26/06/2014 - G1 Região dos Lagos
A Câmara de Macaé, no interior do estado do Rio, autorizou a Prefeitura a ceder as composições do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ao Governo do Estado, tendo em troca a garantia de receber os R$ 45 milhões em investimento para construção do Arco Viário de Santa Teresa. Com isso, o município receberia de volta os R$ 15 milhões investidos para a compra das máquinas que nunca saíram das estações, no Centro da cidade.
Foram 13 votos a favor e quatro contra o projeto. A Prefeitura, por meio de nota, informou nesta quinta-feira (26) que o projeto terá 15 dias para ser sancionado pelo prefeito. Após a sanção e publicação da lei seguirão os trâmites para cessão do bem, mas não disse em quanto tempo a cessão será realizada.
O executivo municipal voltou a afirmar que o atual projeto é "inexequível" e engrandeceu o projeto do Arco Viário. Disse que a nova estrada irá permitir uma melhor circulação dos veículos e promover importante integração viária, tornando-se uma rodovia industrial relevante para o plano de mobilidade de Macaé e região.
No ano passado uma auditoria apontou irregularidades no projeto. Na época o prefeito da cidade, Dr. Aluízio Junior afirmou que irregularidades como compra de composições antes que garantias financeiras fossem confirmadas por entidades financeiras, como a Caixa Econômica Federal, contribuíram para que o trilho nunca tenha circulado.
O projeto foi lançado em 2009 Pela prefeitura de Macaé, que investiu R$ 15 milhões na compra dos veículos. O valor total da estrutura chegou a R$ 25 milhões. As quatro composições do veículo têm capacidade para transportar 350 passageiros. A previsão para inauguração do "Metrô Macaé" era julho de 2012, mas nunca rodou.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
Moradores de Santa Teresa desconfiam de reforma do bondinho
20/06/2014 - Agência Brasil
A reforma dos bondinhos de Santa Teresa, prevista para agosto deste ano, é esperada com algum temor e desconfiança pelos moradores do bairro. Uma frase – o morador sempre teve amor ao bonde, é o nosso metrô – sintetiza o sentimento da comunidade, que se preocupa principalmente com a qualidade dos novos veículos e com as estrutura que está sendo implantada para a circulação dos carros.
A reestruturação do sistema parece estar atrasada, com muitos canteiros de obras espalhados pelo bairro, dizem os moradores. Segundo o diretor da Associação dos Moradores de Santa Teresa (Amast), Álvaro Braga, existe um certo receio quanto a questões não esclarecidas pelo governo, como a substituição dos dormentes de madeira por lajes de concreto. "Estamos muito preocupados com a qualidade da obras, principalmente os trilhos, que estão sendo colocados com uma técnica nova, sendo fixados com parafusos nessa laje."
De acordo com Braga. isso pode dificultar, por exemplo, a descoberta da origem de determinados vazamentos de água, já que a laje vai impedir o acesso ao subsolo. "Santa Teresa fica a 90 metros de altitude e tem muitas ruas que são de encosta. Isso gera muito medo aos moradores, porque possíveis vazamentos podem prejudicar a estrutura dos imóveis", ressaltou.
O governo do estado informa que o primeiro trecho a entrar em operação abrange as ruas Joaquim Murtinho e Francisco Muratori até o Curvelo e tem cerca de 1,3 quilômetro de extensão. Até o fim do ano, 14 novos bondes deverão ser entregues, representando investimento total de cerca de R$ 100 milhões.
Inicialmente, o tradicional meio de transporte de Santa Teresa seria devolvido à população em junho deste ano, mas a entrega acabou sendo adiada para o início do segundo semestre. Após exatos três anos, o bairro terá de volta os bondes, parados desde agosto de 2011, quando um deles descarrilou. No acidente, seis pessoas morreram, incluindo o motorneiro, e 50 ficaram feridas.
"Nos pequenos trechos que vão ficando prontos, as calçadas não têm mais meio-fio, a rua está mais alta do que a calçada, colocando a vida das pessoas em risco. Outra grande preocupação é com os novos bondes. A empresa que está cuidado da construção deles [TTrans] foi a responsável por bondes entregues em 2006. Após o acidente, as autoridades condenaram esses bondes. Nós temos o direito de suspeitar dos novos bondes e de exigir mais transparência da Secretaria de Estado da Casa Civil", afirmou Braga.
