segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Bairro de Santa Teresa aguarda volta de bonde

06/02/2012 - Metro RJ - Band.com.

Moradores denunciam principais problemas de Santa Teresa; reestruturação dos bondinhos será apresentada até fim de fevereiro

Já se passaram seis meses desde o acidente com um bondinho que deixou cinco vítimas em Santa Teresa, em agosto, mas até hoje o bairro convive com a expectativa sobre a volta do transporte. Enquanto aguardam a divulgação do plano de reestruturação dos bondes pelo Estado, os moradores denunciam a situação de abandono do bairro. De acordo com a Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), os problemas incluem coleta de lixo, rede de esgoto e o patrimônio histórico e cultural do local.

Ao mesmo tempo em que os antigos bondinhos aguardam na garagem alguma resolução sobre seu destino, a população se movimenta pelo retorno do transporte. O referendo “O bonde que nós queremos” está sendo organizado por um grupo de moradores e, ao longo de fevereiro, vai mobilizar a comunidade do bairro a participar do projeto de reimplantação. Ao final, ele será apresentado ao poder público.

“O que vai ser discutido é o bonde que o usuário precisa. Questões como segurança dos passageiros, a manutenção das características originais e a tarifa não podem passar em branco, afinal quem usa o transporte no dia a dia não é o turista, e sim o morador”, conta Abaeté Mesquita, da Amast, que apoia o referendo e faz várias ressalvas quanto ao projeto do Estado para os bondes: “Não concordamos com a adoção de bondes portugueses, que são mais caros dos que os produzidos no Brasil”.

A Central Logística, empresa estadual que administra os bondes, adiantou, em nota ao que até o fim de fevereiro os primeiros editais do plano de reestruturação já estarão publicados.

Segundo a Central o cronograma incluirá “a reforma da via permanente com substituição dos trilhos atuais por trilhos bilabiados (tipo original do sistema), rede aérea incluindo subestação de energia, reforma das estações, paradas e oficina – incluindo o museu – e a aquisição de 14 bondes com características preservando o tombamento”. Paralisado desde 2004, o ramal Silvestre, que ligava Santa Teresa ao trenzinho do Corcovado, será reativado até 2013.

A Central definiu como “cooperação técnica” sua relação com a empresa portuguesa Carris, que vai colaborar no processo de reestruturação, enquanto enfrenta uma crise financeira que a obrigou a demitir 300 funcionários em janeiro.

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