Praça Quinze); Central- Fórum; Central- Francisco Bicalho; Praça Mauá-Francisco Bicalho. 

RJ Notícias

Prefeitura do Rio leva protótipo do VLT ao Centro

O prefeito Eduardo Paes inaugurou neste domingo (22/03) espaço de exposição do protótipo do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na Praça da Cinelândia, como parte das comemorações pelos 500 dias que faltam para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Futuros passageiros já podem conferir e tirar todas as dúvidas sobre os bondes que cruzarão o Centro e a Região Portuária a partir do ano que vem. O veículo fica aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. O novo modelo de transporte integrará barcas, Aeroporto Santos Dumont, trens, metrô, teleférico do Morro da Providência, ônibus convencionais e BRTs (Bus Rapid Transit).

 – O VLT vai ser o grande integrador de todos os modais de transporte da Região Metropolitana do Rio, não só da cidade. Todo mundo que chegar de barca, de trem, de metrô, de BRT, de avião no Rio de Janeiro vai ter acesso a esse transporte moderno, ecologicamente correto, que vai permitir tirar carros do Centro da cidade. Essa é uma evolução que a cidade esperava há muito tempo, um bonde moderno, a volta daquilo que nunca deveria ter saído do Rio de Janeiro. Abrindo a semana dos 500 dias que faltam para as Olimpíadas esse é mais um legado – explicou o prefeito.

O público poderá visitar as instalações internas do protótipo, receber informações detalhadas sobre o projeto, tirar dúvidas e assistir a um vídeo com a simulação detalhada do trajeto e funcionamento do VLT Carioca, que deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2016. Visitantes também poderão conhecer os principais marcos do projeto e do processo de revitalização das regiões central e portuária da cidade em exposição a céu aberto. Morador de Vila Isabel, Antonio Máximo visitou o espaço e pôde tirar as dúvidas que surgiram enquanto ele circulava pelo Centro e via as obras do VLT:

– Consegui tirar todas as dúvidas que tinha sobre a circulação do VLT. Achei muito confortável e apoio a iniciativa.

Um dos mais importantes legados à população que será deixado a partir do processo de revitalização do Centro e da Região Portuária do Rio de Janeiro, o VLT Carioca é um projeto da Prefeitura do Rio. As obras começaram em 2014, no Túnel Ferroviário sob o Morro da Providência, e atualmente avançam por toda a extensão da avenida Rio Branco. As intervenções do VLT Carioca estão em andamento também na Rua General Luiz Mendes de Morais, no Santo Cristo,  e na Via Binário do Porto, incluindo o Túnel da Saúde (Nina Rabha), que tem passagem exclusiva para o novo modal. Outra intervenção em curso é a construção do Centro Integrado de Operação e Manutenção (Ciom), na Gamboa, próximo à estação do Teleférico do Morro da Providência. O primeiro trecho do VLT, ou Rede Prioritária, tem aproximadamente 28 km de extensão e 32 paradas ligando a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont. O segundo trecho fará a interligação entre a Central do Brasil e a Praça XV.

– É um novo modal, a população precisa se habituar a ele. Esse é um veículo que no mundo todo é utilizado em convívio com pedestres, então a população precisa conhecê-lo e aqui está a oportunidade de acontecer esse primeiro contato com as linhas que existirão e com o modelo. Nós estamos estudando a maneira de bilhetagem, quanto custará, mas certamente esse é um transporte onde a prefeitura buscará um formato que onere o mínimo possível os passageiros – pontuou o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.

 O VLT é um novo modal que promoverá a integração atendendo aos usuários dos diversos sistemas de transporte públicos já existentes e conectando passageiros nas regiões que compõem a área central da cidade. Cada carro do VLT Carioca trafegará com velocidade média de 17 km/h e transportará até 420 passageiros. O sistema de pagamento prevê utilização do Bilhete Único e validação voluntária. Assim que todas as linhas estiverem operando, o veículo terá capacidade para transportar até 300 mil passageiros por dia. Os intervalos entre um trem e outro poderão variar entre três e 15 minutos, de acordo com a linha, demanda e horário.

