01/06/2012 - Terra Brasil
Novos bondes abrigarão no máximo 24 passageiros
Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), e Secretaria de Estado da Casa Civil se reuniram nesta quinta-feira para discutir o processo de licitação dos novos bondes que circularão no bairro. Amast e Crea-RJ, suportados pelo Sindicato e Clube de Engenheiros, são contra a realização da licitação na próxima segunda-feira.
No dia 24 de fevereiro o governo do Rio de Janeiro anunciou um projeto de reestruturação do sistema de bondes de Santa Teresa que incluía, além da compra de novos bondes, a troca dos trilhos, dos sistemas elétricos aéreos e a da subestação elétrica. Com exceção dos novos veículos, todas as licitações foram suspensas por ordem judicial. O Crea pede o adiamento por, pelo menos, três meses da licitação, para que as empresas possam elaborar um projeto básico, o que seria essencial. Já a Amast contesta a validade do documento, segundo eles, com muitas irregularidades.
A juíza Maria Paula Galhardo, da 4ª Vara da Fazenda Pública, havia suspendido também a licitação dos novos veículos por falta de projeto básico e executivo; além de não corresponder aos critérios de tombamento do bonde, realizado no início de abril pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No entanto o desembargador Elton Leme, titular da 17ª Câmara Cível, cassou a liminar suspensiva, argumentando que não haveria indícios de que a lei esteja sendo infringida, uma vez que o processo se refere apenas à compra de novos bondes, não envolvendo realização de obras e serviços.
"Ele nem sequer comentou os nossos documentos técnicos. Bonde não se encontra em prateleira, é preciso fazer um projeto básico para Santa Teresa, senão eles estarão repetindo o mesmo erro de quatro anos atrás. E o desembargador não considerou isso", afirmou Elzbieta Mitkiewicz, representante da Amast na reunião.
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