08/05/2015 - O Dia
Obras do sistema, que deveriam terminar a tempo da Copa, estão em ritmo lento, denuncia associação
CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - O governo estadual afirmou, ontem, que voltou a conversar com a Prefeitura do Rio sobre a possibilidade de o município assumir a operação dos bondes de Santa Teresa. Essa discussão chegou a ocorrer em 2012, na gestão Sérgio Cabral, mas a migração não foi concretizada. Desta vez, a crise financeira do Executivo estadual seria o motivador para uma mudança, apesar de nenhum dos dois governos admitir oficialmente a troca.
Obras, atrasadas, causam transtorno e levam perigo aos moradores
Foto: João Laet / Agência O Dia
Enquanto a situação não se define, as obras do bonde vão ganhando contornos cada vez mais problemáticos. No início de abril, a Secretaria Estadual de Transportes determinou a realização de reparos no trecho Carioca-Curvelo e na Rua Francisco Muratori. Esses serviços ocorreram após testes indicarem problemas para operação de um dos tipos de freio.
"Os novos bondes possuem quatro tipos de freios, sendo que o quarto tipo, acionado apenas em caso de emergência, é o magnético. Durante os testes com os novos bondes, os técnicos identificaram que a falha na colocação dos paralelepípedos poderia impedir o funcionamento desses freios", explicou a secretaria, por nota.
Por causa disso, o estado aplicou advertência formal em contrato e determinou que os reparos fossem feitos sem custos. O presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa, Jacques Schwarzstein, criticou o andamento das obras, classificando-a como espécie de operação-tartaruga. "Se a prefeitura vai assumir a operação, não sabemos. O que temos de real é que, em vários pontos, as obras pararam", reclamou.
A obra em Santa Teresa vai custar R$ 90 milhões. Serão 14 novos bondes, que foram adquiridos por meio de licitação pública. O estado chegou a anunciar que na Copa do Mundo o sistema já estaria operando. Agora a expectativa é para a Olimpíada.
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