O VLT Carioca será um dos primeiros do mundo sem uso das catenárias, cabos aéreos para captação da energia elétrica. O fornecimento se dará com a Alimentação de energia Pelo Solo (sistema APS), método adotado em grandes cidades europeias. Além disso, os vagões serão climatizados e contarão com sistema de alto-falante e de câmeras de vigilância, acessibilidade e oito portas por lateral. A circulação será 24 horas por dia e as paradas vão contar com painéis informativos sobre tempo e destino.

 O vagão impressionou a turista  chilena Viviana Munoz, que está visitando o Brasil pela primeira vez.

 – Achei uma maravilha. Temos um sistema semelhante no Chile, mas esse é muito mais moderno. Tenho a impressão de que as Olimpíadas aqui serão um sucesso, vejo que estão pensando em tudo, não falta nada – comentou.

Manchete Online - RJ

Passageiros podem conhecer VLT em exposição na Cinelândia

Quem quiser andar em um dos veículos leves sobre trilhos (VLTs) pode passar na Cinelândia e experimentar. Desde domingo (23), um "bonde" do VLT está em exposição. As visitas vão acontecer de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Aos sábados, das 9h às 14h.

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pode ser considerado uma espécie de bonde moderno, que irá circular no Centro do Rio, na Zona Portuária no Aeroporto Santos Dumont. O novo transporte está previsto para circular no primeiro semestre de 2016.

De acordo com o projeto, serão seis linhas com 42 paradas distribuídas por 28 Km de vias. Haverá integração com o MetrôRio, trens, Barcas, BRT, a rede de ônibus e ao Teleférico da Providência. Além disso, terá paradas na Rodoviária Novo-Rio e na Central do Brasil.

A previsão é de que 285 mil passageiros utilizem o transporte por dia. O sistema de pagamento inclui a utilização do Bilhete Único Carioca de transporte. Cada carro poderá transportar até 415 passageiros e o intervalo entre os VLTs poderá variar entre três e 15 minutos, conforme a linha e horário do dia.

 

domingo, 22 de março de 2015

Na Cinelândia, cariocas poderão conhecer o protótipo do futuro VLT

Previsão é a de que Veículo Leve sobre Trilhos comece a operar no primeiro semestre de 2016

POR LEONARDO CAZES

22/03/2015 - O Globo

Carioca aproveita para fotografar o protótipo do VLT, apresentado na Cinelândia neste domingo - 
Gabriel de Paiva / Agência O Globo

 
RIO - A partir desta segunda-feira, os cariocas poderão conhecer por dentro o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que vai operar no Centro e a Zona Portuária do Rio a partir de 2016. A visitação ao protótipo do trem foi aberta neste domingo pelo prefeito Eduardo Paes. Quando estiver em circulação, o VLT Carioca terá capacidade de transportar até 420 passageiros. O veículo ficará aberto a visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. Dentro do vagão, um vídeo contará detalhes de funcionamento do sistema.

O prefeito ressaltou que o VLT Carioca será responsável pela ligação entre todos os modais de transporte que atendem a região metropolitana do Rio: trens, metrô, barcas e BRT, além do Aeroporto Santos Dumont e da Rodoviária Novo Rio.

— Todo mundo que chegar no Rio de Janeiro vai poder ter acesso a esse transporte moderno, ecologicamente correto, que vai permitir a diminuição do número de carros e ônibus no Centro da cidade. É um bonde moderno, a volta daquilo que nunca deveria ter saído do Rio de Janeiro — afirmou o prefeito.

Perguntado se o VLT não sofreria com os problemas de superlotação observados nos BRTs em funcionamento, especialmente o Transoeste, Paes disse que o sistema será implantado aos poucos.

— Vamos começar com calma. É um sistema novo, as pessoas vão ter que se acostumar com ele. É uma alternativa importante ao carro e ao ônibus e tem que ser implementada aos poucos para não gerar problema de superlotação. Talvez o problema do Transoeste tenha sido o subdimensionamento de algumas estações, como a do centro de Santa Cruz, que é pequena para a quantidade de pessoas que vivem lá.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/na-cinelandia-cariocas-poderao-conhecer-prototipo-do-futuro-vlt-15668816#ixzz3VAb5BXxG 
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O DIA conhece em Dubai sistema VLT que será instalado no Centro do Rio

21/03/2015 O Dia

Transporte sobre trilhos foi inaugurado há quatro meses na cidade

CLAUDIO SOUZA

Dubai (Emirados Árabes Unidos) - Visto por fora, mais parece um trem moderno do que um bonde, nome de seu antepassado, que, em inglês, "tram", ainda é mantido. No Brasil, no entanto, esse novo meio de transporte foi batizado de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e deve estrear no Rio em abril do ano que vem. O DIA foi conhecer o modelo Citadis, o mesmo que será instalado nas seis linhas que ligarão o Centro à Zona Portuária e que, desde novembro, já circula pelas ruas de Dubai.