Para ele, o bonde não pode ser transformado em algo puramente turístico. "O turista é muito bem-vindo, mas queremos um transporte de qualidade, porque ele é exatamente isso: um meio de transporte público. O bonde é patrimônio histórico e afetivo da população. Existe metrô turístico?", questionou o representante dos moradores do bairro.
O governo do Rio informou, em nota, que entregará um sistema reestruturado de bondes, "substituídos integralmente por modelos originais do sistema, assim como a rede aérea, em aproximadamente 10,5 quilômetros de traçado". Segundo a nota, a subestação de energia, a oficina e as paradas serão reformadas e as operações no trecho entre as estações Dois Irmãos e Silvestre, restabelecidas.
A nota diz ainda que as concessionárias de serviços públicos também estão fazendo a troca dos sistemas de água, gás e drenagem para melhor atender aos moradores. Um dos bondes já está pronto e passa por testes na fábrica da TTrans, em Três Rios, no centro-sul fluminense e dois estão em fase de montagem. Os demais ainda entrarão na linha de produção.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Paes apresenta protótipo do VLT que será usado no Centro do Rio
Novo modelo de transporte começa a circular no segundo semestre de 2015, segundo o prefeito
27/03/2014 - O Globo
VLT deve começar a circular no segundo semestre de 2015 Foto: Agência O Globo
RIO - Quem quiser saber como será o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que começa a entrar em operação no Centro e na Região Portuária da cidade no segundo semestre de 2015, pode conferir um protótipo do modelo nos galpões da Gamboa. O novo transporte, que integrará barcas, aeroporto, trens, metrô, teleférico, ônibus convencionais e BRTs, foi apresentado nesta quinta-feira pelo prefeito Eduardo Paes.
O protótipo do VLT ficará exposto para visitação pública todos os dias da semana, entre 9h e 20h. O espaço fica na Rua da Gamboa, entre os galpões ferroviários, na Região Portuária, próximo ao Túnel Ferroviário do Morro da Providência.
— De todas as intervenções de infraestrutura que estão sendo feitas na cidade, a mais importante é essa aqui, que é a recuperação do Centro do Rio e da Zona Portuária. O VLT é uma espécie de resumo de tudo aquilo que tem que ser feito no campo da mobilidade na cidade, que é uma mobilidade que não interessa só à cidade, mas também à Região Metropolitana. A principal função dele é integrar todos os transportes que chegam ao Centro. O ideal é que você tenha um meio de locomoção dentro do Centro que não seja automóvel nem ônibus — disse Paes.
De acordo com o prefeito, a expectativa é que o VLT esteja operando com toda sua capacidade no primeiro semestre de 2016. O sistema, porém, começa a entrar em circulação no segundo semestre de 2015. De acordo com o subsecretário de Parceria Público-Privada, da Casa Civil, Jorge Arraes, o primeiro trajeto a entrar em operação será o que vai da Rodoviária Novo Rio à Central (Estação Praia Formosa). O VLT vai circular durante 24 horas no Centro e na Região Portuária e terá capacidade para transportar 285 mil pessoas por dia. O sistema compreende 28 quilômetros de percurso, com seis linhas e 46 pontos (42 paradas e quatro estações). Os usuários poderão utilizar o novo sistema de transporte com o Bilhete Único Carioca.
— O VLT carioca é um dos mais modernos do mundo em termos de tecnologia ferroviária. Ele vai resgatar toda a beleza do antigo bonde — avaliou o presidente do consórcio VLT Carioca, Cláudio Andrade.
O VLT é uma espécie de bonde moderno elétrico, que não polui o meio ambiente. Ele foi projetado totalmente sem catenárias (cabos para captar energia elétrica em fios suspensos). O abastecimento de energia se dá pela combinação de um supercapacitor (fonte de energia) ao sistema APS (alimentação pelo solo), espécie de terceiro trilho, já implantado em diversas cidades europeias. A velocidade média do VLT será de 17 quilômetros por hora. Os veículos terão ar-condicionado com temperatura de 24 graus.
Transferência de tecnologia
Os cinco primeiros veículos de VLT serão importados da França. O fornecedor será a empresa francesa Alstom. Depois dessa primeira fase, outros 27 veículos devem ser produzidos no Brasil por meio de transferência de tecnologia. O projeto da prefeitura, que está sendo executado numa parceria público-privada (PPP), prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão. As obras começaram em março pelo Túnel Ferroviário, sob o Morro da Providência. A expectativa é que todas as etapas estejam concluídas até o fim de 2015.
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