A cidade nos Emirados Árabes Unidos foi a primeira do mundo a ter um VLT 100% livre de catenária, ou seja, sem os cabos aéreos de energia para alimentar os veículos. O Rio será a segunda. O sistema, chamado de APS e desenvolvido pela fabricante do Citadis, a francesa Alstom, fornece eletricidade pelos trilhos, que são energizados somente no exato local onde a composição está passando. 
 
Os trilhos em Dubai são protegidos por grades, com pontos sinalizados para as travessias

Foto:  Claudio de Souza / Agência O Dia

A versão carioca teve algumas adaptações por causa das especificidades da cidade. "Nos cruzamentos das linhas com avenidas de tráfego muito pesado, o APS exigiria maior manutenção. Então, no Rio, a melhor solução foi um sistema híbrido de APS e capacitores, que são baterias carregadas enquanto o veículo circula nos trechos de trilhos energizados", explica o diretor de Mercado e Portfólio da Alstom Transport, Christian Messelyn. O executivo diz que, além da vantagem no aspecto visual, já que não há fios cortando a cidade, o projeto sem catenária causa menor interferência urbana, reduzindo riscos de interrupção do serviço com quedas de árvores ou acidentes.

Com interior amplo, sem divisórias entre os módulos (vagões), o VLT Citadis é silencioso. O ar-condicionado, projetado para as temperaturas que chegam a 50 graus no verão de Dubai, será o mesmo na versão carioca, garantiu o subsecretário de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP) do Rio, Gustavo Guerrante. "A diferença é que temos mais chuvas. Por isso encomendamos um sistema APS à prova d'água que é um pouco mais caro, mas o VLT funcionará mesmo se houver alagamento das vias."
 
O interior do veículo é amplo e sem divisórias dos vagões

Foto:  Claudio de Souza / Agência O Dia

Assim como em Dubai, cada composição carioca terá sete módulos e capacidade para levar até 415 passageiros. Quatro meses após a inauguração, o VLT da cidade árabe transporta 10 mil pessoas por dia e tem a meta de chegar a 26 mil passageiros diários. "O VLT está em uma área limitada de Dubai. Eu uso para ir até a estação do metrô", diz o estudante Abu Muhammad Lili, de 24 anos. No Rio, será muito mais gente e a integração com outros meios de transporte também será chave para o sucesso. A prefeitura espera até 300 mil passageiros por dia. Enquanto em Dubai são 11 VLTs em 11 quilômetros, aqui serão 32 veículos em 26 quilômetros.

Rio estuda ampliar Bilhete Único 

A versão carioca do VLT terá os validadores de bilhetes dentro dos veículos. Em Dubai, esses equipamentos ficam nas estações que são fechadas, com refrigeração, mas sem roletas, coisa que também não existirá no Rio. A validação dos cartões será feita por iniciativa dos passageiros. "Em todos os VLTs é assim. Nossa experiência no mundo, mostra que as pessoas que não pagam a passagem chegam a no máximo 15% do total. Em ônibus, que tem um controle maior, as fraudes são, em média, 10%, e nos metrôs, de 5% a 7%", afirma Messelyn, da Alstom.

No Rio, a prefeitura espera uma evasão em linha com o resto do mundo. "Vamos ter multas se a pessoa não marcar o cartão. Além disso, a maioria usará o Bilhete Único", diz Guerrante, acrescentando que a prefeitura estuda ampliar o limite do período de uso do Bilhete Único de 2h30 para 3h, quando o VLT começar a operar.

 
Abu pega o VLT para fazer conexão com o metrô. No detalhe, o validador de bilhetes

Foto:  Claudio de Souza / Agência O Dia

Primeiro veículo chega até junho 

Na aparência, o VLT do Rio terá pequenas variações, já que a carenagem externa é customizada em cada projeto. O protótipo do modelo carioca estará na Cinelândia, aberto a visitação, a partir deste domingo.

No espaço interno, o Citadis de Dubai foi ligeiramente alterado para ter primeira classe na frente e área exclusiva para mulheres. No Rio, Guerrante, da Secretaria Especial de Concessões e PPPs, disse que ainda não está definido se haverá módulo feminino, como nos trens e no metrô.

A primeira composição deve chegar ao Rio neste primeiro semestre. A Alstom produzirá os cinco primeiros veículos na França e os outros 27 na fábrica em Taubaté (SP), inaugurada no início do ano. Segundo Guerrante, até abril de 2016, estarão em operação três linhas do VLT, conectando a Rodoviária ao Santos Dumont, pela Rodrigues Alves e Rio Branco, com 14 quilômetros de trilhos e 24 estações. As outras linhas têm previsão de funcionar até setembro de 2016.

sábado, 21 de março de 2015

500 dias para os Jogos - Rio 2016: Prefeito inaugura exposição do VLT, na Cinelândia

21/03/2015 - Porto Maravilha

14h - O prefeito Eduardo Paes inaugura o espaço de exposição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Praça Marechal Floriano, na Cinelândia, no Centro. Futuros passageiros do VLT poderão visitar o vagão e conhecer os detalhes deste novo modelo de transporte na cidade, que ligará o Centro e a Região Portuária a partir de 2016. Um vídeo e uma pequena exposição apresentarão detalhes sobre trajeto e funcionamento do modal que vai integrar barcas, aeroporto, trens, metrô, ônibus convencionais e BRTs. O local ficará aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 14h. Este será o primeiro evento que marcará a contagem de 500 dias para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Local: Praça Marechal Floriano, s/nº - Cinelândia.


Abril serão assentados os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT Rio de Janeiro

17/03/2015 - Transporte sobre Trilhos

Provavelmente, já em abril serão assentados os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que circulará no Centro do Rio a partir do primeiro semestre do ano que vem. A obra está adiantada em certos trechos, com o chamado concreto magro aplicado sobre as vias pelas quais o bonde moderno passará. Mas em outros trechos, como na Avenida Rio Branco, continua ainda na fase do deslocamento de redes de telefonia e do gasoduto que atende à Zona Sul da cidade. 

Mas o presidente da concessionária do VLT, Carlos Baldi, diz que as fases seguintes caminharão muito rápido. O assentamento dos trilhos, por exemplo, poderá ser feito a um ritmo de 30 metros por dia, por meio de uma máquina. No início do ano que vem, os cinco primeiros trens, fabricados na França, circularão experimentalmente a uma velocidade baixa para que se possa testar a sinalização e o sofisticado sistema de controle. O VLT corre sobre trilhos energizados à medida que passa exatamente sobre eles. O trem terá prioridade na passagem pelos cruzamentos e sinais de trânsito. Cerca de 300 mil passageiros devem utilizar o VLT por dia. Os trens circularão por 24 horas, ligando o Aeroporto Santos Dumont à rodoviária, com estações na Praça XV e na Central do Brasil, e diversas paradas (pelo menos cinco na Avenida Rio Branco) no percurso. 

Não haverá cobrança manual dentro dos vagões, mas sim validadores automáticos de passagens previamente adquiridas. Quem não validar ou estiver querendo andar de graça estará sujeito a uma multa salgada pela fiscalização, que deverá ser ultrarrigorosa nas primeiras semanas para desencorajar os espertalhões. Em compensação, na fase experimental, todo mundo poderá andar no VLT sem pagar. O investimento é da ordem de R$ 1,5 bilhão. A concessionária tem quatro sócios principais em partes iguais (CCR, Odebrecht Transport, Invepar e Riopar — este formado por empresas de ônibus) e dois minoritários (a argentina BRt e a francesa RATP). Na obra civil, o VLT gera 650 empregos diretos. Quando estiver em funcionamento, empregará outras 650 pessoas. Fonte: O Globo/Abifer 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Novos bondes de Santa Teresa começam a fase de testes

Após terem sido penhorados, os bondes são vistos circulando nos Arcos da Lapa

11/03/2015 - Jornal do Brasil

A reportagem do JB flagrou, na manhã desta quarta-feira (11), os novos bondes de Santa Teresa realizando testes nos Arcos da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro. Os bondes haviam sido penhorados em fevereiro deste ano por causa de dívidas trabalhistas da Companhia Estadual de Engenharia de Transporte e Logística (Central) com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil.

No entanto, segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Flumitrens entrou com pedido de reconsideração para que os bondes não fossem lacrados e o juiz da causa aceitou. "Atualmente, eles podem ser testados, mas continuam com o gravame (penhora). O Estado do Rio de Janeiro, através da Procuradoria do Estado, ingressou com Embargos de Terceiro (ET) no dia 25 de fevereiro", afirma o TRT em nota.

Contudo, a questão da dívida trabalhista, que chega a mais de R$ 78 milhões, entre a Central e o sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil ainda não foi resolvida. O sindicato pode ainda contestar a decisão e ir a novo julgamento, de acordo com informações do TRT.



Procurada pela reportagem, a Secretaria do Estado de Transportes (Setrans) afirmou que dois bondes, dos cinco que haviam sido penhorados, estão circulando ainda em fase de testes e sem os passageiros em um trecho de 2,7 quilômetros, entre a Estação da Carioca, agora chamada Estação Motorneiro Nelson, pelos moradores de Santa Teresa, e o Largo do Curvelo.

Ainda segundo a Setrans, os testes com passageiros estão previstos para acontecer em abril e serão feitos fora do horário de pico. A previsão é que, até o primeiro semestre de 2015, o trecho entre a Carioca e o Largo dos Guimarães entre em operação normal e que as passagens não sejam cobradas durante esse período. Ainda segundo a Setrans, para atender a este traçado, mais três bondes entrarão em operação. Os demais bondes serão entregues conforme o avanço das obras.

A questão da cobrança de passagens é, inclusive, um dos assuntos a serem discutidos entre a Setrans e a Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). Segundo Jacques Schwarzstein a discussão sobre o pagamento de passagens surgiu após a implantação no novo sistema dos bondes, a pauta era sobre a possibilidade de se estipular dois valores para quem vier a utilizar os bondes, sendo um preço para os turistas e outro para os moradores.

"Somos contrários a implantação de duas tarifas. O bonde tem que ser como sempre foi: um transporte público integrado a rede municipal. O metrô, por exemplo, não tem tarifa pra turista nenhum outro modal tem duas tarifas. O que precisamos é dessa integração do bonde com a rede municipal de transportes", destaca Schwarzstein que afirma que essa questão ainda entrará em discussão com a Setrans.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Alstom inaugura sua primeira linha de produção de VLTs na América Latina

03/03/2015 - Alstom Brasil

A Alstom inaugurou uma nova linha de produção dedicada ao Citadis, seu modelo de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), em Taubaté, no interior de São Paulo. A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades locais, representantes da companhia e Henri Poupart Lafarge, Presidente mundial da Alstom Transport. Essa nova linha de produção – na qual a Alstom investiu cerca de R$ 50 milhões – atenderá ao mercado brasileiro e, em um futuro próximo, à América Latina, onde os projetos de VLTs estão a todo vapor. Quando estiver em operação plena, a fábrica irá gerar cerca de 150 empregos diretos. 

Os primeiros VLTs a serem produzidos em Taubaté são parte dos 32 trens modelo Citadis encomendados para a cidade do Rio de Janeiro, para o consórcio do VLT Carioca, em setembro de 2013[1]. Esse contrato é parte do projeto Porto Maravilha, liderado pelo município, para modernizar a zona portuária do Rio. A expectativa é que os modais sejam entregues entre 2015 e meados de 2016, a tempo para os Jogos Olímpicos. 

"Mais do que um modelo de transporte, o Veículo Leve sobre Trilhos redesenha as cidades e oferece à população uma mobilidade sustentável, confortável e acessível. Esse sistema já foi adotado por um grande número de cidades em todo o mundo nas últimas décadas. Sem dúvida, essa tendência está começando agora no Brasil e, por isso, a Alstom investiu em uma nova linha de produção, para acompanhar novos projetos de VLTs, não só para o Brasil, mas também para toda a América Latina", afirma Michel Boccaccio, Vice-Presidente Sênior da Alstom Transport na América Latina.

A nova fábrica possui cerca de 16 mil metros quadrados e é capaz de produzir de 7 a 8 trens por mês. A unidade preza por boas práticas ambientais e utilizará, por exemplo, água proveniente de chuva para os testes feitos com água nos trens. 

A Alstom já vendeu 1.900 Citadis para 49 cidades ao redor do mundo. 1500 já estão em circulação e já transportaram mais de 6 bilhões de passageiros. 

[1] A Alstom fornecerá 32 VLTs Citadis sem catenária juntamente com fonte de alimentação, sistemas de sinalização e telecomunicações 


terça-feira, 3 de março de 2015

Alstom enfrenta desafio de expandir VLT

03/03/2015 - Valor Econômico

A francesa Alstom vai enfrentar o desafio de manter sua nova fábrica de veículos leves sobre trilho (VLT) operando após a entrega das primeiras encomendas para o Rio de Janeiro. A modalidade de transporte não é uma das mais utilizadas no país e poucos projetos realmente saíram do papel. A fábrica, que será oficialmente inaugurada hoje, foi construída em Taubaté (SP) e recebeu investimentos de R$ 50 milhões.

Confiante na demanda brasileira pelos VLTs no longo prazo, Henri Poupart-Lafarge, presidente da Alstom Transport, admite o desafio de manter um fluxo de demanda contínuo no curto prazo, em um momento de desaceleração econômica e de redução do ritmo de investimentos em infraestrutura no país, situação que é agravada pela operação Lava-Jato e também citação do nome da multinacional em investigações de corrupção.

As primeiras unidades produzidas na fábrica de Taubaté serão direcionadas para o projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. A encomenda para o município é de 32 trens, o que manterá o movimento da fábrica nos primeiros meses. A unidade possui cerca de 16 mil m2 e tem capacidade para produzir de sete a oito trens por mês. Mas o presidente da empresa diz que a capacidade pode ser expandida a depender da demanda.

No momento, a empresa está em negociações para fornecer 60 trens para a cidade de Goiânia, afirma Poupart-Lafarge, que seriam todos fornecidos pela fábrica de Taubaté. Ele diz que falta apenas a confirmação de operações de financiamento para o projeto.

Poupart-Lafarge cita Campinas (SP), Manaus (AM) e Recife (PE) entre possibilidades de cidades onde a Alstom Transport pode conseguir novos contratos. Questionado sobre a possibilidade de uso dos VLTs também na região metropolitana de São Paulo, o executivo afirmou que seria uma opção para conectar áreas mais periféricas, como já acontece outras metrópoles do mundo.

Poupart-Lafarge é presidente da Alstom Transport desde 2011 e diz que o Brasil, por ter várias cidades grandes e necessidade de investimentos em mobilidade urbana, é um importante mercado para a companhia, embora no curto prazo veja alguns riscos que podem impedir o crescimento rápido das operações. Ele coloca entre esses riscos a desaceleração econômica. Questionado sobre os envolvimentos da Alstom em escândalos no país, ele afirma que a companhia está colaborando com todos os tipos de negociações e que está comprometida com o país. "Não sou ingênuo e sei que as investigações podem gerar discussões no curto prazo. Mas estamos extremamente dedicados a colaborar."

A Alstom é acusada de formação de cartel para se beneficiar em licitações para obras e serviços de manutenção do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No início de fevereiro, teve seus bens bloqueados pela Justiça de São Paulo. No exterior, a companhia também é acusada de pagar suborno para ganhar contratos de energia, resultado de seis anos de investigação nos EUA, Suíça e Indonésia.

O mercado latino-americano é responsável hoje por 15% da carteira de pedidos da Alstom Transport, com cerca de € 1 bilhão, de um total de € 6,4 bilhões. O Brasil corresponde por algo em torno de 50% a 60% das receitas da operação da região, diz Michel Boccaccio, vice-presidente da Transport para a America Latina.

Como parte de um plano da multinacional de focar na área de transportes, a Alstom está perto de finalizar a venda da unidade de energia para a GE. A negociação conta com a aquisição da área de sinalização da fabricante americana por parte da francesa e aguarda aprovação de órgãos regulatórios europeus.

A Alstom espera que o negócio de US$ 17 bilhões seja aprovado pelos órgãos antitruste por volta do meio deste ano, disse Poupart-Lafarge. A proposta foi aprovada pelo conselho de administração da Alstom e pela assembleia dos acionistas. Na semana passada, no entanto, a União Europeia disse que pretende investigar detalhadamente o negócio, para ver se ele poderia levar a um aumento nos preços de grandes turbinas a gás.